XI

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NARUTO

Tomo mais um gole do expresso que o Shika trouxe pra gente enquanto dou mais uma analisada em alguns documentos da empresa, de repente meu celular dá um bip.
Hinata
Saudades de você!
Naruto
Também tô com saudades
Te amo!
Impossível não rir que nem um bobo, enquanto digito uma resposta pra minha linda , ainda não conversamos sobre o que eu disse quando a entreguei o celular, depois disso meu pai colou nela e não saiu nem pra casa das vizinhas, o que me deixou puto e triste ao mesmo tempo, mas o fato dela ter me mandado essa mensagem significa que ela aceitou o celular, e que pelo menos não deve está tão chateada comigo.
— Quem vê você sorrindo desse jeito só imagina que está apaixonado! - Shikamaru observa da sua mesa.
— Talvez eu esteja! - respondo sorrindo.
— Ela da faculdade? - pergunta.
— Não! Não é da faculdade! - respondi enigmático.
— Huum interessante! - comenta com um ar de mistério.
— Já terminei por aqui e você? - pergunto.
— Também! Por hoje é só! - Shikamaru responde guardando suas coisas.
Suspiro aliviado, não que eu não goste de trabalhar aqui, mas eu tô morrendo de saudade da Hinata.
— Olha vamos sair hoje, Tema e eu, o Sai e a Ino e o Kono e a Hanabi, porque você não vem junto e traz essa garota misteriosa? - meus amigos dizem que não, mas na verdade são muito curiosos.
— Hoje não vai dar! Quem sabe um outro dia! - respondo meio sem graça, daqui a pouco essa desculpa não vai mais colar.
Me despeço do pessoal da empresa e vou direto pra casa, já é tardinha e provavelmente a Hinata deve estar regando as plantas.
Assim que chego na esquina de casa vejo que tem um homem no portão com algumas sacolas na mão, deve ser do supermercado, então adianto os passo para pegar as coisas, mas quando me aproximo escuto a voz da Hinata.
— O.. Obrigada Kiba! Jo...ga no chão que já vou fechar! - minha linda gagueja.
— Eu já disse que posso entrar e deixar lá dentro pra você linda! - responde o cara da loja.
— Na... não! - Hinata já está quase passando mal.
— Boa tarde! Pode deixar que eu recebo as compras! - disse olhando feio na cara do folgado, que me retribui olhando da mesma maneira, mas me entrega as sacolas e vai embora, eu entro e fecho o portão, nesse meio de tempo, há muito que a Hinata já voltou correndo pra dentro de casa.
— É impressão minha ou esse cara tava dando em cima de você? - perguntei enciumado.
— Credo! Pareceu seu pai falando! - ela diz recuperando a cor dos lábios, andar até o portão realmente afeta ela.
— Desculpa! - dou um abraço nela e um beijo carinhoso em sua testa.
— Minha linda você faz terapia? - ela balança a cabeça negativamente.
— Seu pai não permite! - responde.
— É o quê? - pergunto abismado.
— Ele não permite! Não quer que eu melhore! E advinha o maior motivo dele ter colocado essas piranhas pra morar ao lado.
— Pra te vigiar! Filho da puta! - respondo com raiva.
— Você tá xingando a sua avó! - me diz sorrindo e ganha um selinho nessa boca gostosa.
— Vamos começar por partes! Que tal agora você sempre me dá uma lista e eu vou fazer as compras? - sugiro pra ela.
— Você faria isso? - pergunta esperançosa.
— Isso e muito mais! - respondo agarrando sua cintura com meu braço desocupado e dando uma fungada em seu pescoço.
— Sobe lá no seu quarto! - ordena de um jeito safado.
Jogo as sacolas de qualquer jeito na mesa e subo correndo as escadas, pouco tempo depois ela entra e tranca a porta e eu agarro ela e tento inutilmente matar a saudade que tô sentindo dela.
— Queria tanto você dormindo comigo aqui nessa cama! - Eu digo enquanto me jogo na cama com ela, nosso beijo é frenético e violento, e nenhum dos dois quer parar, inebriado com o seu perfume eu afastei seus cabelos e comecei a chupar a pele cheirosa do seu pescoço.
