09.

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BANG CHAN
point of view.

— Como esses garotos podem morar tão longe?

— Pois é, minhas pernas já estão doendo e eu estou quase congelando. — Ajeitei a alça da mochila em meus ombros.

— Bem, o endereço que a tia Nayeon passou indica aquela casa vermelha ali.

— Devemos bater? Tocar a campainha?

— Campainha. — Assim Lino o fez.

Arregalei os olhos quando vi a figura que abriu a porta. O que Hyunjin está fazendo ali?

— Hm. — sorriu desajeitado. — Vocês vieram mesmo.

— Sim... — Lee sorriu. — Você é o?

— Bem, só um instante. Entrem, está muito frio lá fora. — Ele fechou a porta atrás de nós, tiramos nossos casacos - que estavam cobertos de neve - e os demos para serem pendurados no cabideiro da entrada. — Sou Hwang Hyunjin, filho da Nayeon. E esse é Jisung, filho da tia Suyeon.

— Não acredito. Você que é o filho da tia Nayeon?

— Eu mesmo. — sorrimos. — Bom, Jisung está resfriado, então isso explica ele estar com três cobertores, dois agasalhos e uma sopa quentinha.

— Oh, ele ainda não está melhor? — questionei, tomando a atenção do mais novo para mim.

— Está um pouco fraco ainda, mas melhorou um pouquinho.

— Ah, sim.

— Bom, nos estávamos lá em cima. — Apontou para depois das escadas. — Estávamos vendo séries, já arrumamos os colchões para nós quatro.

— Se quiserem, podem tomar banho e se juntar à mim e Hyunjin. Temos dois banheiros, um na primeira porta a esquerda do primeiro andar e outro na última porta a direita do segundo andar.

— Eu aceito. — Minho sorriu para Jisung. — Está congelando lá fora.

— Vou pegar duas toalhas para vocês. — Hyunjin se prontificou, subiu as escadas e voltou uns instantes depois.

Ele parecia bem à vontade na casa, como se fosse sua, ou como se ficasse mais tempo ali do que em sua própria casa.

[...]

Deitei-me ao lado de Hyunjin, que estava ao lado de Jisung. Ambos escolheram Vincenzo para assistirmos. Minho fez chocolate quente para nós e algumas panquecas, colocamos cobertura e apagamos às luzes.

Já tô terceiro episódio, Han e eu comentávamos sobre algumas cenas enquanto Lino e o mais novo permaneciam em silêncio.

— Hyun... — Jisung sussurrou.

— Sim? Precisa de algo?

— Você está escutando isso?

Hyunjin se levantou e andou até a escrivaninha, pegou o telefone que estava ali e ligou.

HYUNJIN
point of view

Tia, a mamãe está aí?

Claro, meu amor. Vou colocar no viva-voz, aconteceu alguma coisa?

Hyun, está tudo bem? Você está bem? Aconteceu algo? — Minha mãe questionou, aflita e atropelando as palavras.

Tem alguém gritando e batendo na porta de casa, acho que é o papai... — sussurrei, para evitar que Chan e Minho ouvissem. Não queria que mais alguém soubesse.

Não abra. Ela gritou. — Ele deve estar bêbado, filho, não abra. Verifique se as portas e janelas estão trancadas e permaneça no quarto.

Mamãe, e se ele conseguir entrar?

Ele não vai. As portas estão trancadas?

— Eu vou lá embaixo olhar. — Chan se levantou.

— Eu também vou, fiquem aqui. — Minho e ele foram até o andar de baixo, voltando logo depois. — Tudo trancado.

— Liguem para a polícia caso ele continue aí, não abram a porta, meninos. — Minha mãe suplicou.

— Tudo bem, mamãe.

— Qualquer coisa me liga, ok? Volto correndo.

Me despedi da minha mãe e encarei ambos ali. Merda.

— Seu pai... — Chan começou.

— É aquele homem bêbado lá fora? — Minho terminou e eu senti meu estômago revirar.

daddy issues - chanjinOnde histórias criam vida. Descubra agora