𝘚𝘱𝘳𝘪𝘯𝘨 𝘈𝘸𝘢𝘬𝘦𝘯𝘪𝘯𝘨 - 𝘚𝘩𝘪𝘷𝘭𝘪𝘯

Capítulo 28: Décision

Décision (s.f.): ato ou efeito de decidir; determinação; resolução tomada após julgamento, juízo ou sentença; fator determinante; qualquer espécie de resolução sobre algum assunto; deliberação; capacidade de resolver sem hesitação, com coragem e firmeza.

"É num momento de decisão que o seu destino muda para sempre." – Tony Robbins

Narrator's Point Of View

- Isso é culpa sua! – Krystian esbravejou no alto de sua irritação, impondo-se frente ao corpo encolhido da missy.

- Krystian, se acalma!

Sabina quase gritou, puxando o mesmo para trás, mas ele se soltou, empurrando Shivani contra a parede.

- Eu sabia que isso acontecer, eu sabia que você iria machucá-la!

Ele disse com o rosto vermelho e os cabelos emaranhados, no rosto, uma mistura de raiva e tristeza.

– Ela não está preparada pra lidar com isso, ela nunca esteve! Eu avisei! Eu falei pra ela que você faria mal e ela não me ouviu, ela quis encarar isso e olhe bem onde estamos! – Ele riu com escárnio. – Eu rasguei seus bilhetinhos de merda e se pudesse voltar no tempo, rasgaria todos de novo e ainda me certificaria de que ela nunca mais falasse com você... Você sabia, Shivani! Você sabia que isso ia acontecer! Você sabia e mesmo assim insistiu em fazer isso!

- Eu não sabia que isso ia acontecer, eu não tinha certeza!

- Mas sabia que era um risco! – Ele berrou, transtornado. – Eu te falei desde o início que ela era uma criança! Ela se apaixonou por você, ela colocou todas as expectativas em cima do relacionamento que vocês construíram e agora ela vai tomar outra porrada da vida. Uma porrada que poderia ser evitada!

- Como se eu não tivesse me apaixonado por ela também!

Shivani gritou com os olhos castanhos cheios de lágrimas e Krystian negou com a cabeça.

– Eu não queria isso, Krystian. Você sabe que eu não queria, você viu que eu quis evitar, mas aconteceu, aconteceu e eu não me arrependo porque eu me apaixonei por ela também. Eu achei que o tratamento ia fazer efeito, eu achei que tinha tempo, eu achei que podia! Ela não é a única tomando porrada, dói tanto em mim quanto nela.

- Então por que você não tenta a porra do transplante?

- Pra dar outra porrada nela? – Shivani perguntou de súbito, peitando o rapaz com seu corpo frágil e cansado. – Pra gente achar que eu tenho outra chance? Pra colocarmos todas as nossas certezas em cima de outro castelo de areia e vê-lo desmoronar novamente? Acabou pra mim, Krystian, tudo que resta é aceitar.

- Você está sendo egoísta com ela! Ela fez tudo por você e agora você vai tocar o foda-se pra cima dela!

- Ela precisa aceitar isso! Eu não vou me sacrificar em vão, não mesmo. Ela disse que eu não podia exigir mais nada dela e eu não vou, que ela aja como bem entender, mas eu não vou voltar atrás. A verdade está aí, a gente já sabe, resta aceitá-la e é isso que estou fazendo, vou viver o tempo que me resta.

- Vai viver sem ela. Você sabe que ela não vai conseguir te ver morrer sem poder fazer nada, você sabe disso.

- É por isso que eu vou pra Paris, vou ficar com a minha família.

Shivani disse com os ombros baixos e Krystian arregalou os olhos, inflando o peito de raiva bem como uma leoa o faz quando machucam sua cria.

- Covarde!

Ele gritou tão alto ao ponto de fazê-la se encolher, batendo nas costas do sofá ao recuar os passos.

- Eu não acredito que você vai fazer isso! Além de recusar o tratamento, também tem a cara de pau de ir embora? Você vai embora mesmo depois de tudo? Você não tem o direito de ser filha da puta assim!