— Não chupa! Não quero marcas! - avisa.
— Desculpa! É que as vezes é difícil de resistir! - morde o lábio e ataca o meu pescoço, morde, chupa, lambe, me deixando duro pra caramba.
— Ahhh Hinata! - tô completamente excitado.
— Você não pode me deixar marcas! Mas eu posso deixar em você! - aproveito o movimento pra abrir bem minhas mãos e apalpar esse traseiro gigante, minhas mãos são maiores que as da maioria dos homens, e mesmo assim elas se perdem nessa bunda gostosa, ahhh porra, ela me mata.
— Abre as pernas! - falo ofegante e roçando ela no meu pau, enquanto ela continua com a tortura no meu pescoço.
— Abre as pernas! Me deixa te chupar! - momento escutamos o barulho do carro do meu pai chegando.
— Ahhh porra! - eu quase grito de tanta frustração, ela sorri e se afasta, mas percebo que sua respiração está ofegante, então ela deve está tão frustrada quanto eu.
— A gente ainda tem um assunto pra conversar! - algum momento nós teremos que falar sobre a família dela.
— Eu sei! - diz já saindo apressada do quarto, e eu vou pro banheiro atrás de um banho bem gelado.
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Depois de um tempo desci pro jantar, meu pai estava em frente a televisão na sala assistindo o jornal, assim que me vê indo pra cozinha já levanta e me acompanha.
— A de hoje não foi nada discreta hein! - diz debochado.
— O quê? - pergunto sem entender.
Ele aponta para as marcas que a Hinata fez no meu pescoço e sorri debochado, e eu retribuo o sorriso meio sem jeito.
— A propósito pai! Eu ainda posso trazer garotas aqui né? - nesse momento Hinata tirou o olhar do prato e me fitou, fingir não olhar pra ela, mas percebi suas bochechas ficarem vermelhas.
— Claro que pode filho! Essa casa é sua! - simulo um sorriso sínico que sei que meu pai gosta, espero que a Hinata não me mate depois, porque ela está denunciando isso claramente em seu olhar.
Ela levanta emburrada e leva seu prato até a pia, por mais que eu queira explicar pra ela, apenas sustento o olhar convencido do meu pai, e continuamos nesse mesmo impasse, enquanto jantamos e ouvimos o barulho do jornal local pela televisão.
Jornal
Hoje foi encontrado o corpo de Shino Aburame, o rapaz era entregador de jornal e estava a uma semana desaparecido, o corpo tinha várias marcas de tiro e foi encaminhado ao IML...
Ao ouvir a notícia, Hinata se assusta e derruba seu prato e copo no chão, fazendo um estardalhaço de cacos de vidro e comida no chão.
— Você se machucou? - me levanto e vou ajudar a recolher os cacos, Hinata mostra um olhar de medo pro meu pai, e ele abre o maior sorriso pra ela.
— Que desastrada querida! Desse jeito vou achar que você se assustou com alguma coisa! Ou alguma notícia! - meu pai diz cinicamente e a Hinata começa a sentir ânsia de vômito e sobe correndo as escadas.
Minha vontade é de ir correndo atrás dela e acalma-la, mas apenas abaixo minha cabeça e limpo a sujeira do chão.
— Pode deixar isso aí filho! A Hinata limpa depois! - meu pai afirma.
— Não tem problema! E eu acho que ela tá doente! - respondo.
— Tá nada! É só uma crise de nervos! Ela tem muito disso! - fala dando de ombros.
— Entendi! - é a única coisa que me permito dizer enquanto me controlo de todas as maneiras pra não socar a cara dele, cada dia tá ficando mais difícil chamar esse cara de pai.
Quando termino de limpar lavo minhas mãos e tomo um copo de suco.
— Ultimamente você anda muito caseiro! Algum motivo especial? - pergunta com a sobrancelha levantada.
— Tenho que acordar cedo! Mas já combinei algo sexta a noite com a galera da faculdade! - me apresso em responder, tudo o que eu menos quero nesse momento é o meu pai com desconfiança de mim.
