7. Completamente Apaixonada

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Eram seis horas da tarde, o sol ainda brilhante no céu que por beleza estava sem nuvens, plebeus e nobres que com esforço se deslocaram a tempo de suas casas ou vilarejos distantes estavam todos reunidos na enorme praça imperial, na capital.

Os nobres, é claro, se mantinham longe e usavam seus servos e cavaleiros para manter os plebeus longe deles.

Um palco que a muito havia sido construído na praça para que a rainha desse decretos, hoje receberia a presença da Imperatriz, marcando a primeira aparição dela para o povo.

O povo estava curioso. As cartas que receberam em suas casas a algumas horas atrás lhes dizia que a rainha tinha leis novas importantes para declarar a todos.

Mas na verdade todos ali, sem exceção, esperavam usar aquela aparição para julgarem o quão capaz sua Imperatriz era.

Todos esperavam ansiosamente e ninguém escondeu o olhar de excitação quando ouviram os galopes e sons de rodas da carruagem real. Elas haviam finalmente chegado.

Elas estavam em carruagens separadas, a primeira a chegar foi a de Lea.

Uma carruagem escura, não muito enfeitada já que a rainha não gostava de ostentar em carruagens, pois preferia cavalos e selas. Dois lindos cavalos negros puxava a carruagem e o cocheiro se vestia tão bem quanto os nobres presentes.

A segunda carruagem era forrada em ouro puro, madeira branca e alguns pequenos diamantes dando brilho e dois lindos e grandes cavalos brancos a puxavam, quem dirigia era Ian, a pedido da rainha. Outros soldados reais escoltavam as carruagens atrás em seus cavalos.

Assim que a carruagem da rainha estacionou, os soldados se posicionaram para impedir que qualquer um pudesse chegar perto do palco e o cocheiro se deslocou a porta da carruagem, a abrindo e em seguida anunciando a chegada da mulher ali presente.

— SUA MAJESTADE, A RAINHA! — Gritou alto, firme e logo Lea saiu pela porta aberta, e para a surpresa de todos ela...

... usava um vestido?!

Era elegante, de um estupendo vermelho com mangas longas e enfeites de ouro com uma capa com a mesma dinâmica, o vestido estava acompanhado graciosamente de grandes brincos feitos de diamantes vermelhos e em seus pés provavelmente haviam saltos tão vermelhos quanto já que não se podia vê-los. Suas roupas eram obviamente mais caras do que qualquer coisa que um dos seus súditos estivesse usando. Seu cabelo estava solto como ondas em seus ombros e em sua cabeça uma linda e brilhosa tiara de diamantes.

Todos assistiram estupefatos a rainha caminhar graciosamente para fora da carruagem. A carruagem escura logo saiu e em seu lugar a carruagem da Imperatriz estacionou e Lea se pôs ao lado da porta para esperar a esposa. Se era estranho o vestido, nem tinham como falar sobre a falta da coroa.

Lea sempre dava leis enquanto usava a sua orgulhosa coroa.

O silêncio era doloroso enquanto Ian se direcionava para a porta da carruagem e a abria, ninguém sabia o que dizer, então o cavaleiro anunciou a chegada.

— SUA MAJESTADE, A IMPERATRIZ! — Sua voz tão forte e firme quanto a do cocheiro anterior.

Toda e qualquer palavra foi levada ao esquecimento assim que avistaram o primeiro pé da Imperatriz sair da carruagem...

Ninguém falava nada enquanto Clarice se descolocava para fora da carruagem, mas ela repentinamente parou no meio do caminho antes de colocar o pé no chão, e então uma voz cheia de veneno caiu sobre os ouvidos do povo.

— Tsk, acham mesmo que eu colocaria meu pé nesse chão sujo? Acham que sou o quê? — Rosnou a voz irritada.

Lea arregalou os olhos em reconhecimento, voltando-os raivosamente para Ian antes de dar-lhe uma ordem.

A Imperatriz de Uma Rainha CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora