3° capítulo

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( QUERO LEMBRAR QUE ESTOU REESCREVENDO OS CAPÍTULOS, ENTÃO SE VOCÊ QUISER ESPERAR ATÉ ESTE CAPÍTULO FICAR PRONTO, PODE ESPERAR, CASO NÃO QUEIRA PODE CONTINUAR)

Marc


A lua entrava pelas grandes janelas de nossa casa, banhando tudo em um brilho pálido e frio. Não havia som, apenas o sussurro inquietante do vento trazido por sua capa. A figura alta e fantasmagórica do deus da lua, com sua cabeça de pássaro, me encarava com a urgência que raramente vi nele.

E pela primeira vez, eu, Marc Spector, sabia que estávamos em mais perigo do que Steven conseguia entender.

Steven parecia confuso, aterrorizado até. Seus pensamentos frenéticos pulsavam em nossa mente compartilhada, ele tentando processar tudo aquilo que acabara de ouvir e ver.

— Sekhmet? Quem é ela? — Steven perguntava mentalmente, a voz dele carregada de pânico.

Eu não sabia se sentia pena de Steven ou se me desesperava com ele. Ele ainda não entendia a gravidade da situação, mas eu entendia perfeitamente

Essa deusa não era apenas uma figura comum. Ela era o tipo de entidade que poderia rasgar o tecido da realidade e trazer caos para o mundo. E, pelo visto, ela estava prestes a fazer exatamente isso.

— “Calma, Steven. Eu te explico depois,” — falei, tentando manter minha própria voz firme, mas sentindo o peso do medo rastejar dentro de mim também. — “Mas agora, ouça Konshu. Ele não viria até nós desse jeito se a situação não fosse muito ruim.”

Konshu nos observava, paciente, como um caçador observando sua presa. Suas vestes flutuavam ao redor de sua figura esquelética, e mesmo sem olhos, eu sentia seu olhar perfurar minha alma.

— Vocês dois precisam compreender a gravidade da situação agora mesmo — Konshu de alguma forma fez com que todo apartamento permanecesse no escuro, deixando apenas uma luz no centro da sala

Steven estava no controle, mas eu ainda sim conseguia sentir o calor do pânico dele crescendo.

— O que diabos foi isso?! — Steven gritou em nossa mente, mas antes que eu pudesse responder, o corpo de Steven colapsou no sofá, e de repente, eu estava no comando.

Eu me sentei devagar, sentindo meu corpo ajustar-se à mudança. Ao meu lado, Konshu pairava, sua presença ainda opressora, enchendo a sala com uma aura fria.

— Espero que compreendam esta mudança, pois acredito que a moradia de vocês seja mais segura para se citar estas coisas do que no local de trabalho de vocês que é um lugar público, estaremos mais seguros aqui... — ele começou, sua voz profunda cortando o ar. — É hora de entender quem é esta entidade e por que vocês dois estão em perigo mortal.

Olhei para Konshu, ainda lutando para manter a calma. Eu sabia que ele estava prestes a contar algo que iria nos colocar em uma jornada sem volta. Eu podia sentir isso na forma como ele se movia, lento, calculado.

— Vai em frente. Nos conte a história — pedi, cruzando os braços, enquanto minha mente começava a se preparar para o pior.

Ele se aproximou mais de nós

— Sekhmet é uma das mais antigas e poderosas deusas egípcias. Criada pelo próprio Rá, ela é a personificação da fúria e da destruição. Em uma época de grande rebelião. Os homens haviam se esquecido de honrar o deus do sol, desprezando sua proteção e ridicularizando seu poder. Rá, furioso com a humanidade, decidiu que eles precisavam ser punidos. Foi então que ele convocou a deusa da guerra e da destruição, para ser sua vingadora.

Cavaleiro da lua: O Despertar Do FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora