Capítulo 4

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Uma semana se passou desde a aula de duelo, eu estava lendo um livro sentada na poltrona do salão comunal enquanto alguns colegas de casa estavam espalhadas pelo local jogando, conversando ou fazendo seus deveres

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Uma semana se passou desde a aula de duelo, eu estava lendo um livro sentada na poltrona do salão comunal enquanto alguns colegas de casa estavam espalhadas pelo local jogando, conversando ou fazendo seus deveres. Minhas amigas estavam conversando com o novo grupo de amigos delas, o bando do Riddle. Eu não ligava para as novas amizades delas, só achava estranho a repentina aproximação deles.

— Oi Daphne... — Um voz tímida me chamou. Levantei meus olhos do livro para olhar a pessoa.

— Olá. — Era Amabeth Carter.

— Eu poderia lhe pedir uma ajuda? — Perguntou timidamente, abraçando um caderno.

— Depende... o que seria? — Fechei meu livro e me endireitei na poltrona.

— Você é a melhor da nossa turma e eu gostaria de saber se pode me ajudar com a nova matéria de DCAT...

— Posso te emprestar minhas anotações. — Me levantei. — Vem comigo.

Seguimos para o meu dormitório, fui até a minha escrivaninha e peguei meus rascunhos.

— Seu quarto é lindo, sorte a sua não ter colegas de quarto. — A garota falou enquanto olhava um porta retrato na minha mesinha de cama, la em cima estava o livro proibido de poções.

Ela passou a mão por ele e aquilo me irritou. Me aproximei rapidamente e segurei seu ombro, a mesma se assustou.

— Ninguém te ensinou que é feio bisbilhotar?

— Desculpa, e-eu... — Gaguejou.

— Pegue esses rascunhos, não precisa me devolver. Agora, licença por favor. — Apontei para a porta e a garota saiu rapidamente.

Quando o horário de ronda chegou me aprontei rapidamente e desci para a comunal vendo Riddle me esperando próxima a lareira. Assim que me viu caminhou até a saída e me esperou para seguirmos juntos. Começamos a ronda pelo segundo andar, este estava um completo silêncio, apenas os sons dos nossos passos eram ouvidos.

— Vi você com a Amabeth Carter. — Tom quebrou o silêncio falando com certo desdém na voz.

— E? — Arqueei a sobrancelha olhando em sua direção.

— Não sabia que socializava com sangues ruins. Isso é uma desonra para os sangue puros como você.

Parei de andar e fiquei em frente ao rapaz.

— O que você sabe sobre honra, Tom? Você é um mestiço. — O olhei com desdém. — Me diga... Riddle é o sobrenome da sua mãe ou do seu pai trouxa? — Abri um sorriso cínico.

O maxilar do rapaz travou e rapidamente me vi encostada na parede, presa entre o corpo de Tom Riddle. Encarei seus olhos cheios de fúria, pela primeira vez o garoto não fingia.

— Posso não ser um sangue puro, mas não socializo com a escória e pode acreditar... — se aproximou do meu ouvido. — posso ser muito mais poderoso que você.

— Será mesmo, Tom? — O desafiei.

Ele me encarou com muito mais intensidade, por um momento um brilho vermelho apareceu em seus olhos. O garoto respirou fundo e se afastou, voltando a caminhar pelo corredor, o segui em silêncio ainda com um sorriso em meus lábios.

Quando acabamos a ronda fomos juntos para a comunal, cada um subiu para seu quarto. Alguns minutos se passaram e eu saí do meu quarto, cuidadosamente fui para fora da comunal e caminhei sorrateiramente pelo castelo. Em minha cabeça ecoava as palavras que um dia meu pai me dissera.

" Pelo o que nossos antepassados deixaram registrado a entrada na câmara secreta ficava em um alçapão escondido mas depois de anos o local virou um banheiro. "

Eu teria que vasculhar todos os banheiros do castelo até encontrar a câmara. Comecei pelo banheiro do primeiro andar, procurei entre as cabines, pisos soltos, alguma alavanca secreta nas paredes mas não encontrei nada. Suspirei frustrada e voltei para o dormitório.
No caminho acabei esbarrando com alguém ao virar o corredor, mãos seguraram em minha cintura para que eu não caísse, olhei para ver quem era. Macmillan me ajudou a me equilibrar e me soltou.

— O que faz fora da cama, Vinx? Sua ronda já acabou.

— Eu pergunto o mesmo para você, Macmillan. — Cruzei o braços.

— Estou com insônia. — Deu de ombros.

— E eu sou sonâmbula. — Menti na cara dura.

— Até parece. — Ele revirou os olhos, rindo.

— Acredite se quiser, agora vou voltar para o dormitório. — Me virei mas fui segurada pela mão.

— Espera... — Ele me puxou para perto. — O que é isso no seu cabelo? — Ele tirou uma teia de aranha dos meus fios loiros. — onde você estava?

— Já disse que sou sonâmbula.

— Sabe que eu não acredito nisso, né? — Ele levou os dedos até a minha bochecha e a acariciou.

— O que está fazendo? — Afastei meu rosto do seu toque.

— Você é uma garota muito bonita.

— E o que você quer?

— Sempre quis saber qual o sabor do seu beijo... — Deu um passo em minha direção.

— Sai fora, Macmillan. — Tentei desviar do garoto, mas ele me encurralou não parede.

— Estamos sozinhos, Daphne... — Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Se aproximou ainda mais do meu rosto e tentou me beijar.

— Não ouse tocar em mim! — Empurrei o rapaz com toda a minha força e lhe acertei um soco no rosto, fazendo com que ele caísse no chão. Levei o olhar para frente e encontrei Tom Riddle com sua farinha apontada em minha direção e com uma cara levemente surpresa. — Riddle?

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