Valkiria

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“Em tempo de guerra, quando a verdade é tão preciosa, isso deve ser protegido por um guarda-costas de mentiras.” - WINSTON CHURCHILL 

Guerras muitas vezes são rodeadas de mistérios. A maioria destes é atribuída à chamada "névoa da guerra." Quando a propaganda, e a verdade questiona o que realmente ocorreu, o que poderia ter acontecido, e o que nunca aconteceu, A confusão reina suprema no campo de batalha, e uma vez que a última bala é disparada, e a última bomba lançada, há sempre perguntas. Perguntas que muitas vezes não têm respostas. Esta é a história de uma dessas perguntas, e, embora possa ter uma resposta; não é uma resposta que ninguém queira admitir, porque isso chamaria a atenção para algo mais. Algo maior, algo mais sombrio... Lá fora. Algo que, talvez, tenha sido pior do que qualquer coisa que os nazistas tenham feito. 

A Segunda Guerra Mundial é rodeada de mistério, tendo terminada com muitos fatos desconhecidos. As questões normalmente se resumem à "Por quê?", para ser respondida apenas com o frio "Eu estava apenas seguindo ordens." No entanto, além desses criminosos, desses homens que foram julgados pelos seus crimes, ainda há outros mistérios. Este é o conto de um desses, escrito pela primeira vez por Herr Gunther Voss. 
Herr Voss era um autor bem versado sobre o tema da guerra, em particular, com as armas secretas dos nazistas. Os romances de Voss , os seis que ele produziu, cobrem todos os aspectos da guerra, falando desde o teste de foguete em Penemunde, até as estranhas práticas ocultas de Himmler. Não havia um único assunto que Voss evitasse, nem um único assunto que ele não tenha falado. 

Como Voss veio a saber o que ele sabia, fez com que muitos questionassem a sua veracidade. No entanto, toda vez, com cada romance produzido, ele fornecia informações que embora fosse improvável, se provaria verdade. Voss negou, até o dia de sua morte, desistir de suas fontes, citando que, se ele revelasse onde tinha obtido as informações, que as pessoas iriam se machucar. Suas fontes confiavam nele, e temiam serem atacadas pelo que elas estavam revelando. Se não fosse pela informação em si, mas para não serem cruxifacadas. 

No início de 1990, Voss informou sua editora que ele tinha a intenção de abordar outro assunto. Este, ao contrário de seus textos anteriores, lidaria com uma lenda. Uma lenda que remonta aos dias da guerra. A lenda de que, se tudo era verdade, apontava para algo sombrio, um pressentimento, e do mal que ainda se escondia. Um último bastião dos nazistas que mesmo mais de quarenta anos depois a guerra, ainda esperava, e espreitava. A lenda era de "Valkyria", um suposto trem fantasma. 

A lenda Valkyria era, na melhor das hipóteses, uma lenda desonesta, para começar. Realmente não havia provas concretas de que o trem havia existido, sendo que todas as informações consistiam em avistamentos aleatórios e fotografias desfocadas. A maioria destes avistamentos foi facilmente refutada, com as pessoas confundindo um trem de carga que passava, ou uma velha locomotiva a vapor. No entanto, como todas as lendas, havia algum fundo de verdade. Uma pequena pitada de realidade. Essa realidade veio em 1962, com um avistamento em massa do trem enquanto atravessava Berlim. Mais de cem pessoas testemunharam o trem exatamente ao mesmo tempo, com cada um contando a mesma coisa, sendo difícil argumentar dizendo ser uma simples coincidência. Com base nisso, e alguns outros avistamentos semelhantes, Voss começou sua busca. Seu diário, publicado em 1993, depois de seu suicídio, dá alguma luz sobre a pesquisa. Embora em sua totalidade, torna a história ainda mais obscura, mais misteriosa. 

Quando seu diário foi publicado, a maioria dos críticos disse se tratar de delírios de um louco. Outros, no entanto, acreditaram que, mesmo que Voss possa ter enlouquecido, não foi por causa de algum problema de saúde, mas sim, por algo que ele havia testemunhado. Alguma verdade, algum conhecimento proibido com que ele tinha entrado em contato. Para seu entendimento, trechos de diário Voss, indo até o último registro, escrito nas horas finais antes de seu suicídio, em 1992. 

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