Tayla Shipps
Acordei ouvindo um som eletrônico de longe. Cocei os olhos, confusa. Hoje era domingo, meu celular não deveria estar despertando.
E de fato não estava.
Minha cabeça explodiu em dor e tontura, a recompensa que ganho por ter chorado quase a madrugada inteira.– Oi, querida. – Ouvi a voz de meu pai do outro lado do telefone.
– Bom dia, Pai – andei até a janela de vidro que ficava ao lado de minha cama e a-abri, dando em vista a uma manhã de domingo.
– Como foi a festa de ontem?
– Acho que Dy já teve o trabalho de te contar. – Ouvi o suspiro dele no outro lado, sacudi a cabeça lembrando que eu não precisava ser tão cruel assim com meu pai – Se ele se lembra de alguma coisa.
Meu pai deu uma risada breve do outro lado da linha. Ontem eu e Dylan ficamos o sábado inteiro em Santa Mônica com Paul, comemoramos nosso aniversário comendo sorvete e dirigindo uma lancha alugada pela praia. Quando faltara três horas para a festa, eu e Dy viemos embora e papai viajou para Cambridge, para se preparar para uma reunião de apresentação do seu novo livro na quinta-feira.
- A caixa de vocês já deve estar chegando ai. - Alguns segundos, fiquei quieta por alguns segundos, paralizada com o telefone no ouvido. - Lia, querida?
"Lia". O apelido que minha mãe costumava me chamar. Meu nome, Taylia, meu pai queria que fosse Tayara e minha mãe queria Liane. Então fundiram os dois nomes, Taylia. Mas a maioria das pessoas que me conhecem me chamam de Tayla.
- Eu havia me esquecido da caixa. - sussurrei e um silêncio profundo tomou a ligação.
A caixa. A caixa que minha mãe tinha deixado para mim e meu irmão abrirmos no nosso aniversário de dezessete anos. Senti todo meu corpo queimar de nervosismo e medo. Sons de móveis sendo arrastados no chão invadiram o silêncio da ligação.
- Querida, preciso ir...
- Eu sei. - Suspirei fundo, me obrigando a voltar para a realidade. - Vou usar aquele crédito que você me deu no ano passado, ta bem? - Ano passado Paul deu um crédito de aniversário para mim e para Dylan comprarmos o que quisessemos, eu não usei um centavo.
- Que bom querida, fico feliz de ver que você finalmente vai usa-lo
- Bom trabalho pai.
- Obrigada, Lia.
Deslizei o telefone pelo meu rosto e o joguei em cima do cobertor azul desdobrado da cama. Apoiei as mãos no pé da janela aberta e olhei para a paisagem de grama e varias outras casas abaixo do Céu. Respirei fundo, tentando não me desesperar com a ansiedade que tomava conta do meu corpo. Ouvi batidas suaves na porta e fiquei imóvel.
- Tay... - Era a voz de James, a voz suave dele - Esta acordada?
Permaneci em silêncio, imóvel.
- Tay, sei que esta acordada, eu trouxe café da manhã... - a voz dele era quase melancólica, mas permaneci em silêncio. - Tem waffles que eu mesmo fiz...
Escancarei a porta e encontrei um James encolhido no batente, segurando uma bandeja de madeira com um cacho de uvas verdes, um copo de leite com café e gelo, cubinhos de queijo mussarela e quatro waffles pilhados um acima do outro. Bufei com o nariz e o garoto alto abriu um sorriso nervoso. Fiz menção de fechar a porta e James colocou o pé na frente, entrando no quarto e colocando a bandeja em cima de minha escrivaninha desorganizada.
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O Que Acontece Fora do Céu
Teen FictionEm uma mansão majestosa em Hollywood, um grupo de amigos inseparáveis está prestes a enfrentar um ano de transformações e descobertas. Tayla e Dylan Shipps, Lya e Caleb Clarke, Mira e James Hoyler, juntamente com Nathan Black, compartilham uma amiza...