Por favor, não me toque...

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S/n

Acordei, envolvida pelo corpo de Dan. Ele continuava ereto, mas dessa vez acho que era só tesão matinal mesmo. Ele ainda estava dormindo, com o nariz gelado no meu pescoço e com a cabeça pousada no meu ombro. Ele estremeceu me abraçando mais forte. Eu beijei seu rosto e tentei me soltar do corpo dele. Consegui, mas ele quase acordou. Ele tava tão fofinho me abraçando que tive pena de sair dali, então coloquei um travesseiro e ele não demorou a abraçá-lo, ele estava ainda mais fofo.

Nem me passou pela cabeça a declaração de amor que ele tinha feito na noite anterior, aliás eu acho que esqueci isso. Ou até nem ouvi de tanto sono que eu tinha.

Fui fazer o café da manhã. Enquanto isso, Dan não saía da minha cabeça, eu queria estar com ele, era tão legal... Acho que ele ouviu o barulho na cozinha e acabou acordando. Quando reparei que ele estava perto da ilha, em pé, só de cueca, com o travesseiro na mão chateado eu quis rir.

- Sério isso?! Você me deixou abraçando um travesseiro?! - eu ri

- Sinceramente, você tava tão fofo abraçando ele que eu deixei ficar! - ele revirou os olhos, contornou a ilha e se aproximou de mim e eu lhei dei um beijo curto na boca, ele ficou vermelho - Que foi? Tá com vergonha? - brinquei

- N-não... - gaguejou - Deixa pra lá!

- Sabe... aos poucos eu vou perdendo o medo de você...

- E você tem medo de mim?

- Não só de você, de homens em geral...

- Sabe, com o tempo eu vou percebendo cada vez mais o que aconteceu no seu passado pra você ter tanto medo! - abriu um armário e pegou num copo pra encher de água - Hoje eu tô de folga, tá bom?

- Tá... como você sabe que os copos estavam aí?

- Não sabia, eu só abri um armário aleatório esperando que tivesse copos

- Doido! - ri, ele riu também

Eu o abracei, ele me encheu de beijinhos e foi me puxando até sentarmos os dois no sofá, eu no colo dele. Dan me enchia de bejinhos e carinho, enquanto que eu pensava que aquilo parecia outra coisa. Eu o puxei pra se deitar no sofá comigo, ele apenas me olhou nos olhos, se inclinou e me beijou. Era tão bom sentir seus lábios nos meus, sentir sua barba arranhando levemente ao mesmo tempo que dava uma leve coceira. Ele pediu passagem pra língua, mas eu não a dei, era muito cedo pra isso ainda, e poderia acabar com ele querendo tirar a minha roupa. Eu sei que ele queria insistir, mas não o fez.

- Hm... - estremeceu

Ele realmente queria um beijo mais quente, mas acabou respeitando a minha decisão, e agora estava meio triste.

Ele segurava minha cintura sem muita força, mas firmemente. Se afastou e deu um beijo no meu pescoço. Meu medo voltou quando passaram alguns flashbacks do que já tinham feito comigo e eu o empurrei bruscamente, me sentando num segundo.

- Ai, S/n! Você me machucou! - colocou sua mão no peito com dor

- Me desculpa, mas por agora não me toca mais, tá bom? - eu me afastava dele com medo, até me levantar e correr pro quarto trancando a porta

- S/n! - ele veio atrás - Eu fiz algo de errado? - tentou abrir a porta - Por favor, abre essa porta e me deixa conversar com você! Me deixa saber o que está errado! - minha respiração estava pesada, eu sentia meu peito apertar e doer. Lágrimas escorriam pela minha cara com medo, eu sei que ele estava preocupado, mas o facto de ele estar batendo na porta com força a tentando abrir desesperado me fazia ter mais medo ainda - S/n!

- Dan, por favor... para com isso... - minha voz saía fraca - ele parou, pude ouvir ele respirando fundo

- Se afasta da porta, por favor... se afasta bastante... - sua voz saiu calma, eu percebi que ele iria arrombar a porta, então eu a destranquei

- Não é necessário... pode tentar abrir agora... - minha voz continuava fraca enquanto eu me afastava da porta. Eu deitei no chão um pouco fraca de tanto medo

Ele abriu a porta bruscamente e correu na minha direção, me pegou no colo sem se levantar.

- Ei! Calma, você tá bem?

- Tô... acho que foi só um ataque de pânico...

- Calma, respira fundo! Tá tudo bem! - falou enquanto me acalmava

Dan me colocou no chão e me envolveu num abraço forte e beijou meu rosto suavemente. Ele se levantou comigo no colo e me colocou na cama. Se deitou comigo e me abraçou de novo, eu o abracei de volta. De novo estar envolvida nos seus braços me acalmou.

- Você tá melhor? - sua voz me transmitia mais calma ainda

- Tô sim...

- Você me assustou a pouco...

- Me desculpa... o seu peito ainda dói?

- Não muito... - o abracei com mais força ainda

- Vamos apenas esquecer o que aconteceu hoje, tá bom?

- Tá bom - beijou minha testa me fazendo adormecer de novo nos seus braços

É Só Em Você Que Eu Posso Confiar! - Dan Reynolds Onde histórias criam vida. Descubra agora