Sua visão começou a clarear enquanto se ajustava ao novo local bizarro e incomum. Seus músculos braçais foram forçados a se movimentar. O jovem coloca suas mãos ao chão como apoio para começar a se levantar. Ele apenas sente sua mão pousar em uma superfície úmida, da qual lutou para obter um bom apoio. Com seus pés foram o mesmo, mas a sola de seu sapato tinha ajudado um pouco com o trabalho. Ele cambaleia, mas logo seus ombros encostam numa superfície fria. O som ecoa no cômodo, alto. Acaba dando um último empurrão para o seu despertar.
Seus olhos correm. Logo percebe que está tomado pela escuridão. Há alguma luz... que vem dos mais variados aparelhos, teclados e bizarrices, entretanto, é uma luz muito fraca, que serve apenas para mapear o básico do local. Levantou seu braço: Mal podia vê-lo. Estava apenas coberto pela fraca iluminação, fazia com que suas bordas fossem coloridas em um azul vivo. Lembrou-se, de quando se escondia no banheiro, em plena madrugada, quando mais novo.
Ele só sabia por onde podia andar para não tropeçar e machucar seu dedo. A janela sempre ficava aberta: Era muito menor que uma janela padrão, não havia como alguém entrar. Pelo menos, eles não deveriam conseguir entrar. O luar iluminava e atingia o espelho e os ladrilhos do banheiro, e o vento trazia consigo o frio, que lentamente se espalhava pelo seu corpo. Sempre atingiu primeiro as pernas, não usava mais que uma cueca nos membros inferiores para dormir. Sempre odiou pijamas, e tinha um desgosto específico com o do seu irmão.
Ele traz a sua mão mais perto de seu rosto. Cheirou, logo sentindo o ferro do seu sangue. Decorava sua mão com certa simetria, passou por entre os dedos. Havia tomado metade de sua palma, e escondia algumas veias e protuberâncias dos seus ossos. Ficou encarando-a por um momento, quase num transe novamente. Grunhiu, ao lembrar do que havia acontecido. Logo grunhiu de novo, por causa da realização de seu rosto um tanto desorganizado. Seu instinto levou sua mão para o seu rosto, manchando-a com um pouco de seu próprio sangue. De certa forma foi agradável: O sangue estava frio, graças ao chão gelado.
A dor foi se espalhando por todo o seu corpo. Seus pulmões, tendões e articulações estavam queimados pela exaustão e destruído por variados impactos de golpes alheios. Lutou para manter uma postura ereta. Estava respirando profundamente, o que era pouco agradável. As roupas que usava estava fazendo sua pele formigar e suas feridas a apertar. Seu pé pisou numa protuberância ao chão. A luz se ascendeu.
- Bem vindo a sua nova e incrível carreira. Seja por nos encontrar na feira de trabalho, ou se leu nosso anuncio em parafusos e grampos de cabelo, ou se isso foi resultado de uma aposta, boas vindas. - A voz da inteligência artificial tocou.
As luzes do teto do elevador falhavam constantemente. O "cômodo" feito em sua maioria de metal e aço, e o formato circular deixou tudo mais congelante. Mas (S/N) não pode e nem fez nada sobre isso. Era bom sentir outra coisa além de desconforto, ele podia se acostumar com um ar-condicionado barulhento. Se agachou, rangendo os dentes. Seus braços se esticaram ao máximo para aliviar o trabalho da sua coluna e dos ligamentos da sua perna. Suas sobrancelhas se arquearam, caindo gradualmente, fazendo focar seu olhar naquele pacote estranho. Estava embalado numa sacola. Não foi difícil de rasgar. Um vislumbre. Suas mãos começaram a tremer. Levantou-o, numa altura paralela aos seus olhos: Um uniforme roxo.
- Serei seu guia pessoal para ajuda-lo a começar. Sou o modelo 5 de robôs de reparo de unidade, mas pode me chamar de Hand-Unit. Sua nova carreira promete desafios, intrigas, e infinitas possibilidades na zeladoria. - (S/N) sabia que não deveria ter ninguém ali assistindo-o. Mas ficou temeroso com alguém vendo ele tão destruído, com face tomada pela melancolia e falta de energia. Seu corpo começou a formigar... era a suas roupas. Nunca havia visto um uniforme roxo. Mas teria que usa-lo. Com desgosto começou a desdobrar o seu uniforme, que parecia mais um macacão de mecânico... porém, havia um medalhão de ouro, em frente ao seu peito que deixava claro o seu uso. Começou a se vestir. A voz de Hand-Unit havia parado... parecia que queria espera-lo.
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Carne e Osso (Ennard FNAF x Leitor Masculino
Любовные романы(S/N) entra como guarda noturno e zelador do restaurante Circus Baby Pizza World. Mas com o passar das noites, ele conhece um animatrônic diferente dos outros e aprende que já passou da hora de ser bonzinho com seus algozes. A capa da história não f...