4 - É fio dental.

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Narrador Pov.

- Cobertura.

O homem falou assim que as portas do elevador se abriram. Camila estava com um dos braços cruzados abaixo dos seios e tendo o outro com o cotovelo apoiado no mesmo.

- Humm - balançou os ombros - a cobertura. - ela saiu com os braços cruzados e rebolando.

- À esquerda.

Lauren a observou saindo e também saiu do elevador e viu quando o rapaz foi até a porta e se inclinou para olhar a mulher, ela parou em frente ao mesmo e deu um sorriso amarelo, ele entendeu o recado e voltou até o elevador.

Caminhou até a porta e retirou um cartão do bolso de seu terno feminino e com um pouco de dificuldade conseguiu abrir a porta do luxuoso apartamento. A loira entrou olhando para todos os lados, impressionada com cada detalhe do ambiente.

- Impressionada? - perguntou enquanto deixava os papéis em cima da mesinha de entrada.

- Tá brincando? - deu de ombros e fez um barulho com a boca - não é novidade pra mim, aliás, eles alugam quartos assim por hora.

Lauren passou por ela segurando um jornal.

- Claro que alugam.

Deixou o jornal em cima de uma pequena mesa ao lado de uma janela e sentou-se na cadeira. Camila foi até a sacada e se impressionou com a vista.

- Uau - disse do lado de fora - que vista maravilhosa. Aposto que dá pra ver até o mar daqui.

- Acredito que sim - abriu um dos envelopes - nunca vou lá fora.

- Por que não? - perguntou ao entrar no quarto novamente e deixar sua bolsa em cima de uma poltrona.

- Tenho medo de altura.

- Sério? - concordou - então por que aluga o último andar?

- Porque é o melhor - Camila tirou o casaco que era de Lauren e jogou em cima do sofá - procurei uma cobertura no primeiro andar, mas não consegui achar.

- Bem, agora que me tem aqui, o que vai fazer comigo? - ela andava pelo local e olhava as coisas.

- Sabe de uma coisa? - a voz rouca soou pelo apartamento - não faço a mínima ideia.

- Não? - perguntou despreocupada.

- Não tinha exatamente planejado isso - cruzou as mãos em cima da mesa.

- Você planeja tudo? - retirou o seu casaco vermelho e deixou na poltrona a qual sentou-se de pernas abertas.

- Sempre.

- É, eu também - apoiou os antebraços em seus joelhos - de fato... não, não planejo, não planejo nada - gesticulou com as mãos - eu diria que sou uma garota do tipo que vai no embalo. Sabe, aqui e agora, essa sou eu.

Ficou um silêncio de poucos segundos enquanto os olhos verdes encaravam a forma que a mulher estava sentada a sua frente.

- Sabe - cruzou as mãos e apontou os dois indicadores na direção da mulher de olhos verdes - você podia me pagar. É uma maneira de quebrar o gelo.

- Ah, sim, desculpe - retirou a carteira da parte de dentro de seu terno feminino e abriu - pode ser em dinheiro? Estou sem cheque...

- Por mim tudo bem - se levantou e pegou o dinheiro que foi colocado em cima da mesa. Virou de costas e sentou em cima da mesa e cruzou as pernas, enrolou o dinheiro e guardou dentro de suas botas.

Pretty Woman - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora