III

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NARUTO

Meu pai não veio almoçar, e a Hinata bateu a algum tempo na porta do meu quarto avisando que a comida já estava pronta na cozinha, ela está arrumada e sinto vontade de perguntar para onde ela está indo, mas não tenho esse direito então apenas agradeço e deixo ela ir embora.

Eu estava tão cansado que acabei cochilando, e quando acordo vejo que já passou muito da hora de almoçar, desço as escadas, está tudo silencioso, pelo visto a Hinata não está aqui, onde será que ela está e com quem? Fico me perguntando mesmo sabendo que ela não me deve satisfações, decidi ir para a cozinha procurar alguma coisa pra comer quando escuto a voz das vizinhas sugar baby's.

— Boa tarde ceguinha! Roupa bonita! Comprou na quermesse da igreja? - escuto a voz debochada da Shion do lado de fora da casa.

— Kkkkkkkk! Deve ser por isso que o marido dela vem procurar a gente quase toda noite! O pau não deve levantar com ela. - foi a vez de Konan debochar.

Escuto passos apressados caminharem em direção a casa e a porta se abre de uma vez e a Hinata entra correndo dentro de casa trazendo várias sacolas de supermercado.

Ela só tinha ido fazer compras!

Me adianto e pego as sacolas da sua mão, me inebriando com o cheiro do seu perfume, eu vou fechar a porta que ela deixou aberta e ainda escuto as gargalhadas de deboche das duas garotas.

Quando volto para a cozinha percebo a Hinata com a cabeça baixa, me aproximo dela e levanto seu queixo fazendo ela olhar para mim.

— Não dê importância ao que elas dizem! - olho intensamente nos olhos dela, eles são lindos, aquelas garotas estão com inveja, os olhos da Hinata são únicos.

— Não se preocupe! Eu não me importo! - diz e se afasta um pouco, e só depois me toco que estava me aproximando demais dela, merda, então eu busco qualquer motivo pra mudar a situação constrangedora.

— Porque não me chamou para ajudar você a fazer compras? Estava no quarto sem fazer nada!

— Imagina que eu ia entediar um rapaz que nem você levando pra fazer compras. - volta a dar o sorriso gostoso que eu tanto gosto.

— Como assim um rapaz que nem eu? - pergunto curioso, quero saber o que ela pensa de mim.

— Popular! Imaginei que a essas alturas você deveria estar fazendo alguma coisa interessante! - responde sorrindo e dando de ombros.

— Bem! Eu acabei de chegar na cidade né? - tento explicar.

— Verdade! - responde guardando as compras.

— E sempre que quiser ajuda com as compras pode me chamar, eu sempre ajudava minha mãe. - tento puxar mais assunto.

Merda! Ela vai achar que eu tô comparando ela com minha mãe!

Certo! Tudo bem! - responde sorrindo, parece nem se importar com meu comentário, não sei se isso é bom ou ruim, na verdade é bom, ela é doce e pura, eu que não deveria ter esse tipo de pensamento com ela.

— Não almoçou? - Hinata me pergunta.

— Acabei dormindo e estava vindo fazer isso agora! - respondi.

— Então eu acompanho você! - fala colocando a mesa.

Nós almoçamos juntos, ela é bem reservada, eu queria falar com ela, saber mais dela, conversar, mas eu não sei o que pergunta sem parecer que estou terrivelmente interessado nela.

— Sua família! - quebro o silêncio entre a gente.

— O quê? - ela  olha pra mim com os olhos arregalados, e eu tô achando eles ainda mais lindos do que antes.

A Madrasta - coleção Doce Mel I IOnde histórias criam vida. Descubra agora