Capítulo 5

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Izuku tentou parar as lágrimas rapidamente. Elas voltaram com a mesma rapidez.

"Izu?" Chamou Kacchan, se inclinando para frente sobre a mesa.

"Acho que você o deixou atônito, querido," Kiri riu, o rubor alcançando suas bochechas. "Quem saberia que essa era a forma de o fazer parar seu falatório. Nós deveríamos ter pedido a ele para ser o nosso padrinho a muito tempo atrás."

Izuku sentiu os ramos em seu peito apertarem tão violentamente que ele se dobrou em uma sessão de tosse. Ele dispensou as perguntas preocupadas, fazendo um gesto para o copo com água ao seu lado. Ele desesperadamente tentou fazer com que sua respiração voltasse ao normal e a forçar as vinhas mortais de volta ao seu peito. Uma vez que o aperto estava praticamente sobre controle, ele se endireitou, cobrindo as últimas tosses com seu cotovelo.

Ele levantou seus olhos para encontrar os de Katsuki. Olhos carmesins brilharam com um amor inadulteravél.

Izuku sentiu os espinhos espremerem mais forte em torno de seu coração.

Ele era tão idiota.

Izuku sorriu empurrando a sua dor para longe como ele sempre fez e abrindo um sorriso incrédulo. "Vocês... vocês me querem?"

Bakugou zombou. "Claro duh, nerd de merda. Quem mais nós iríamos pedir?"

Izuku tinha uma resposta. "Denki, talvez? Hanta?"

"Denki está bem ocupado planejando seu próprio casamento." Kiri respondeu facilmente.

Izuku tentou não deixar a realização de que ele era a segunda opção lhe machucar. Isso não adiantou.

Algo deve ter brilhado em seu olhar, porque Kacchan rapidamente adicionou, "e você é o meu melhor amigo, idiota. Eu não poderia querer mais ninguém."

Quantas vezes Izuku rezou para que ele ouvisse essas palavras de Katsuki? Deus, isso deve ser bem frequente. Ele encarou o par em sua frente. Como ele pensou que poderia se comparar, isso estava além dele. Eles eram perfeitos. Eijirou encarava Katsuki como que ele possuísse o sol no céu, e Katsuki olhava Eijirou como se ele fosse a única coisa que o mantinha respirando. As mãos entrelaçadas deles sobre a mesa capturavam o sol, brilhando lindamente em seu anel de noivado no dedo do ruivo.

Em uma fração de segundos, Izuku desejou que ele não fosse tão egoísta. Ele desejou que o seu coração partido e dor o tivessem ficado amargo, duro, incapaz de perdoar. Ele desejou que isso não o tivesse tornado-o gentil.

O segundo se foi rapidamente, e foi substituído por uma aceitação maçante. Ele sorriu, os ombros mexendo com o riso leve. "Bem, eu ficaria honrado. Mas devo avisar, a maioria das minhas histórias serão embaraçosas."

O casal riu junto com ele. Nenhum deles notou as lágrimas em seus olhos.

Nenhum deles notaram o pequeno fio de sangue que foi rapidamente limpado por ele.

***

Uma das coisas favoritas de Izuku era dar palestras em escolas. Ele sempre ficava muito animado quando Aizawa convidava ele e Shinso para falar sobre o curso de Heróis da Yuuei.

Além de que, essa era provavelmente a última oportunidade que ele teria de passar seu conhecimento e experiência, e ele estava mais do que disposto a sacrificar seu tempo de patrulha para fazer isso.

Os estudantes, cada olhar arregalado e cheio de sonhos, escutando com muita atenção o herói numero um. Depois de tudo, ele suspirou autografando e respondendo dezenas de perguntas. Ele se sentia tão quente quando eles partiram, mais quente do que em meses. Os ramos em seu peito parecem pequenos em comparação ao legado que ele estava deixando para trás.

Living with Thorns Crushing My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora