Capítulo 17

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Na volta pra casa Victória resolveu dirigir. Clara estava atrás com a cachorrinha e Dalva no carona se perguntando se havia feito a coisa certa mesmo..

Era um grande passo dado sem ter pensado muito, só queria dar um pouco de felicidade as crianças.

O carro foi estacionado na garagem da mansão e Dalva desce com Clara toda animada segurando a cachorrinha pela coleira.

A casinha foi retirada do porta malas pela Victória e Dalva ficou encarando o saco de ração.

- Clarinha.. a casinha é de plástico e bem levinha, você pode colocá-la debaixo da escada pra nós meu amor por favor? - pergunta Victória.

- Porque eu Bah? Eu estou cansada..

- Porque a cachorrinha é sua e da sua irmã.. então é sua obrigação ajudar a levar as coisas dela, como será obrigação de vocês duas cuidar, trocar a água, repor ração diariamente e educa-la. Então se você não ajudar levando ao menos a casinha onde ela irá dormir, eu também não irei ajudar mantendo a higienização não.. nem levá-la para passear! Minha carteira de trabalho foi assinada como Babá sua e da sua irmã e não foi de cachorros! - disse Victória se escorando no carro e cruzando os braços encara Clara.

- Nossa Bah.. isso é chatagem sabia?

- Sim.. eu sei. Só me diga que funcionou garotinha?! - disse Victória sorrindo e Clara revira os olhos e apanha a casinha e nesse instante Victória apanha o saco de ração e Dalva as sacola das coisas que havia comprado para a nova membro da família.

Assim que Clara entra na casa coloca a casinha debaixo da escada e retirando a colera da cachorrinha saí correndo pra cozinha queria fazer uma surpresa para Lurdes..

E que surpresa foi quando a mulher ouviu os latidos da cadelinha ecoando e se virou imediatamente.

- Eu não acredito que além daqueles brinquedos que quase nós atropela teremos agora até um cachorro nessa casa! - disse Lurdes espantada e logo pode ver Dalva e Victoria entrando - Qual será a próxima surpresa Dalva? Um piriquito? Gato? Papagaio? - pergunta a Mulher e Clara sorri.

- Bem que mamãe disse que Tia Lu iria ser bem dramática.. - disse Clara.

- Eu dramática? Você sabe quais serão as consequências de um cachorro em casa Madder? - pergunta Lurdes levando a mão a cintura.

- Mais Lurdes...

- Sem mais. Não me venha com suas explicações irrelevantes pra mim. Você deveria ter pensado bem antes de agir Madder.. daqui a pouco eu estou indo embora e eu espero que você não me ligue, não me mande mensagem e não.. quer saber, esquece. Assim que eu sair daqui vou desligar meu celular e estarei incomunicável com vocês, e na segunda-feira quando eu retornar eu não quero ver nem uma gota de urina desse animalzinho, espero que já ande pra lá e pra com o borrifador com desinfetante para recolher as fezes e limpar o local para que não de moscas e mau cheiro.. e passe pano todas as vezes que ele urinar em casa. Leva em torno de uma semana para ele se acostumar a ir pra rua fazerem suas necessidades, e espero que ele até lá fique longe do jardim, porque ele é enorme e da muito trabalho pra limpar, minha sorte é a Babá que gosta de me atazanar durante a tarde e com isso acaba me dando uma mãozinha enquanto fala sem parar..  Então Madder, você tem dois dias a frente para sozinha ensinar essa bolinha de pelos que há regras na casa que deverão ser cumpridas! - disse Lurdes pegando a cachorrinha no colo e faz cosquinhas a sentindo serelepe em seus braços. - Ela é linda.. parabéns Clarinha, sempre foi seu sonho ter um bebê desse..

- Achou ela fofa Tia Lu?

- Demais! - disse Lurdes a entregando a cachorro e sai pro jardim indo pro lado da porta onde lavou as mãos e os braços e retornou pra cozinha.

Mais que uma BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora