✔| 𝓘𝐍𝐒𝐈𝐃𝐄 𝐎𝐔𝐓 ‹𝟹 sally face

love INSIDE OUT.

— É, acho que sou. — Ele disse dando de ombros enquanto tombava a cabeça para o lado se aproximando de nós. Candy empurrou o corpo para frente para ficar mais perto do rapaz de cabelos azuis. — E ai, carinha? — Sal baixou a cabeça para cumprimentar o menor.

Nesse momento eu sorri involuntariamente, bom saber que o pequeno Candy não se assustou com a prótese.

— Você conhece o tio Larry? — Ele perguntou com um pouco de inocência. Logo, Sally e eu nos encaramos ao mesmo tempo. — Ele também me chama assim. — Nem dei tempo para que Sal o respondesse.

— Christopher, este é Sally. — Falei apontando para o dito cujo na minha frente, o mesmo acenou, o pequeno devolveu com um sorriso de orelha a orelha. — E Chris, este é Sal, seu pai. — Quando terminei de dizer tais palavras, Candy desfez o sorriso por conta do choque e abriu a boca em perfeito ''o''.

Candy ainda estava quieto em meus braços, não estranhei, era plausível a sua surpresa, era muita informação para a sua cabecinha de cinco anos. O coloquei no chão, me levantei para encarar Sa. Já tínhamos em mente que iríamos nos abraçar, mas o mesmo se afasta involuntariamente e quando damos conta, o pequeno Candy estava abraçado em suas pernas. Jane, que estava sentada no sofá observando tudo, suspirou como se estivesse apaixonada.

— Oi. — Falei baixo apenas para ele ouvir. O mesmo pegou Candy no colo e o garoto abraçou seu pescoço rapidamente. — Que surpresa te ver por aqui, pensei que nunca seria solto.

— É, pensei que fosse apodrecer lá. — Estávamos evitando sinônimos de prisão para não deixar Chris desconfortável. — Mas Ash deixou meus dias contados por lá. — Arqueei a sobrancelha de forma duvidosa e ele virou a cabeça tentando procurar alguma resposta.

— Ashley? Como ela fez isso? Pensei que não houvesse provas o suficiente para... — Me policiei ao olhar para Candy. — Você sabe, ser solto.

— Primeiro ela desmentiu tudo o que falou. — Assenti com a cabeça para que ele logo continuasse. — Depois, junto com outros colegas, trouxe mais provas para me tirar de vez de lá. Conseguiram provar que não fui o autor daquele acontecido, mas eles tinham um plano dois, pagariam fiança caso não desse nada certo.

— Então você é ator? Está contando o final daquele filme, lá? — Candy perguntou olhando para Sally com brilho nos olhos, não deu tempo do outro responder. — Uau! Minha mãe é cantora e meu pai é ator... Acho que agora vou ter menos atenção. — Ele completou mudando o timbre de sua voz para um mais calmo.

— Não é bem isso... — Sal respondeu encostando a cabeça no ombro como se estivesse com dúvida. — É uma longa história.

— Você tem um pai contador de histórias. — Coloquei a mão no quadril e o tombei para o lado. — Sorte a sua. — O pequeno Candy sorriu com a língua entre os dentes.

— Prometo não contar histórias que vivi lá no apartamento. — Sal disse em tom de ironia e eu dei um tapa leve em seu ombro.

— Nem ouse, Sally Fisher. — Assim que falei isso, ele colocou Candy no chão que correu para o sofá, ficar junto de Jane, Sal e eu o acompanhamos com o olhar. — Bom ter você de volta. — Sorri de canto.

— É bom estar de volta. — Respondeu de forma repetitiva propositalmente.

Tantas coisas se passavam por minha cabeça que eu não fazia ideia por onde começar. Um abraço, talvez? Qual é, S/n, seja rápida, ele está na sua frente, lhe encarando como se quisesse algo.

— Então, uh... — Prolonguei as falas na esperança de que ele falasse alguma coisa para não ficar um clima mais tenso do que já estava. — Parece que Candy e eu teremos um novo inquilino.