11

952 114 86
                                    

— E aí, gata? O que manda? — Octavia perguntou quando parei à sua frente. 

A morena estava deitada na arquibancada ouvindo música em seu iPod.

 As pernas cruzadas balançavam no ritmo eletrônico. 

— Preciso da sua ajuda. — Sentei-me ao seu lado e ela fez o mesmo. 

— Deixa eu adivinhar, tem a ver com uma loira irritadinha que não sai de seus pensamentos? — Sorriu empolgada me dando um empurrãozinho com o ombro. 

Desviei o olhar envergonhada a ouvindo rir e me chamar de fofa. 

— Como sabe

— Está desenhando na sua testa. 

— Sério?

— Não boba, eu já sabia que isso ia acontecer. Todas curtem a Clarke, acho que elas gostam de sofrer por diversão, mas você é a primeira a ter sentimentos sinceros, você quer conhecer o coração primeiro antes do pau. — Ela deu de ombros. 

— Eu acho que estou começando a entender a cabeça dela. — Fingi não ter ouvido sua última frase vendo um sorriso divertido surgir em seus lábios. 

— Querida, ninguém entende a cabeça da Clarke, vai por mim isso só traz cansaço

— Ela me beijou. 

— Tava demorando hein? Achei que ela não tomaria uma atitude nunca. 

— Eu não sei o que fazer agora, queria perguntar o que ela sente, mas tenho receio. — Respondi mordendo uma unha. 

— O que você vai fazer hoje à tarde? 

— Estudar talvez. 

— Nós vamos sair e resolver isso. 

— A última vez que saímos juntas não deu muito certo, virei chacota na escola inteira. 

— Relaxa, vamos a uma lanchonete

— Não sei, Ô. 

— Garota você tá com a faca e o queijo na mão, conseguiu fazer sozinha o que ninguém nunca fez. Agora eu só vou dar uns retoques finais e te deixar pronta pra comer o queijo. — Ela se levantou empolgada.

— Octavia, eu não preciso de roupas curtas. 

— Quem disse que eu estava falando de roupas? Acho que você deve saber mais sobre a Clarke e ter a certeza do que realmente quer. Pego você as 15 horas e não vá de pijama tenho uma reputação a zelar. — Avisou indo embora pulando os degraus da arquibancada feliz da vida. 

Balancei a cabeça soltando um suspiro nervoso. 

— Eu não uso pijama. 

///

Entramos na lanchonete quase vazia e Octavia me guiou para uma das últimas mesas próxima às janelas de vidro. O lugar parecia tranquilo e agradável. 

— Adoro esse lugar — ela comentou empolgada chamando a garçonete. 

— É legal. 

Me sentei na cadeira estofada vendo  pedir um sanduíche, e eu fiquei apenas com um suco. 

— Você deveria comer mais. — Octavia comentou apoiando uma mão no rosto. 

— Estou sem fome, obrigada. 

A verdade era que eu não tinha dinheiro para ficar gastando à toa, o que meu pai me dava só servia para o lanche da escola.

Problem Girl. ( Clexa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora