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Alina's pov

Após dois dias da partida de Feyre, apareceram em nossa porta, dois grandes homens, alegando que os navios de meu pai havia sido encontrado.

Pude reparar em suas orelhas, que apesar da tentativa falha de escondê-las havia uma pequena parte pontuda a mostra, eram feericos, assim como aquele que havia levado Feyre.

Eu me lembro de voltar para o chalé naquela noite, e encontrar meu pai e Elain, que alegavam não se lembrar de nada, acreditavam que Feyre havia ido visitar nossa tia, a mesma que havia ignorado todas nossas cartas após cairmos em falência, não dirigi palavra alguma a Nestha, que provavelmente acreditava na mesma merda que os outros dois.

Não éramos mais pobres, agora que os navios foram encontrados, havíamos nos mudado para uma mansão, meu quarto era ao lado da biblioteca.

Bem, posso dizer que ao deitar na grande cama de meu novo quarto, olhando para o céu estrelado, eu havia me sentindo tão sozinha como nunca.

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Dois meses após a partida de Feyre.
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Alina's pov

Ando rapidamente entre as árvores e arbustos espinhentos que a floresta havia, carregava comigo, meu arco, e em minha mochila havia um mapa, um cantil com água, e uma pequena quantidade de comida.

Havia uma semana que eu tinha entrado na floresta em procura da muralha de Prythian, e não havia obtido sucesso. Não era a minha primeira busca não sucessiva a encontrar a muralha, eu havia procurado em todos os lugares possíveis algum tipo de informação, mas não havia encontrado nada.

Segui os rastros deixado por Feyre e a criatura feeríca por dias mas em algum ponto eles sumiram  como se nunca tivessem existido.

Era difícil explicar minhas buscas falhas, sendo que para eles, Feyre havia ido visitar nossa tia. A este ponto, consigo ver a árvore que eu havia marcado, eu já estava perto da aldeia, e desta vez havia se passado uma semana que eu sumirá.

Entro na aldeia, andando em direção a minha nova casa, sinto uma leve ardência em meu braço percebendo que havia cortado em algum galho, abro minha mochila pegando o cantil, o levando a minha boca e logo após jogando um pouco de água no corte, fazendo minha pele arder um pouquinho. Guardo o cantil e continuo minha rápida caminhada.

Após andar uma grande quantidade de casas, eu avisto os grandes portões que se encontravam abertos, passo por eles, andando em direção a casa, observo os jardins extremamente bem cuidados, provavelmente por Elain.

Abro a grande porta, e entro, avistando Nestha me olhando severamente, passo diretamente por ela em direção a cozinha, avistando os criados preparando algum tipo de refeição, pego uma maçã, saindo da cozinha, e indo de encontro ao meu quarto.

Eu estava exausta, abro a porta de meu quarto jogando a mochila e o arco no chão, dando uma mordida em minha maçã, enquanto tirava minhas botas de maneira desajeitada. Coloco minha maçã em cima da mesa, caminhando em direção ao banheiro, começando a encher a banheira.

Termino minha maçã enquanto a banheira enche, e entro no banheiro fechando a porta e me despindo, logo assim entrando na banheira, fecho meus olhos ao me deitar, me permitindo relaxar na água morna, antes de pegar o sabonete de lírios.

Não sei por quanto tempo eu havia ficado na banheira, mas me levanto, saindo da banheira, puxo a toalha e me enrolo na mesma. Me secando, logo saindo do banheiro e vestido um um par de calças folgadas, e uma blusa com manga comprida.

Caminho até a cama e deito na mesma, me enrolando dentro das cobertas. Já estava escurecendo, fico observando o céu até que a noite caia, eu me sentia tão vazia, após dois meses, era cansativo, eu já não tinha mais esperanças de pro eu iria encontrar a muralha, ou até mesmo de que Feyre estaria viva.

Meus olhos pesam em meio ao céu, me afasto de meus pensamentos deixando o sono me levar em meio a escuridão da noite.

Eu estava cansada.

Acordo com batidas em minha porta. Vejo Nestha entrar em meu quarto com uma bandeja em suas mãos, olho para minha janela e já era por do sol,  há quanto tempo eu havia dormido?

-  Está dormindo a mais de 2 dias, e a única coisa que a vi comer quando chegou foi uma maçã  - diz Nestha parecendo preocupada, me deixando confusa.

Eu a encaro.

- Não precisa gostar de mim Alina. Só coma - Ela continua.

- Pode estar envenenado - Pontuo apenas para irritá-la.

Ela me olha brava, deixa a bandeja na mesa e sai do quarto com raiva.

Me levanto, e caminho para a mesa, olho a bandeja vendo um pedaço de pão e um prato de sopa. Nestha havia prestado atenção em mim o suficiente para reparar que eu só havia comido uma maçã.

Sento e começo a comer a sopa. Estava faminta, e aparentemente dormi por dois dias, pelos deuses como eu havia dormido.

Como o último pedaço do pão e levo uma colher de sopa a boca. A sopa estava boa. Me levanto pegando a bandeja e indo em direção a cozinha, aproveitando para buscar um copo d'água pois estava com sede.

Observo os corredores cheios de pinturas caras que meu pai havia comprado. Ao passar pela sala vejo Elain e Nestha com vestidos novos, deviam estar a caminho de algum baile.

- Irão sair ? - pergunto

- Sim, se quiser pode vir com a gente Alina, não nos importaríamos de esperar um pouco - Elain diz animada.

- Eu adoraria que você fosse - Elain continua.

- Ainda estou cansada, talvez outro dia - Minto tentando ser educada.

- Tudo bem, outro dia então - Elain diz com suas sombrancelhas caídas indicando tristeza.

- Se divirtam - falo ao vê-las sairem pela porta.

Caminho para a biblioteca. Talvez seja hora de parar de procurar por Feyre, haviam se passado 2 meses, e eu não conseguirá nem uma pista, era como
um labirinto sem saída.

Elain e Nestha não me pareciam tão ruins mais, talvez em um futuro eu pudesse considerá-las minhas irmãs, Feyre gostaria que isso acontecesse. Quando Feyre partiu, era como se parte de mim houvesse morrido naquela noite.

Talvez tenha sido necessário que esta parte de mim houvesse morrido, penso pegando o livro de capa azul e o abrindo, pois se não, eu não teria me tornado quem sou hoje, pego a adaga dentro do livro. E procuro pela caixa vermelha, logo a achando e pegando meu traje.

Após vesti-lo  jogo um manto preto por minhas costas, ajusto a adaga em minha perna, e saio da casa pela janela da biblioteca.

Já era noite então seria muito mais fácil não ser vista. Ando pela propriedade até chegar no portão, o abrindo minimamente e saindo, logo então entrando em uma das ruas, onde me levaria até a taverna.

Caminho de forma rápida, mantendo certeza que eu não possa ser vista por ninguém, avisto a entrada da taverna e adentro a mesma.

Há uma variedade de homens cujo álcool já estava surtindo efeito, e cortesãs, ando por estes, enquanto procuro a porta vinho, que me levaria a sala escondida, onde eu encontraria os outros.









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Court of Shadows and FuryOnde histórias criam vida. Descubra agora