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•27 de Fevereiro de 1999,14:20,hospital Geral de Seul.

Os corredores do hospital pareciam calmos até que se chega a maternidade,um homem calvo com olhos castanhos e a farda da polícia andava de lá pra cá na frente da porta de um quarto, de dentro era possível escutar os gritos de uma mulher.
-Por favor me deixe entrar-O Homem implorou pela décima terceira vez desde que havia chegado ao local,a mulher suspirou compreendendo o nervosismo dele e sorriu fracamente pondo a mão em seu ombro.

-Logo verá sua mulher senhor Jeon-A enfermeira de cabelos escuros falou e logo em seguida o silêncio surgiu dentro da sala,o homem que já estava nervoso ficou muito mais,olhando a porta desesperado ele ficou a mexer em seus dedos mas seu olhar se suavizou ao escutar um choro de bebê, um sorrindo se formou em seus lábios.

-Parabéns cara‐Um de seus colegas policiais falou dando tapinhas em suas costas enquanto o policial sorria igual bobo olhando a porta mas o sorriso desapareceu ao escutar o som dos aparelhos que ele bem sabia serem os que controlavam os batimentos do coração, eles apitavam indicando uma parada cardiorrespiratoria.

As duas portas foram abertas e então a médica saia enquanto um técnico fazia a massagem cardíaco encima da sua mulher, ele tentou ir atrás dele mas seu colega o segurou,o desespero nos olhos do homem era claro e então a postura de alguém forte e corajoso caiu por terras assim que viu uma enfermeira suja de sangue sair da sala correndo atrás dos que haviam saído antes,o embrulho pequeno de coberta em seus braços sem nenhum som,seu filho estava morrendo, assim como sua mulher, a única coisa que se passava na mente dele era como faria para se reerguer se os perde-se .

Devastado,o homem foi tropeçando pra trás então se sentando em uma cadeira, trêmulo ele ficou mexendo em seus cabelos os puxando conforme o tempo passava, 10 minutos e nada,27 minutos e já estava se levantando e encostando na parede batendo a cabeça pra trás nela.

Se passaram 54 minutos e ele se desencosto da parede preparado para ir gritar na recepção mas ver a doutora que haviam escolhido para o parto passar pelas portas, ficou no lugar,a mulher veio até ele e parou em sua frente ele ficou nervoso com o silêncio da mulher mas depois doque ela falaria iria Preferir nunca ter escutado oque ela disse.

-Senhor Jeon,não á maneira fácil de te dizer isso, sua esposa teve uma parada cardiorrespiratoria, fizemos a reanimação mas infelizmente o corpo dela não aguentou.-Ela continuou a falar mas ele não ouviu,deu passos pra trás sem reação antes de cair de joelhos no chão,seus olhos se encheram de lágrimas a expressão de perda em seu rosto, ninguém tentou o acalmar enquanto chorava sem Plantos no chão.

Ninguém o reconfortou ou lhe disse que tudo iria ficar bem,apenas ficaram o olhando com pena,uma pena que ele não queria receber e iria o fazer mudar muito daqui pra frente.

-Mas seu menininho está bem, se quiser pode ir o visitar.-Não se ouve nenhuma palavra sobre vindo dele,apenas parou de chorar,se passaram minutos em silêncio antes dele se levantar.-Onde está minha mulher ?...-Sua voz saia rouca e fraca,se não fosse pela proximidade seria praticamente impossível o ouvir.

-Você ainda não pode v...-ela não termina de falar quando é interrompida pela raiva do homem-Me leve até a Jessy !-O homem agarrou a mulher pelo jaleco,os olhos vermelhos e cheio de lágrimas,a balançou gritando com ela mas então seus colegas seguraram seus braços o afastando dela enquanto ele gritava insultos,se debatia tentando se soltar,parecia um touro indo até o lenço vermelho.

-Doyun,querido-Uma Senhora já de idade vinha caminhando até o homem descontrolado que parou na hora a olhando, seu marido,um homem já claro e igualmente de idade com muletas vinha junto a ela,claramente preocupados.

-Nos viemos assim que conseguimos,como está a Jessy ?e o Jeonggukk ?-Esses eram os pais da esposa do policial, haviam os ajudado a escolher o nome de seu neto,estavam muito felizes por sua filha,e definitivamente adoravam seu genro.

Renascer-O Canto da Fênix Onde histórias criam vida. Descubra agora