Respire Fundo

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Você desenhou estrelas
ao redor de minhas
cicatrizes, mas agora eu
estou sangrando. - Taylor Swift.

O suor escorria no corpo de todas as pessoas presentes naquele campo de guerra

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O suor escorria no corpo de todas as pessoas presentes naquele campo de guerra. Melissa estava encurralada e agora estava sozinha.

Cento e vinte e oito homens, foi esta a quantidade de vidas que ela tirou até este momento. Seu pulmão ardia, necessitando de uma quantidade maior de ar do que ela podia conceber naquele momento.

De repente, um chute em suas costas a faz cair de joelhos e com as palmas das mãos no chão. Cinco homens cercam ela segurando seus braços, e um outro se aproxima.

- Finalmente, o Rei. - Ele sorri orgulhoso, tirando o capacete "do rei".

- Droga... - Melissa exclama quando seus fios negros caem envolta de seu rosto.

- Quem é essa? - Pergunta um dos homens que a segura.

- A princesa. - Responde o mesmo que lhe tirou o capacete.

- Vamos leva-la para o rei e informar que George não compareceu para a guerra. - Eles dizem.

Melissa tentou se soltar a toda custa. Um golpe lhe é desferido na cabeça a fazendo ficar inconsciente.

Quando ela acorda, quase não enxerga. Há sangue seco em seu rosto, ela também pôde sentir o gosto metálico nos próprios lábios. Está deitada em uma sela cuja cama é dura como pedra, feita apenas de madeira e sem forro onde se deita.

Suas costas e pernas doíam, mas a sua cabeça latejava. Haviam retirado sua armadura deixando-a apenas com a segunda pele.

Aos poucos, sua visão normalizou e ela pôde enxergar uma cela pouco iluminada e mal feita. O chão era de barro, a grade da cela era grossa e estava enferrujada, e a porta da mesma tão pequena de forma que duas pessoas não passariam juntas.

No chão, ao lado de sua cama havia uma bandeja espelhada. Nela continha uma jarra com água e gelo (e talvez veneno, em sua cabeça), uma tigela com uvas frescas e uma torrada. Ela decidiu tomar apenas a água, devagar ela desconfiava de cada gota que bebia mas seria tolice recusar, estava morrendo de sede.

Ela nem sabe ao certo quanto tempo ficou ali, até que um soldado entra naquele tipo de caverna com várias celas. Ele vai em direção à dela e abre a porta da grade.

- O rei deseja falar com você, ele a convida para jantar. - Ele disse, estendendo a mão para ela.

Ela segurou sua mão e se levantou, e ele a ajudou a caminhar enquanto olhava para os olhos da mesma.

- São cor de mel? - Ele questiona, com um sorriso simpático.

- Acredito que sim. - Ela responde firme, agora que ambos sobem as escadas, Melissa se esforçava para disfarçar o medo em seu coração.

- São lindos. - Ele diz, e em seguida deixa ela sozinha com outras três mulheres.

- Olá, querida! Nós vamos te ajudar a ficar elegante para jantar com o rei. Venha. - Uma delas se pronuncia com um sorriso tolo e exagerado, sem deixar Melissa se pronunciar arrastam ela para um enorme quarto.

Lhe deram um banho quente de espuma, pentearam e emparelharam as pontas de seu cabelo que haviam ficado tortas após o corte da faca. Também fizeram um curativo pequeno em sua testa, cobrindo o ferimento que antes havia lhe ensanguentado o rosto. Maquiaram Melissa e a deixaram escolher entre cinco vestidos.

O primeiro deles era da cor rosa claro, havia mangas largas e detalhes branco na região do quadril e na costura da manga, a saia do vestido ia até a altura dos joelhos.

O segundo era preto e o tecido brilhava, parecia ser de cetim. Renda vermelha se destacava no decote, e um pequeno babado na saia que não passaria da metade de suas coxas.

O terceiro era azul claro, como o céu logo de manhã. Ele tinha detalhes e bordados pela saia e pelas mangas, havia uma gola em V destacada e suas mangas também eram largas.

O quarto era dourado, de manga curta, simples e bonito. Um decote pequeno que não mostrava muito, mas havia um rasgo na costura da saia, então a atenção de Melissa foi para o quinto.

Era um vestido vermelho vibrante, de cetim. Uma faixa dourada descia estampada no meio do vestido. Não haviam mangas, era um tomara que caia reto e a saia era longa, com pequenas aberturas que iriam da altura do joelho ate o fim dela. Acompanhava um casaco de mangas largas que tinha o mesmo comprimento do vestido. Foi este o escolhido por ela.

Após se vestir, perfumaram a Melissa e lhe colocaram um anel vermelho em seu dedo indicador. Melissa estava pronta para jantar com o homem que planejava matar seu pai.

- Ela está pronta? - Uma voz masculina soou do outro lado da porta.

- Sim, majestade. - Responderam as mulheres em uníssono.

Uma delas abriu a porta e Melissa viu o tal rei de Arnor se curvar diante dela. Como forma de respeito, seguiu a etiqueta também se curvando para cumprimentar o homem.

- Por favor, me acompanhe. - Ele disse, com um sorriso esquisito nos lábios.

Melissa então, caminhou junto ao homem, estando alguns passos atrás dele.

- Sabe, é... - Ele parou, a olhando.

- Melissa. - Ela respondeu, pois provavelmente ele perguntava seu nome.

- Ah, sim. Sabe, Melissa.. eu costumo esperar meus convidados já na sala de jantar, mas não contive a ansiedade em te conhecer. - Ele sorria o tempo inteiro.

- Digo o mesmo. - Mentiu ela.

- Seremos francos, tenho assuntos importantes para nosso jantar. - Ele disse com o olhar fixo em frente e dois guardas abriram uma porta enorme quando o avistaram.

Ele entrou na sala de jantar e puxou uma cadeira que parecia confortável para que Melissa sentasse, e assim ela fez. Logo em seguida o homem se sentou em uma cadeira de frente para a dela. Melissa esperava que o homem iniciasse a conversa, enquanto observava a enorme variedade de frutas frescas, carnes de caça, doces e vinhos pela mesa.

Ele começou a se servir e melissa fez o mesmo, outra vez desconfiada da comida, pegando em maior parte os mesmos alimentos que ele.

- Então, me diga. Como vai a sua mãe, Melissa? - Ele questionou, e ela não soube o motivo.

Aquilo lhe causou repulsa e seu coração quase saiu pela boca. Um sentimento ruim tomou conta de seu peito, e o homem em sua frente sorria.

O rei tinha cabelos grisalhos, um rosto com maxilar marcado e uma barba parelha e também grisalha. Seus olhos eram claros e sugestivos. Aquele sorriso carregava uma segunda intenção, ele queria chegar à um objetivo com aquela conversa. Melissa só não entendia o que e nem porquê.

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Espero genuinamente que tenham gostado, mas me digam, estão curiosos?!

[ SEGREDOS ] - em andamento 12(30)Onde histórias criam vida. Descubra agora