— Verdade! Não se prenda igual a mim! Por falar nisso! Vou subir e ver como está a Hinata! - diz se levantando da cadeira.
— Tudo bem! - ele não sabe que tudo o que eu mais queria nesse momento era estar preso lá em cima com a Hinata.
Mas como no momento não posso fazer isso, resolvo ir para o quarto, afinal, também tenho muitas disciplinas da facul para por em dias.
Nem sei quanto tempo fiquei atualizando tudo, até dormir por cima dos livros.
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— Huuum Daddy! Que delícia! - Konan geme embaixo da janela do meu quarto.
— Humm! Isso! Isso! - escuto a voz rouca do meu pai.
— Aiin! Daddy isso é muito bom! - Shion geme.
Acordo com o barulho do meu pai com as putas dele.
Maravilha!
Vou correndo pro quarto da Hinata e bato na porta, ela atende e percebo que os olhos dela estão vermelhos e inchados, e sem nem pensar duas vezes, já a tomo em meus braços e ela começa a chorar.
— Eiii! Eiii! Calma meu amor! Eu tô aqui! - digo enquanto vou levando ela pro meu quarto.
— Minha linda! Sobre aquilo que perguntei pro meu pai, saiba que eu não quero mulher nenhuma que não seja você! - digo tentando acalma-la, mas ela não para de chorar, o que já está me deixando preocupado. — Não chora minha linda! Eu tô aqui! Seu bebê cuida de você! - enxugo suas lágrimas e a encho de carinho.
— O Shino! Ele, ele... - de repente me lembro do quanto meu pai reclamava sobre um entregador de jornal e lembro que depois ouvi ele dizer pra Hinata que havia dado um jeito no rapaz.
— Esse Shino que morreu era o entregador de jornal que dava em cima de você? - pergunto abismado.
— Ele nunca deu em cima de mim! Ele era gentil! Tinha pena por causa da minha doença! Sempre jogava o jornal o mais longe possível pra eu não chegar muito perto do portão! Seu pai o pegou algumas vezes conversando comigo, mas ele, ele nunca deu em cima de mim Naruto. - diz chorando e eu a acalento.
— Ele não merecia esse fim! Seu pai é um monstro! - me diz com raiva.
— Você está dizendo que... - nem consigo terminar a pergunta.
— Foi seu pai Naruto! Foi ele! Ele matou o Shino, assim como matou o Neji! - Hinata acusa.
— Como assim? - pergunto.
— Se você está sabendo da Hanabi, já deve estar sabendo também da minha história! - fala enxugando as lágrimas.
— Não falei com a Hanabi! Ela me odeia por ser filho do meu pai! Mas o namorado dela Konohamaru me falou o suficiente! Meu pai e o seu são dois asquerosos! - digo enojado.
— Eles foram horríveis sim! Mas o Neji, ele vasculhou todos os documentos da sociedade deles e conseguiu uma brecha, ele conseguiu me livrar do casamento com o seu pai, e quando ele estava vindo trazer os papéis o Toneri o atropelou, ele avançou com o carro e atropelou o Neji em cima da calçada da rua enquanto eu estava tirando o cadeado do portão! - Hinata diz entre lágrimas.
— Meu Deus Hinata! - murmurro incrédulo.
— Respingou sangue em mim! Seu pai pegou ele em cheio! E desde esse dia eu nunca mais consegui passar daquele portão! - então foi isso! Eu li bastante sobre agorafobia e sei que pra chegar no estado em que a Hinata está, a pessoa passa por um grande trauma, minha linda deve ter sofrido bastante e ainda sofre.
— Ele cobriu todos os rastros! E pareceu que um motorista bêbado o atropelou e fugiu! O Toneri matou o Neji! E também matou o Shino, E isso apenas porque me pegou conversando com ele, imagina o que ele pode fazer com você! - relata ainda chorando.
— Não precisa se preocupar comigo minha linda! - tento acalma-la.
— Eu não quero mais isso Naruto! Devemos parar! - ela diz e meu corpo todo gela.
— Não diga isso nem brincando! - rebato desesperado.
— Eu não suportaria se algo acontecesse a você! - seu olhar é penoso.
