Histórias do passado

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Daniel Platzman

S/n foi no banheiro, continuamos o que estávamos fazendo até que Dan suspira.

- Só gostava de a compreender melhor...

- Como assim? - Wayne parou de mexer no celular

- Ela nunca deixa que eu a toque, quer dizer ela deixa, mas às vezes quando a toco ela me afasta e tem medo de mim

- Você quer que eu fale com ela? - Falei colocando minha mão sobre o ombro de Dan

- Você que sabe, só não dá em cima dela!

- Claro que não! Ela é toda sua! Só vou saber porque é que ela tem tanto medo de você!

- Hm, eu vou ficar de olho, mas se você encosta com um dedo que seja nela, você morre!

- Tudo bem!

Ela voltou, não tocamos mais no assunto, até que fomos embora. S/n já ia atrás de Dan, mas eu a puxei pelo braço. É ela realmente tinha muito medo disso. Eu a confrontei do porquê dela ter tanto medo, e a resposta dela me deixou chocado e com nojo do cara que ela chamava de pai. Como poderiam ainda haver homens como ele?! Era lógico que ela tinha medo da gente! Ela tinha medo que fizéssemos o mesmo! E pior ainda ela estava numa sala cheia de homens, sem nenhuma outra mulher pra ajudá-la! Se passasse pela cabeça de nós todos machucá-la, ninguém nos impediria de o fazer.

Dan continuava nos vigiando, ele é um cara muito protetor, sempre foi. Ele daria um ótimo pai, ou talvez até protetor demais, só o tempo o diria. Ele me olhava fixamente, sério com os braços cruzados, esperando que eu fizesse algo, e quando ele teve a certeza de que eu não faria nada, ele se foi. Ela se apercebeu e ficou mais assustada ainda.

Lhe pedi pra que tivesse confiança na gente, afinal nenhum de nós machucaria alguém, pelo menos não de propósito. Além disso nós poderíamos protegê-la. Ela concordou, mas se algum de nós lhe tocasse para a machucar, estávamos mortosbpara ela, eu concordei com isso, achei que seria justo. Tadinha, espero q ultrapasse logo esses traumas.

Dan Reynolds

- Ei, amanhã vou ver os meus pais, você quer vir? - falei enquanto conduzia, quebrando o silêncio

- Tanto faz, faça o que quiser... - ela olhava a janela do meu carro

Ela parecia realmente brava comigo, será que eu não deveria tê-la deixado sozinha? Provavelmente ela ficou muito assustada, ah não! O que é que eu fiz?!

- Você tá brava? - peguei sua mão

- Não... - ela soltou a sua mão - Só que... você me deixou sozinha, eu fiquei com medo, tá bom?!

- Por favor... - peguei sua mão de novo e beijei a mesma - me perdoe...

- Tá bom... - ela sorriu - mas não me deixe sozinha com outro homem sem ser você de novo! - eu corei um pouco, tomara que ela não veja!

A levei pra sua casa, e depois de me despedir, diriji até à minha. Suspirei sorrindo sentado no meu carro já estacionado na frente da minha casa, vê-la fazia qualquer dia meu feliz, fosse ele o pior da minha vida ou não. Estava perdido em meus pensamentos apaixonados, imaginando uma vida com ela até que o toque do meu celular me faz acordar para a realidade. Era Platzman.

- Cara, eu não te falei a pouco, pois você já estava indo embora, mas a gente tem que proteger a S/n a todo custo!

- P-porquê? - meu coração apertou, S/n estava em perigo?!

- Melhor dizendo, você tem que levar ela na terapia!

- Ainda assim, porquê?!

- Cara, como você sabe, eu falei com ela, e... a conversa não foi muito boa...

- Como assim?! - me desencostei do banco do carro preocupado

- Ela foi estuprada, Dan... pelo próprio pai, e desconfio que não ficou só por aí, ou ela não teria medo de todos os homens que ela vê pela frente!

- Aquele filho da- eu vou matá-lo!

- Olha, não faça nada por agora, ou então quem acaba se dando mal é você! A gente nem sabe se ele já foi preso ou não, se limita a levar a S/n num psicólogo e se você o vir por aí, apenas chame a polícia! - eu respirei fundo

- Tá bom... afinal não quero ir parar na cadeia... - desliguei a chamada e saí do carro trancando as portas do mesmo

Entrei em casa, de feliz e apaixonado passei a estressado. Aquele cara tem que pagar! Mas eu não posso fazer justiça com meus próprios punhos, ou perderei a razão toda e o punido serei eu. Platz tem razão, eu tenho que me limitar a cuidar da saúde mental da S/n por agora, é tudo que eu posso fazer.

Me deitei na cama, querendo que ela estivesse lá. Liguei o celular e estava lá, em todos os sites de notícias possíveis: "Dan Reynolds, dos Imagine Dragons tem nova namorada" e uma foto minha com S/n. Mas que raio! Já não se pode sair com o sexo oposto sem falarem que é namorada! Agora eu vou ter que desmentir isso tudo! Ou talvez nem me dar ao trabalho disso, mais tarde ou mais cedo eu a pediria em namoro e desmentir tudo pra depois falar que é verdade dava muito trabalho e eu teria que gastar a minha voz. Quer saber?! Deixa pra lá!

Olhei as horas e notei que ainda dava tempo de comprar alianças. Nem que eu lhe pedisse 10 anos depois, eu vou comprá-las!

Voltei a sair de casa correndo, provavelmente a ourivesaria já estaria perto de fechar. Droga! Porquê eu tenho de sair do trabalho tão tarde?! Quando cheguei lá, abri um sorriso de alívio ao ver que a loja ainda estava aberta. Entrei praticamente correndo, o que alertou o vendedor que ficou olhando pra mim achando que eu era um assaltante ou algo do tipo. Ele ficou olhando pra mim enquanto eu olhava os anéis e alianças, aquilo me deixava desconfortável. Nunca roubaria nada a ninguém, eu fiquei ofendido por isso, mas não disse nem uma palavra.

- Vai comprar, senhor?! - tomei um susto quando ele se dirigiu a mim

- Por agora estou só vendo mesmo, mas obrigado na mesma! - continuei olhando, até que duas delas me chamaram a atenção - Essas! Eu quero essas duas, por favor!

- Com certeza! - ele as tirou e me deu.

- Quanto custa?

- 80$, jovem

- Claro! - não era tão caro quanto eu imaginava que ia ser, pra falar a verdade 80$ não eram quase nada pra mim

Paguei e voltei pra casa me deitando de novo na minha cama cansado.

É Só Em Você Que Eu Posso Confiar! - Dan Reynolds Onde histórias criam vida. Descubra agora