Herdeiros da Sonserina

Capítulo 3

Quando cheguei no meu dormitório coloquei o livro sobre minha escrivaninha e me sentei sobre minha cama. Minha mente voltou para a biblioteca no momento em que Tom Riddle e eu nos esbarramos, sua fala ecoou em minha mente, Esqueci um livro aqui e me lembrei apenas agora"... lembro do seu semblante sério. Eu sabia muito bem quando alguém estava sendo verdadeiro ou falso, e naquele momento Riddle contou uma mentira.
Deixei isso de lado e me preparei para dormir, amanhã seria um longo dia.
Na manhã seguindo fui acordada com lambidas de Marry em meu rosto, coloquei a gatinha no chão e olhei para o relógio ao lado da cama, eu estava atrasada para a aula de DCAT. Levantei correndo e me aprontei o mais rápido possível, não daria tempo de tomar café da manhã então fui direto para a sala. Quando cheguei todos da Sonserina e Grifinória estavam lá.

—Finalmente decidiu se juntar a aula, senhorita Vinx?

— Desculpe-me pela atraso, professora Merrythought.

— Tudo bem, sente-se.

Direcionei meu olhar para a mesa que eu sempre costumava sentar, Walburga que era minha dupla, estava sentada com Orion Black. Procurei por Druella mas a mesma estava sentada com Cygnus Black. Mais uma vez procurei pela dela um lugar para se sentar e o único que sobrara era ao lado do Tom Riddle. Caminhei até ele e me sentei ao seu lado, o olhei de escanteio e o mesmo prestava atenção na professora que começou a explicar sua matéria. A mulher falava sobre feitiços de ataques e feitiços defensivos.

— As 15 horas teremos aula de duelo, podem sair.

Ela nos liberou e eu me encontrei com minhas amigas fora da sala. Seguimos juntas para a próxima aula. Na hora do almoço fomos para o salão principal.

— Daphne, vamos nos sentar com os garotos. — Walburga segurou minha mão e me guiou até a mesa da Sonserina.

Me sentei ao lado de Druella e Walburga ao seu lado. Theo Nott, Orion Black, Cygnus Black, Mulciber, Antônio Dolohov e os irmãos Avery estavam sentados conosco conversando entre si. Minutos depois Tom Riddle chegou com Abraxas Malfoy e Lestrange ao seu lado, se sentaram na ponta e Riddle ficou na minha frente, ele me olhou por míseros segundos e desafiou para a comida. Me perguntei o que se passava na mente dele, diferente dos outros garotos ele era o único que eu não conseguia decifrar completamente. Sabia que gostava de pessoas sádicas ao seu lado, todos os seus amigos eram assim, mas e o que mais? Eu não sei dizer.

— Daphne? — Ouvi meu nome ser chamado, me tirando dos meus pensamentos. Quem me chamava era Cygnus. — Druella me contou sobre seu interesse em quadribol, o que acha de fazer o teste?

— Apesar de amar quadribol, não tenho tempo para isso. Tenho coisas mais importantes para fazer. — Levei o copo com suco de abóbora até a boca e bebi um gole.

— Como o que? — O garoto voltou a perguntar.

— Estudar.

— Já não faz isso o bastante? Você é mais inteligente da sala. — Senti Riddle me olhar por um momento.

— Tem coisas que ainda tenho que descobrir. — Dei de ombros. — Já vou. — Falei para as meninas.

Me levantei e caminhei para fora do salão principal, rapidamente já estava nas masmorra e disse a senha para entrar na minha comunal. Quando cheguei em meu quarto me sentei na escrivaninha, peguei um caderno e molhei uma pena no tinteiro, comecei a escrever as instruções de um feitiços que eu queria criar. Esse feitiço drenaria a energia vital de uma pessoa ao ponte de deixá-la inconsciente ou quase sem vida dependendo da quantidade de vezes que for efetuada. Seria um feitiços de ataque.

Passei horas estudando meu novo feitiço e quando olhei o horário notei estar novamente atrasada para a aula de duelos. Me levantei rapidamente, pegando minha capa de cima da cadeira, a vesti e sai correndo do dormitório me dirigindo para o salão principal onde aconteceria a aula.

— Atrasada de novo, senhorita Vinx? — A professora me olhou seriamente. — Já expliquei as regras para seus colegas, apenas feitiços leves devem ser lançados. Por chegar atrasada será a primeira a duelar. — A mulher encarou brava um dos alunos que estava conversando. — Senhor Malfoy, você também.

Eu e o garoto subimos na plataforma e ficamos um de frente para o outro, alguns alunos gritavam o nome do Malfoy. A professora começou a sequência contando até três enquanto eu e o garoto dávamos passos para longe um do outro. Quando a professora gritou "3" eu me virei rapidamente e lancei um feitiço silencioso.

"Expelliarmus" — A varinha de Malfoy veio parar em minha mão.

Abri um sorriso vitorioso para o garoto que cerrou os punhos.

— De novo! — Ele falou e a professora cedeu. Devolvi sua varinha e novamente começou a contagem.

"Estupefaça" — O garoto foi arremessado para longe.

— Isso não é justo! — Abraxas gritou enquanto se levantava, ajeitando suas vestes. — Ela nem sequer falou o feitiço!

— Isso foi um feitiço silencioso, Malfoy. — Falei com um sorriso vitorioso. — Aceite a derrota.

Desci da plataforma e me juntei as minhas amigas que me abraçaram e me elogiaram. Os próximos que se seguiram duelaram durante alguns segundos, todos usando feitiços muito simples. Então chegou a vez de Tom Riddle com uma garota nascida trouxa, lembro-me que seu nome era Amabeth Carter. Riddle rapidamente venceu a garota usando o feitiço "Alarte Ascendare" que a lançou para o alto, fazendo com que ela batesse violentamente no chão.

— Senhor Riddle e senhorita Vinx, subam na plataforma. Quero ver os meus dois melhores alunos duelarem.

Tom levantou sua varinha para lançar um feitiço mas eu rapidamente o impedi lançando o feitiço "Ebublio" fazendo com que bolhas saíssem da varinha do garoto.

— Abeo! — Falei e em seguida lancei a azaração que causava uma dor ardente na vítima , como uma queimadura, mas tom foi capaz de bloqueá-la.

— Everte Statum — Lançou em minha direção o feitiço que me faria ser jogada para trás e ficaria rodopiando em diagonal.

Consegui desviar e revirei com o feitiço "estupore" que por pouco Tom conseguiu desviar. Começamos a lançar feitiços cada vez mais forte um no outro, mas sem êxito de acertar.

— Petrificus Totalus! — Consegui acertar o garoto, que ficou paralisado no lugar.

Recebi palmas da turma por ter ganhado o duelo, ninguém nunca havia conseguido derrotar Tom Riddle. A professora o retirou do feitiço e o garoto feio até mim estendendo sua mão.

— Boa luta.

Intercalei meu olhar entre a mão estendida e o rosto do garoto, ele possuía um pequeno sorriso falso em seus lábios. Apertei sua mão o parabenizando também.