Capítulo 06

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Assim que colocamos os pés em solo parisiense, um motorista já estava ao nosso aguardo para nos levar até o hotel onde vamos ficar durante toda a semana.

Lucas não parece o mesmo de antes, no casamento ele parecia feliz, mas agora, veio o voo inteiro de cara fechada e mal falou comigo.

– Está tudo bem? – resolvo perguntar.

– Sim.

Falou e voltou a atenção para o celular. Dou de ombros. Quando chegamos em frente ao hotel, o recepcionista veio abrir a porta do carro para mim. Lucas finalmente guarda o celular no bolso e vem para o meu lado, segura minha mão e me conduz até a porta.

Reviro os olhos.

Não sei como lidar com essa dupla personalidade dele. Mas aí lembro que a encenação de casal apaixonado tem que vim a tona sempre que estamos em público. Estou começando a duvidar das palavras do Leonardo sobre o Lucas gostar de mim, as vezes não parece.

– Boa noite. Nós temos uma reserva para dois. – o francês dele é invejável.

– Senhor e senhora Baumer? – o homem de terno nos pergunta. Afirmo. – Ah, nois já estávamos a vossa espera. Aqui!

Ele nos entrega a chave do quarto. Lucas enruga a testa.

– É... desculpe, é que o senhor só nos deu uma chave.

– Hã... bom, a reserva que foi feita é de apenas uma suíte para duas pessoas. Não são vocês que acabaram de se casar? Ou eu me enganei?

– Não, a gente... – Lucas tenta argumentar, mas tenho que entrevir dando-lhe um beliscão.

– Ele ainda não se acostumou com o casamento. Somos nois mesmo. Nosso casamento foi lindo, o senhor deveria ter estado lá para ver. – escancaro um sorriso de orelha a orelha.

– Que bom que estão felizes. Tenham uma boa estadia.

– Obrigado!

Saio empurrando Lucas em direção ao elevador, ele resmunga sobre eu o ter beliscado com força.

– O que queria que eu fizesse? Era isso ou deixar você contar que o nosso casamento é só no papel.

– Qual é, eu já conheço essa história. Uma cama. O casal se odeia e aí são obrigados a compartilharem a mesma cama... essa história é velha. – disse.

– A diferença é que eu não odeio você. Certo que no começo sim, mas agora... – paro de falar me dando conta do que estava prestes a expor.

– Mas agora... – quis saber.

– Esquece.

– Esquece nada. – ele se mete na frente quando a porta do elevador se abre. – O que ia dizer?

– Eu já mandei você esquecer. Agora sai da frente e me deixa passar. – tento passar, mas ele é rápido e segura meu braço me impedindo de ir. – Me solta.

– Só quando você me falar o que ia dizer. Antes você me odiava, mas agora...
Engulo em seco.

– Você vai fazer a gente perder o elevador se não me deixar passar agora. – aviso.

– Eu espero, não tem problema.

– Sabe o que eu ia dizer? Que você deveria pelo menos fingir que está adorando a ideia de dividir a mesma cama com a sua esposa. – empurro ele pro lado e entro no elevador como um flash.

– Louise...

Ainda o ouço gritar meu nome, mas a porta se fecha a minha frente. Permito que as lágrimas desçam, meu coração está apertado de tamanha decepção.

Um contrato de casamento Onde histórias criam vida. Descubra agora