PRÓLOGO - SELENA

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Oiii gente.

Mais um livro iniciando. Vamos fazer nossa viagem de volta a Stravera?
Quem será o próximo alienígena a roubar nossos corações?

Sobre o lançamento ele irá para Amazon dia 20 de maio.

A joia que eu sou obrigada a usar, desde que fui presenteada com ela, queima em meu pescoço

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A joia que eu sou obrigada a usar, desde que fui presenteada com ela, queima em meu pescoço. Queima como se fosse um ferro quente marcando a minha pele. Ela me sufoca e deixa a minha mão ainda mais trêmula enquanto passo os dedos sobre as esferas brilhantes.
"Hoje faz trinta e sete dias que Linda Sanches foi dada como desaparecida..."
A repórter do jornal local continuou narrando o sumiço misterioso de uma aluna universitária, que havia desaparecido após sair do campus para ir ao mercado. O que deveria ter sido um dia cotidiano na vida de qualquer outra pessoa, para Linda marcava uma tragédia que ainda não tinha uma solução.
Enquanto todos se perguntavam onde estaria a linda garota inteligente, amada pela família e amigos, que tinha sonhado em ser médica, talvez eu fosse a única pessoa a saber ou a imaginar a resposta.
O que me dava a certeza disso?
É que enquanto o jornal fazia sua abordagem investigativa e sensacionalista em busca de mais audiência, eu não conseguia desgrudar os meus olhos da foto da garota. Era uma imagem sorridente dela, de acordo com o que disseram no início da reportagem, em seu baile de formatura. Mas o que chamava completamente a atenção, além do fato de a jovem ser realmente lindíssima, era o colar. Exatamente igual ao que, neste momento, enfeita o meu pescoço como uma corrente.
É impossível esquecer o dia que Dylan chegou trazendo o precioso presente, como forma de conseguir mais uma vez o seu perdão.
Nós tínhamos brigado um dia antes. Na verdade, ele que tinha brigado comigo por não ter feito os tacos que ele adora, exatamente como ele gostava. O que também não era verdade. Quando Dylan ficava alterado pelo álcool ou drogas, buscava motivos para poder me punir. Agressões que podiam ser verbais ou físicas.
No início do nosso casamento, depois de sete meses de lua de mel, onde eu realmente havia acreditado ter abandonado o inferno onde cresci para ter uma vida saudável e segura, pouco a pouco ele foi me revelando quem realmente era.
Começou com pequenas observações sobre o meu corpo, críticas sobre como eu cuidava da casa e preparava a comida. Sempre era de uma forma para que eu me sentisse culpada e quisesse me corrigir para agradá-lo. Afinal Dylan me amava, ele tinha me tirado de casa, de um pai violento, que vivia mais preso do que comigo e minha mãe submissa.
Depois que as ofensas passaram a ser rotineiras e eu meio que me acostumei a elas, aceitando-as, iniciaram as agressões físicas, algumas que me levaram ao hospital. Eu cheguei a abandoná-lo naquela época, tentando retornar para casa, mas meu pai, apoiado por minha mãe, me obrigou a voltar para o meu marido. Eles tinham o mesmo pensamento tóxico do meu marido, de que a mulher deveria servir ao homem, e não importava o quão ruim a relação era, apenas a morte deveria nos separar. E eu estive de frente com ela muitas vezes.
Eu só tinha dezenove anos na época e passei anos vivendo em um lar problemático e cheio de traumas. Não havia ninguém que pudesse me apoiar. O meu pai nunca me deixou ter amigas, e Dylan, depois que nos casamos, havia afirmado que só precisávamos um do outro.
Acredito que, na verdade, nenhum deles queria que eu visse o mundo. Que havia mais nele além de dor e desilusão. Mais do que acordar com o corpo todo machucado, desejando estar morta.
Como Linda.
Este colar, que parece queimar minha pele, chegando aos meus ossos, é dela. Faz exatamente trinta e nove dias que Dylan me deu o colar como pedido de desculpas por ter me arremessado contra o armário da cozinha e me deixado desacordada por quase vinte e quatro horas, apenas porque questionei onde ele havia se enfiado nos dois dias que permaneceu fora de casa.
Dylan era o culpado do desaparecimento da garota na TV, e a joia em meu pescoço era a prova disso. Eu tenho certeza de que não se trata apenas de um desaparecimento como tantos outros. Linda Sanches está morta e meu marido é o culpado.
Enquanto toda raiva e violência de Dylan estavam apenas direcionados a mim, achei que merecia e que deveria suportar, afinal eu o tinha escolhido. Mas quando sua maldade e crueldade feriam pessoas inocentes, uma jovem garota com sonhos de mudar o mundo, eu não podia mais me calar.
Eu tinha que enfrentá-lo e deter esse monstro com quem me casei.

Nós poderíamos seguir com esse debate por horas, dias e meses, mas Ewil, um dos fiéis e admiradores assistentes da rainha Meredith, abre a porta, avisando que nossa entrada é permitida

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Nós poderíamos seguir com esse debate por horas, dias e meses, mas Ewil, um dos fiéis e admiradores assistentes da rainha Meredith, abre a porta, avisando que nossa entrada é permitida.
Nos entreolhamos com tensão, e Eiyrus nos observa com inegável humor estampado em seu rosto. Assim que entrássemos, saberíamos quem de nós, ou talvez todos nós, já teria uma humana escolhida por Meredith. Afinal, foi para isso que a URAH foi criada.
— Vocês precisam ver as suas caras. — Eiyrus ri enquanto o segurança entra na frente.
Em seguida Odon.
Eu não estou com medo, se é isso que Eiyrus quer insinuar com sua expressão irritantemente divertida. Acataria qualquer pedido seu ou da rainha, mas não sei se estou pronto para mergulhar em uma aventura como essa. Sinto que preciso estudar mais os humanos, tentar entendê-los melhor, embora a história que se conta e com a qual a própria Meredith costuma brincar é de que as mulheres humanas são naturalmente incompreensíveis, até mesmo para os seus homens.
Segui para dentro. O rei, acompanhado de mais dois guardas dando cobertura na retaguarda, vem em seguida. A atenção de Eiyrus vai direta e exclusivamente para Meredith. Os dois têm aquele olhar que indica estarem em uma conversa silenciosa que apenas eles conseguem entender, enquanto nós nos espalhamos em volta da mesa de reuniões.
— Majestade. — Meredith faz uma referência rápida e depois se vira para nos encarar. — Fico feliz que todos tenham conseguido vir à primeira reunião da URAH.

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Eita que agora sim o bicho vai pegar! 🔥🔥🔥

A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora