Capítulo oito - Segunda Temporada

409 17 4
                                    

Eu o vi entrando pela porta do clube. O seu jeito de andar esbanjava sensualidade e a maneira sexy que ele olhava para os lados com certeza iria chamar a atenção de alguma mulher dentro daquele clube, assim como me chamou a atenção. Zayn é um homem lindo e impossível de passar despercebido.

Ele fazia questão de olhar para todas as mulheres que passavam por ele ou que estavam pelos cantos do estabelecimento, o que me fez revirar os olhos. Macho. Sempre macho.

Peço mais uma dose de Southern Comfort, jogando a bebida garanta a baixo, sentindo o líquido queimando o caminho até o meu estômago. Nunca gostei muito de bebida alcoólica, mas confesso que nesse momento, eu precisava.

A voz de Britney Spears preencheu o clube com Baby One more time. O meu corpo inteiro esquentou e eu fui para a pista de dança, deixando os meus problemas de lado por um momento para aproveitar uma das coisas mais gostosas que a vida tem para oferecer. Eu tenho 25 anos, preciso pensar em mim em algum momento e me divertir.

Eu sentia alguns olhares sobre mim enquanto eu mexia meus quadris ao som da música, mas não estava me importando com isso no momento, apenas se alguém específico nesse clube estava me olhando. E de rabo de olho, consegui ver que Zayn me observava ao longe, ao lado de Liam.

A música havia mudado, tocava Arabella, do Arctic Monkeys. Eu amo essa banda e eles são experts em fazer músicas com batidas sensuais.

Eu e Zayn quem o diga. Ele adora me ver dançar esse tipo de música. E eu estou adorando ainda mais o fato de ele estar me olhando dançar desse jeito e não poder me pegar depois. É uma pena.

Tive que dispensar alguns homens que chegavam para dançar comigo, de uma maneira querendo algo a mais. Confesso que dancei com alguns por momentos para provocar o meu querido marido, eu sentia o seu olhar queimar a minha pele, e fazia questão de olha-lo algumas vezes enquanto me mexia, ele estava quase saindo de seu lugar para me vir agarrar.

-- Hey, babe - Um homem desconhecido puxou-me pela cintura, interrompendo a minha dança. Um de seus braços fortes estavam enlaçados em minha cintura, seus dedos apertam a minha pele de uma maneira dolorosa.

Eu tentei me desvencilhar de seu braço, mas era impossível. Poderia sentir a sua parte íntima sendo esfregada contra a minha bunda, o que começou a me deixar desesperada.

-- Calma, meu amor, eu só quero me divertir com você - Mesmo a sua boca estando contra a minha orelha, eu conseguia sentir o hálito de bebida alcoólica e o seu corpo quente contra as minhas costas, claramente ele estava bêbado.

-- Me larga, porra! - Eu exclamo, tentando sair do aperto doloroso do homem que eu ainda não vi o rosto, mas o seu outro braço me enlaçou, deixando-me completamente presa.

Eu sentia a sua respiração pesada e o jeito agressivo que ele se mexia para tentar me fazer voltar a dançar. Tentava me largar daquilo, mas era impossível. Tinha perdido as minhas forças para tentar sair daquela humilhação, porém eu ainda tirava alguma força de dentro de mim para afasta-lo.

-- Larga ela, caralho! - Uma voz familiar rosnou enquanto tentava me puxar pelo braço, interrompendo o momento de prazer do homem nojento atrás de mim - Você não me ouviu? Larga a minha irmã agora! - Mais um puxão em meu braço e eu finalmente fui solta dos braços daquele homem asqueroso, sentindo os braços familiares me rodearem.

Eu fechei os meus olhos e me concentrei em minha respiração, tentando não ouvir mais nada. Encostei a minha cabeça no peito de Harry, que parecia estar discutindo com o homem que havia me assediado.

Não sabia o que tinha acontecido com o homem, e nem queria saber. Só o queria bem longe de mim, longe do meu corpo.

Não sabia explicar o que eu estava sentindo. Me sentia suja. Algo em mim não parecia certo e mesmo estando nos braços de alguém que eu amo, ainda continuava sendo um homem e eu estava apavorada, temendo que aconteceria algo como isso novamente. É a pior sensação de todas. Me senti desprotegida, eu tinha vergonha de estar ali, como se estivesse nua diante de todas as pessoas daquele clube, mesmo que nenhuma delas estivessem me olhando. Lágrimas desciam pelo meu rosto sem parar, eu me sentia sem ar e soluçava como uma criança, parecia que nada iria me fazer parar.

NIGHT CHANGES | Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora