daddy issues - chanjin

11.

HYUNJIN
point of view

— Eu... — Jisung levantou do colchão em um pulo, me assustei e o puxei de volta.

— Você está doente, Hanji. Fique quieto.

— Estou com vontade de comer bolo. — Ele sorriu. — Pode fazer um para mim, Hyun?

— Jisung... — suspirei. — Eu já fiz a sopa para você.

— Por favor! Por favor! Estou pedindo.

Chan e Minho riram, droga.

— Podemos ajudar se você quiser, Hyun. — Lee disse, ainda rindo.

— E vocês sabem cozinhar? — Han perguntou, com um tom de receio em sua voz.

— Sim! Eu sei, sou ótimo em cozinhar. Já o Christopher... A última vez que ele tentou cozinhar, colocou fogo no pano de prato da minha mãe e ela quase nos matou. Inclusive seriam três velórios, porque o Lix inventou de ensiná-lo.

— Tudo bem, eu aceito por ele. — Hanji sorriu. — Eu quero um de chocolate, de preferência. Com muita cobertura.

— Para mim, isso é desejo de grávida. — Me levantei e andei até o andar de baixo, com os dois mais velhos atrás de mim.

Minho me ajudou a preparar a massa enquanto Christopher a colocava para assar.

— Não vamos precisar de muito para a cobertura. — eu disse, Chan assentiu e me entregou os ingredientes.

Bang misturou tudo na panela enquanto eu o instruía como deveria fazer.

Um tempo depois, o bolo já estava pronto e Lino quem colocou a cobertura e dividiu os pedaços.

— Alguém quer mais chocolate quente? — questionei, aproveitando as sobras, já que daria para aproveitá-las.

— Eu quero! — Hanji gritou do andar de cima e eu revirei os olhos.

— Como ele consegue escutar?

— O Jijico escuta tudo quando se trata de comida.

Chan e Minho riram, acabei sorrindo junto com os dois, foi meio automático e eu gostei da sensação.

— Quer ajuda com o chocolate quente, Hyun? — O australiano questionou.

Minho se despediu de nós e subiu as escadas equilibrando os quatro pratos em uma bandeja, disse que nos esperaria lá em cima com Jisung.

— Você pode pegar os copos para mim, por favor? — apontei. — Estão no armário de cima.

Dividimos o chocolate quente igualmente e subimos as escadas, nossa maratona agora seria de algum outro dorama. O clima não estava tão estranho quanto eu achei que ficaria - graças ao incrível show do meu pai - e a mamãe já não parecia mais tão preocupada. Garanti com 100% de certeza à ela que Jisung e eu estamos seguros com os dois mais velhos e isso a deixou aliviada.

Me aliviou um pouco também, meu pai provavelmente iria conseguir entrar e gritar com o Hannie e até mesmo tentar me bater. É difícil de lidar quando o vejo machucando quem eu amo, já comigo não me importo tanto.

A sensação da dor parece diminuir cada vez mais. E cada vez que ele me bate ou machuca a minha mãe, eu o amo menos.

Ainda considero-o como meu pai por simples consideração, já que ele realmente nunca foi um. Papai alguma vez na vida foi bom para a mamãe?

Em algum momento de suas vidas, ele a amou tanto que seu coração chegou a doer? Já quis tomar todas as dores dela e transformá-la em suas para não vê-la sofrer?

São tantas perguntas que rondam a minha mente e até agora todas permanecem sem respostas. Talvez seria melhor se eu não soubesse mesmo, assim eu não criaria uma falsa ilusão de que algum dia ele iria mudar e voltaria a ser quem era antes.