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POV Sheilla

- Então, o que eu perdi? - Elas entraram no quarto. O quarto. A cama. O olhar de Sheilla correu para o objeto no centro do quarto e, em seguida, ela desviou o olhar, virando, em vez disso, para olhar algo mais seguro: a mesa, o chão, a lâmpada sobre a mesa. E, em seguida, para algo muito menos seguro: Gabriela.

Gabriela permaneceu perto da porta, com uma expressão que Sheilla nunca tinha visto antes, mas reconheceu como expectativa.

- Só que eu sou horrível em Rock Band. - disse ela. Sua voz não traindo nenhum dos seus pensamentos. Ela fez sinal para o telefone na mão de Sheilla. - Tudo bem? -

Relativamente falando, pensou ela, e colocou telefone para baixo. Em algum lugar no centro de Los Angeles sua agente estava tendo um colapso. Se alguém perguntasse a Cynthia Reyes se tudo estava bem, a resposta seria um sonoro pontapé na virilha. Mas, tanto quanto Sheilla estava ciente estava tudo bem; mais do que bem.

- Sim. - Ela não queria falar sobre isso. - Você se divertiu essa noite? -

- Sim. E você estava certa sobre os hambúrgueres vegetarianos. -

- Estou feliz que você gostou. -

Elas olharam uma para a outra, os olhos expressando o que suas palavras não faziam.

Este sempre foi um cenário possível: As duas de pé estranhamente em seu quarto, querendo avançar uma para a outra, mas sem saber como. Em fantasias, era mais fácil encobrir as lacunas desconfortáveis ​​da indecisão. Você pode sempre voltar, começar de novo.

Mas a realidade tinha esse hábito difícil de levar adiante as perguntas e alinhá-las como portas de mistério. Uma escolha anularia todas as opções.

Sem boa resposta. Nenhuma resposta ruim.

- Ocorreu-me, - disse Gabriela e Sheilla respirou ao som de sua voz. - que há alguns milhões de pessoas que gostariam de estar no meu lugar agora. -

- Parada estranhamente em minha porta? -

- Talvez não estranhamente… -

- Então, você gostaria de trocar de lugar com alguém? -

Gabriela olhou para ela, a sugestão de um sorriso em seus lábios.

- Não, por nada no mundo. - Empurrou a porta do quarto para fechar, a mão persistindo na maçaneta antes de cair ao seu lado.

O olhar de Sheilla desviou dos olhos de Gabriela e caiu em suas mãos. Olhar para Gabriela não ajudava. Aqueles olhos castanhos a olharam de volta. Em suas profundezas, Sheilla viu o desafio. Eles desafiavam ela a fazer o primeiro movimento.

- Nervosa? - perguntou Gabriela, provocação em seu tom. Ela deu um passo em direção a Sheilla, chegando a parar centímetros de distância. Não a tocando, mas quase.

Ela estava perto o suficiente para Sheilla sentir o calor que emanava do seu corpo. Perto o suficiente para sentir o cheiro fresco de seu xampu. Perto o suficiente para beijá-la. Nervosa? Sim. Nervosa. Animada. Excitada. Gabriela ainda não tinha tocado ela e sua pele estava em chamas. Ela fechou a lasca de espaço entre elas, encontrando os lábios de Gabriela com os seus próprios, encontrando naquele beijo os vestígios perdidos de sua confiança. Seus lábios se separaram e ela acariciou a língua de Gabriela com a sua própria, a sensação correndo por ela, sobre ela. Ela balançou, fechando os olhos; o chão sob seus pés não mais sólido.

Gabriela caiu a boca para o pescoço de Sheilla e começou a desabotoar a camisa dela, os nós dos dedos passando nos seios quando deslizaram pelo caminho, os lábios seguindo o exemplo, deixando um rastro de beijos na pele nua. Em todos os lugares, Sheilla sentia ela em todos os lugares, fazendo-a sentir-se selvagem e desesperada. A camisa caiu no chão.

The Blind Side Of Love - Sheibi (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora