1. FIRST

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    Não posso dizer que minha vida foi difícil,

  Aos 7 anos fui para um colégio interno. lá aprendi de tudo um pouco. A costurar, borda, cozinhar, limpar e coisas mais importantes como administrar. Também aprendi primeiro socorros, tocar instrumentos como piano e violino. Aprendi idiomas. Francês, italiano, russo e alemão. Aprendi montaria e a dirigir (o último escondido)

O colégio era extremamente religioso, mas não posso dizer que sou uma mulher religiosa. Mulher ainda não acredito que posso me considerar uma, aos recentes completos vinte anos a única coisa que quero é voltar ao colégio e me esconder em baixo da minha cama como fazia sempre que estava com medo.

O céu de Londres estava nublado. O que não era nenhuma novidade nessa cidade melancólica. Oliver, meu irmão. Se mantém em silêncio enquanto dirigi pela estrada que levava a saída dos terrenos do colégio. Isso me deixa nervosa. Quero falar, conversar e pergunta como ele está depois de tanto tempo sem nós vermos, quero dizer que senti sua falta e pergunta se sentiu a minha. Mas não tenho coragem pois sei que nesse momento somos dois estranhos. Foram tantos anos sem nos vermos, a última lembrança que tenho dele de dez anos atrás, de sua última visita ao colégio. Depois daí ele não foi mais me visitar.

Me pergunto o motivo, será que eu o irritei? Provavelmente sim. Tenho um talento nato pra irritar pessoas, apesar de ser bastante timida, me apego com facilidade e com o apego vem a intimidade aí as coisas desandam. Gosto de falar, conversar, fazer perguntas estranhas a qual nem eu sei a resposta e...


- Esta calada... - sou tirada bruscamente de meu pensamentos torturantes com a voz de Oliver. Está mais grossa, adulta. Adulto, Oliver é adulto. Não é mais o garoto três anos mais velho que eu, ele é um homem três anos mais velho que eu,


- Não quer conversar? - sua voz e cautelosa quase nervosa - Olha, eu sei que faz tempo e....

- Por que não foi mais me visitar? - as palavras saem rápidas e torço para que ele tenha entendido não sei se tenho coragem para repetir, mas também não sei se quero a resposta. E se eu realmente o irritei e hoje ele me odeia e só foi me buscar no colégio por que foi obrigado, e...


- Não pude, pensei que soubesse - não, eu não sabia


- porque não pode? - questionou confusa.


- Fui estudar na Suécia, mamãe não lhe disse? - não, ela não me disse.


- Quando?


- Uns meses depois da minha última visita a você, porque mamãe não lhe contou? - boa pergunta, por que ela não me contou?
Será que eu a irritei também?


- Eu não sei - minha voz Sai fraca. Então todo esse tempo em que me torturei pensado que havia sido abandonada por meu irmão foi em vão?  - Talvez ela tenha esquecido...


- Ninguém esquece uma coisa dessas! - sua fala sai um pouco exaltada, mas parece se arrepender ao ver que me assustou um pouco. - Me desculpe, eu só não entendo o por que dela não lhe contar, mas isso não importa agora. Vamos, me fale de você, afinal já se fazem dez anos.



E eu falei, lhe contei cada momento da minha vida até agora, e ele me contou os momentos mais importantes da sua. E eu me senti novamente sua irmã


....

    Conversamos tanto que perdi a noção do tempo



- Havia me esquecido o quão longe o colégio ficava de casa - afinal, foram 13  anos longe de de casa


THOMAS SHELBYOnde histórias criam vida. Descubra agora