— Eu não suportaria ficar nenhum segundo sem você! Te amo Hinata! - eu tô quebrado, não aguento vê-la sofrer dessa maneira.
— Também te amo! - ela diz e me abraça forte.
— Eu sinto muito pelo seu amigo! - sussurro em sua orelha.
— Obrigada Naruto! Obrigada por estar aqui comigo! - me abraça mais forte.
— Eu não vou te deixar meu amor! Vou estar sempre aqui pra você! - falo olhando em seus olhos.
— Te amo! - me diz mais calma e sorrindo, porém a tristeza ainda está um pouco estampada em seu rosto.
— Também te amo minha linda! - ela me dá outro abraço forte e um beijo com a mesma intensidade, eu sinto todo o meu coração preenchido, retribuo seus movimentos e nossas línguas se tocam em uma dança incessante.
— Annnh! - escutamos o gemido final das vizinhas.
— OHHH! Valeu vadia! Isso foi muito bom! - foi a vez do meu pai, e cara, escutar isso é muito nojento.
— Seu pai! Ele já vai voltar! - minha linda diz se levantando.
— Isso é asqueroso! - afirmo enojado.
— É sim! Muito! - me dá mais um beijo rápido e volta pro seu quarto.
Eu me deito e tento inutilmente voltar a dormir pensando nas coisas que a Hinata me disse, se meu pai é capaz de fazer isso tudo, então ele é bem pior do que eu imaginei.
Enquanto escuto os passos dele subindo as escadas e abrindo a porta do seu quarto, meu sangue todo ferve, eu não quero ele dormindo do lado dela, aquele lugar é meu e não dele, aquela mulher é minha, e ainda não sei como, mas eu vou resolver toda essa situação.
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Hoje de manhã acordei cedo, fui pra faculdade e depois trabalhar, pedi para o Shika diminuir meu horário de almoço para eu poder sempre sair mais cedo, busquei a "garota" e a trouxe pra minha casa.
Abro portão e a convido pra entrar, ela veste roupas simples de qualquer jovem normal, short's e blusa de alça, passamos pelas minhas vizinhas que invadem a garota com olhares maldosos e assassinos, para deixá-las mais furiosas ainda passo meu braço em seu ombro, destranco a porta e entro dentro de casa, a Hinata tá fazendo seus exercícios on-line, assim que me vê entrando com a garota em casa toma um susto e fica com os olhos marejados.
— Calma meu amor! Essa é a Shizune! Shizune essa é a Hinata! - apresento as duas.
— É um prazer te conhecer Hinata! Vejo que está praticando exercícios! Isso é mesmo muito bom! - a mulher estende o braço pra minha linda.
— Na, Naruto, eu não tô entendendo! - Hinata se vira pra mim.
— A Shizune é psiquiatra! E a partir de hoje todos os dias ela vai vir fazer uma hora de sessão de terapia com você! - explico.
— Naruto seu pai...
— Relaxa minha linda! Todas as sessões serão no meu quarto! Ela sempre vai chegar e sair comigo! Eu vou ficar de vigília! Você mesmo ouviu quando ele disse que eu poderia trazer garotas pra casa né? - nesse momento ela começa a chorar e me abraça.
— Naruto! Você não existe! - dou um selinho nela e a solto.
— Shiiiii! Vai lá! Sobe pro meu quarto com a doutora Shizune! Eu vou ficar aqui na sala! - ordeno e pisco o olho pra ela.
— Vamos? - ela sorri pra doutora e elas sobem as escadas em direção ao meu quarto.
Eu expliquei toda a situação para a psiquiatra e devido ao sigilo profissional ela não contará para ninguém, também concordou em se vestir como adolescente e fazer terapias em casa com a Hinata, o que tá me custando uma pequena fortuna, mas eu não me importo, pago tudo e muito mais se significar que a Hinata vai ter alguma melhora, então eu sento no sofá e enquanto observo elas se afastarem fico pensando no próximo passo que devo tomar para ajudar a minha linda.

A Madrasta - coleção Doce Mel I IOnde histórias criam vida. Descubra agora