Miguel surge no meio de uma floresta densa na noite escura. Uma tempestade forte cai. Ele alisa o cabelo enquanto percebe animais noturnos o observando.
— O que é isso? — se pergunta ele, ao ver troncos derrubados e sinais de magia sombria.
Miguel ouve ruídos e segue caminhando pela floresta, enquanto retira alguns galhos da frente. Depois de um tempo, ele se aproxima da caverna.
— Vamos lá! — disse Miguel.
O Príncipe dos Anjos para na entrada da caverna. Ele fica alguns minutos esperando um sinal, quando a luz de um raio reflete e revela Kaimortus logo adiante dele, com um semblante nada amigável.
— Então você se recuperou, maldito sejas! — brada o enorme behemoth.
Miguel, que está encharcado por causa da chuva, dá mais dois passos.
— Boa noite para você também, Kaimortus. Fico lisonjeado que esteja feliz em me ver — ironiza Miguel.
Kaimortus solta faíscas pela narina. O behemoth fica cada vez mais irritado com a presença do celestial.
— O que quer aqui? — pergunta Kaimortus — Vá embora, não tolero você e sua trupe na minha casa.
— Mas tolera Mordred e Nahemah — rebate Miguel — E respondendo à sua pergunta, não é óbvio? Vim ver com meus próprios olhos a sua traição contra Ziz!
O behemoth bate forte as patas no chão.
— Traição? — pergunta Kaimortus, rindo como um louco.
— Do que está rindo, desgraçado? — questiona Miguel, completamente ensopado.
— Não traí Ziz — afirma Kaimortus.
— Não me diga — ironiza de novo Miguel —, e eu fui morto pelo golem. Pare com essa palhaçada e me diga porquê traiu a Águia Sagrada.
— Eu não traí aquele pássaro! — tornou a argumentar Kaimortus.
— Traiu sim, seu verme imundo! — acusa Miguel — Por sua culpa, o Universo inteiro está em perigo! Será que não percebe a desgraça que fez por puro ódio aos anjos?
Kaimortus fica ainda mais irritado.
— Saia da minha caverna, agora! — ruge Kaimortus.
Miguel ignora a fala dele e acha espaço entre as patas da criatura, por onde vê vários outros behemoths posicionados o fitando com raiva.
— Não me ouviu? Suma da minha frente! — ruge de novo Kaimortus.
— Só saio daqui após ver Ziz, e exijo que você me deixe vê-la, seu traidor imundo! — rebate Miguel.
Kaimortus bate as patas com mais força no chão e de suas narinas as faíscas se intensificam.
— Saia da minha frente, não estou falando como um qualquer, e sim como a autoridade máxima do Universo abaixo de Deus — insiste Miguel.
— Você só passa por aqui morto, anjinho — retruca Kaimortus — Volte para sua ruivinha e a veja morrer nas mãos de Shemihazah.
— O Universo inteiro pode morrer nas mãos de Shemihazah e você preocupado com rivalidades esquecidas, além de tentar manchar a honra de quem amo — argumenta Miguel — Kaimortus, você pode ser forte, mas eu sou superior. Evite sacrifícios, mortes desnecessárias e me deixe ver Ziz.
Kaimortus fita alguns filhotes e retoma o olhar para Miguel depois.
— Vai pro Inferno, você e aquela águia maldita! — retruca O Rei dos Behemoths.
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Cavaleiros do Ar: A Noite dos Vigilantes
FantasySequência de Cavaleiros do Ar: Elos do Paraíso. Há 17 mil anos, uma guerra sangrenta marcou o mundo. Comandadas por Miguel, as legiões celestiais lutaram contra outro grupo rebelde de alados, os Vigilantes, liderados por Shemihazah. Os celestiais ve...