15. hayeb's roadside diner

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TW/CW: violência policial (implícita),
pessoas em situação de vulnerabilidade

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⋆·˚ ༘ * 10 de junho de 1989 ★ sábado

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⋆·˚ ༘ * 10 de junho de 1989 ★ sábado

a l-379 era provavelmente uma das estradas mais importantes de harkaltland: ligava o departamento de arzanistão oriental, mais a sudeste do arquipélago, a porto adrianus, a noroeste. era também a estrada mais bem-cuidada de lá: os buracos eram rasos e se via uma carcaça de animal atropelado ou outra num dia pacato como aquele.

enquanto jihyun batia os dedos no volante ao ritmo de alguma cantiga infantil cargalite, minju girava a manivela com força para abrir a janela do veículo. apoiou a cabeça contra o vidro, quase todo abaixado, e sentiu o vento contra o seu rosto, sorrindo levemente.

im olhou para a menina mais nova e esboçou um sorriso. mas também sentira um pouco de pena de minju: aquela pobre alma aflita nem sequer pudera aproveitar os prazeres simples de harkaltland nos catorze anos em que ali vivera.

− jihyun, nós podemos ir pra praia um dia desses? ― oh questionou, observando o mar azul-claro e a areia rosada.

− podemos ir hoje, se você quiser.

minju era quase como uma irmã mais nova para jihyun. desde que decidira tomar jeito na vida depois de sair do hospital, hyun deu cada vez mais atenção às condições em que a menina se encontrava. elas formavam uma ótima dupla: jihyun era frequentemente ignorada por suas irmãs mais novas por motivos que não compreendia direito, e minju precisava de uma figura mais velha em sua vida.

minju olhou para jihyun e abriu um sorriso maior: exibia os dois dentes superiores da frente maiores e um pouco espaçados, lembrando um coelhinho. já os olhos, pequenos e próximos, se fecharam ao expressar sua alegria.

jihyun, cativada pela alegria simplória da menina, retribuiu o sorriso. o chevrolet del rey acelerava cada vez mais, já que a estrada estava vazia, e as duas estudantes curtiam a adrenalina.

até que o carro foi desacelerando. e isso perto de um restaurante às margens da l-379 ― pelo letreiro neon e as cores vibrantes no exterior da construção, eram óbvias as inspirações vindas dos diners norte-americanos. era uma espécie de quebra de rotina para quem estava acostumado a ver blocos de concreto acinzentado gigantes todos os dias.

− vamos tomar café. ― proclamou im, tirando a chave da ignição. minju, por sua vez, não disse nada, apenas desceu do carro e observou com admiração as picapes velhas estacionadas ao lado da entrada.

oh ajeitou a camisa amarela florida, que quase não lhe servia mais, e seguiu jihyun até o restaurante. em dado momento, segurou a canhota da mais velha, que lhe olhou sorridente.

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