BANG CHAN
point of view.— Como esses garotos podem morar tão longe?
— Pois é, minhas pernas já estão doendo e eu estou quase congelando. — Ajeitei a alça da mochila em meus ombros.
— Bem, o endereço que a tia Nayeon passou indica aquela casa vermelha ali.
— Devemos bater? Tocar a campainha?
— Campainha. — Assim Lino o fez.
Arregalei os olhos quando vi a figura que abriu a porta. O que Hyunjin está fazendo ali?
— Hm. — sorriu desajeitado. — Vocês vieram mesmo.
— Sim... — Lee sorriu. — Você é o?
— Bem, só um instante. Entrem, está muito frio lá fora. — Ele fechou a porta atrás de nós, tiramos nossos casacos - que estavam cobertos de neve - e os demos para serem pendurados no cabideiro da entrada. — Sou Hwang Hyunjin, filho da Nayeon. E esse é Jisung, filho da tia Suyeon.
— Não acredito. Você que é o filho da tia Nayeon?
— Eu mesmo. — sorrimos. — Bom, Jisung está resfriado, então isso explica ele estar com três cobertores, dois agasalhos e uma sopa quentinha.
— Oh, ele ainda não está melhor? — questionei, tomando a atenção do mais novo para mim.
— Está um pouco fraco ainda, mas melhorou um pouquinho.
— Ah, sim.
— Bom, nos estávamos lá em cima. — Apontou para depois das escadas. — Estávamos vendo séries, já arrumamos os colchões para nós quatro.
— Se quiserem, podem tomar banho e se juntar à mim e Hyunjin. Temos dois banheiros, um na primeira porta a esquerda do primeiro andar e outro na última porta a direita do segundo andar.
— Eu aceito. — Minho sorriu para Jisung. — Está congelando lá fora.
— Vou pegar duas toalhas para vocês. — Hyunjin se prontificou, subiu as escadas e voltou uns instantes depois.
Ele parecia bem à vontade na casa, como se fosse sua, ou como se ficasse mais tempo ali do que em sua própria casa.
[...]
Deitei-me ao lado de Hyunjin, que estava ao lado de Jisung. Ambos escolheram Vincenzo para assistirmos. Minho fez chocolate quente para nós e algumas panquecas, colocamos cobertura e apagamos às luzes.
Já tô terceiro episódio, Han e eu comentávamos sobre algumas cenas enquanto Lino e o mais novo permaneciam em silêncio.
— Hyun... — Jisung sussurrou.
— Sim? Precisa de algo?
— Você está escutando isso?
Hyunjin se levantou e andou até a escrivaninha, pegou o telefone que estava ali e ligou.
HYUNJIN
point of view— Tia, a mamãe está aí?
— Claro, meu amor. Vou colocar no viva-voz, aconteceu alguma coisa?
— Hyun, está tudo bem? Você está bem? Aconteceu algo? — Minha mãe questionou, aflita e atropelando as palavras.
— Tem alguém gritando e batendo na porta de casa, acho que é o papai... — sussurrei, para evitar que Chan e Minho ouvissem. Não queria que mais alguém soubesse.
— Não abra. — Ela gritou. — Ele deve estar bêbado, filho, não abra. Verifique se as portas e janelas estão trancadas e permaneça no quarto.
— Mamãe, e se ele conseguir entrar?
— Ele não vai. As portas estão trancadas?
— Eu vou lá embaixo olhar. — Chan se levantou.
— Eu também vou, fiquem aqui. — Minho e ele foram até o andar de baixo, voltando logo depois. — Tudo trancado.
— Liguem para a polícia caso ele continue aí, não abram a porta, meninos. — Minha mãe suplicou.
— Tudo bem, mamãe.
— Qualquer coisa me liga, ok? Volto correndo.
Me despedi da minha mãe e encarei ambos ali. Merda.
— Seu pai... — Chan começou.
— É aquele homem bêbado lá fora? — Minho terminou e eu senti meu estômago revirar.
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daddy issues - chanjin
RandomBang Chan sempre teve certa curiosidade para saber o porquê do rapaz de sua classe faltar tanto a aula. Quando descobriu, percebeu que era tarde demais para decidir voltar atrás.