Capítulo 31: Clé

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Chave (s.f.): Utensílio de metal que se introduz na fechadura à qual pertence para movimentar a lingueta, e que possibilita abrir ou cerrar portas, tampas, cadeados etc; meio de acesso; aquilo que possibilita o acesso à compreensão, à elucidação de alguma coisa; elemento essencial para o equilíbrio, a firmeza, a eficiência de um sistema, uma organização, uma teoria; simbolicamente, a chave representa a mudança, uma vez que permite encontrar o outro lado.

"Geralmente, é sempre a última chave do chaveiro que abre a porta." - Paulo Coelho.

Narrator's Point Of View

Levando em conta que Shivani não havia aceitado nem seu pedido de namoro, Joalin nunca imaginaria que ela aceitaria se casar, ainda mais dentro das atuais circunstâncias.

Apesar de estar extremamente feliz e satisfeita por finalmente ter conseguido conquistar a sua missy ao ponto de se comprometer num enlace matrimonial, a garota não parava de perguntar quais os impactos que sucederiam tal evento.

Quanto tempo de vida Shivani tinha?

Seu quadro de saúde tem chances de reversão?

Ela cederia ao transplante após o sim?

Quanto mais pensava, menos conclusões tirava.

Shivani sempre se mostrou completamente adversa a ideia de entregar-se à alguém novamente de uma forma tão crua como o casamento propunha, mas lá estava ela novamente, dando-se à garota em toda a sua sinceridade e sentimento; porém, a brasileira temia que sua felicidade tivesse um curto prazo de validade, pois, até quando Shivani resistiria?

Era como o famoso ditado que diz que Deus não dá assas às cobras: quando os dias lhe eram azuis, Shivani era cinza mas quando os dias se revelaram cinza, a missy havia se tornado azul.

Quando Shivani finalmente cede e se entrega ao sentimento, tudo lhe indica que é tarde demais, porém nenhuma fibra sequer em seu corpo a permite desistir, pois é assim que Joalin é, seus sentimentos sempre acabam por controlar suas ações e seu coração era todo Shivani.

Se for comparar, muita coisa havia mudado desde o dia em que Joalin avistara a missy pela primeira vez, sentada num dos bancos do Doucement com um exemplar de 300 Dias de Inverno na mão enquanto conversava animadamente com Any, há longos meses atrás.

Os olhos castanhos continuavam os mesmos, mas Shivani, havia se transformado bem como as estações ao longo do ano, e a garota havia feito verão no inverno da missy.

Apesar dos pesares, era inevitável o sorriso no rosto de Joalin ao pensar e se dar conta do quão longe ela havia ido com Shivani, e agora mal podia acreditar que estava a caminho de colocar uma aliança em seu dedo.

Não havia se passado nem vinte e quatro horas do pedido, mas não era como se elas tivessem o deixado de lado por um segundo sequer.

A noite foi passada praticamente em claro, e pela primeira vez, não se amaram até se exaurirem e caírem de sono uma nos braços da outra, mas passaram a noite entre carinhos, planos e preparativos e foi como se elas fossem como qualquer casal com uma vida inteira pela frente, sem nenhum problema para enfrentar além da aprovação dos entes queridos que, convenhamos, elas já tem.

Resolveram então que, comprariam as alianças e depois jantariam com a família da missy, para que anunciassem seus novos planos.

Shivani havia insistido irritantemente para que comprassem os anéis na mesma joalheria em que seu pai providenciou as alianças de seu casamento, e Joalin não teve nenhuma voz ativa nessa decisão já que aquilo parecia ser extremamente importante para a missy e sem muito significado para a Joalin.

𝘚𝘱𝘳𝘪𝘯𝘨 𝘈𝘸𝘢𝘬𝘦𝘯𝘪𝘯𝘨 - 𝘚𝘩𝘪𝘷𝘭𝘪𝘯 Onde histórias criam vida. Descubra agora