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Minha maior conquista foi me apaixonar pelo meu Desafio. Antes de Clarke, tudo era medo e vazio, hoje com sua ajuda descobri um pedaço de mim que estava perdido.

Acordei com o barulho de uma panela caindo. O quarto estava escuro, ainda assim eu conseguia ver uma brecha de luz pelas cortinas pretas. Tentei me mexer mas Clarke estava quase toda em cima de mim, seus cabelos faziam cócegas em meus seios e um braço passava pela minha barriga me sufocando.

Klark — sussurrei dando batidinhas em seu ombro ouvindo mais um ruído pela casa. — Acorda, eu escutei um barulho, acho que tem alguém aqui.

Tentei sair debaixo de seu corpo quente e ela me impediu, soltando resmungos incompreendidos.

— É Margot, ela arruma o apartamento aos domingos.

— Uma empregada?

— Só não a chame assim, ela se irrita. — Ela virou pro lado cobrindo o rosto com um braço.

Puxei o lençol branco que caía aos pés da cama e o envolvi em meu corpo, me levantando. Mal dei dois passos e meu corpo girou quando o lençol foi puxado, e agora eu estava nua.

Encarei Clarke surpresa a encontrando da mesma forma, só que agora com um sorrisinho pilantra.

— O que está tentando esconder? — Me olhou sonolenta fazendo questão de me analisar toda. Tarada.

Sua inconveniente. — Puxei o lençol de volta caminhando apressada para o banheiro me certificando de ter trancado a porta.

— Fala sério que você trancou essa porcaria.

— Por que não volta a dormir?

— Acha que eu vou fazer o quê? Te matar?

— Você não é muito confiável.

Ainda a ouvi reclamando alguma coisa, mas não dei atenção. Estava mais interessada em observar no espelho a bagunça que eu me encontrava.

Meus cabelos apontavam para todos os lados e meus olhos pareciam maiores que o normal, ou será que eles sempre foram grandes assim?

— Não acredito — grunhi indignada ao ver marcas quase roxas espalhadas pelo meu pescoço. O que eu vou fazer para esconder isso?

Você marcou meu pescoço — resmunguei quando voltei para o quarto já de banho tomado, enrolada em uma toalha de Clarke. Ela agora estava sentada na cama me olhando com um olhar quase inocente, mas eu me mantive firme com os braços cruzados. Não era ela que seria interrogada ou alvo de piadinhas por conta daqueles chupões.

Não vejo nada. — Se fez de sonsa.

Ora está aqui.

— Você está vendo coisas.

— Não estou não, você deixou meu pescoço cheio de chupões. Como vou escondê-los agora?

— Esconder pra quê? — Retrucou passando por mim com um ar arrogante.

Klork — reclamei e ela bateu a porta do banheiro na minha cara. Atrevida.

( . ) ( . )

Entrei na cozinha encontrando uma Senhora baixinha colocando uma jarra de suco na mesa. Os cabelos grisalhos eram curtos e ela vestia um vestido cinza com um avental por cima.

Olá. — anunciei minha presença. Ela me olhou parecendo assustada e eu me senti incomodada com sua análise.

— Quem é você?

Problem Girl. ( Clexa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora