Capítulo 3

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Arthur

Estou muito confuso e nervoso com a presença da Carla, mas imediatamente obedeço todas as ordens que ela me dá, com dificuldade retiro a cueca, ela pega um secador e seca meus cabelos. Estou ainda tremendo de frio mesmo depois de seco, a companhia toca e é o serviço de quarto trazendo a sopa que ela pediu, mesmo sem vontade nenhuma eu tomo a sopa, depois da ordem que ela me deu nem me atrevi a dizer que eu não queria... que poder é esse que essa mulher exerce sobre mim?

- Arthur, é melhor você se deitar um pouco e se enrolar no cobertor... eu vou tomar um banho também que acabei me molhando quando te ajudei no banheiro... deita e se cobre...

- Tá bom... mas eu acho que já dá pra chamar um taxi pra me levar pra casa, não quero te dar esse trabalho todo...

- Que taxi o que garoto, você tá espirrando, tossindo, tremendo, provavelmente vai ter febre, vai pra casa pra ficar como? Deita e aí que já volto...

Arthur

Mais uma vez não consegui dizer não e deitei na cama me cobrindo com uma coberta bem grossa, mesmo assim continuei tremendo de frio, meus pés estão congelando... acho que estou tendo febre e começo a ter uns delírios, pois estou vendo Carla nua na minha frente dançando dança do ventre... eu só posso estar vendo coisas, ela não está dançando... eu devo estar delirando... ela subiu na cama e está jogando esses lenços na minha cara... meu Deus que mulher sexy, não é possível que depois de tanto tempo ela mexa tanto assim comigo... já não sei se estou delirando ou se isso está realmente acontecendo, ela se joga em cima de mim e me agarra com um beijo tórrido...

- Arthur, Arthur... meu Deus, você está com muita febre... está delirando...

- O lenço... me dá o lenço...

- Que lenço garoto...

- Dança mais... dança mais...

- O quê? Que dança? Você não está falando coisa com coisa... está realmente delirando... vou ligar e pedir um termômetro e um analgésico – nesse momento ele me puxa e  me beija... fico em êxtase.

- Eu quero mais Carla, fica aqui... dança mais... o lenço... o lenço...

Carla

Consigo me desvencilhar dele e ligo para a recepção, falo com o gerente e peço que me tragam termômetro e analgésico o mais rápido possível, em poucos minutos o próprio gerente leva e pergunta se não é melhor chamar um médico, digo que por enquanto não e que caso não passe a febre com o remédio eu peço a presença de um médico, enquanto isso meu telefone começa a tocar insistentemente e a chuva não para de cair. Dou o analgésico para Arthur e aqueço os pés dele com o secador de cabelo... aos poucos ele vai acalmando até que para de tremer e de delirar. Apesar de saber que ele estava completamente inconsciente, não consigo parar de pensar no beijo... no gosto dele... percebo que ele dorme profundamente, coloco a mão em sua testa e vejo que ele está suando muito o que significa que a febre está baixando. Fico olhando para ele, tem coisas que não mudam, ele ainda dorme de boca aberta, meu celular toca novamente, vejo que é minha mãe e atendo...

- Oi mãe...

- Oi filha, até que enfim você atendeu, liguei pra o Vinicius e ele me disse que você já saiu faz tempo de lá, essa chuva toda, muitos carros parados alagados, você está onde?

- Fica tranquila mãe, estou segura, estou em um hotel, vi que não daria para seguir a diante e entrei no hotel...

- Ai que alívio filha... que bom, olha o Raul está ligando direto atrás de você...

- Mãe se ele ligar de novo manda ele catar coquinho tá!

- Eita, modo Diaz com Z está a todo vapor, quem será esse Raul?

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