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Yoongi 

Jeongin estava se escondendo em seu quarto desde que Jungkook trouxera Taehyung para casa. Sua iniciação era daqui a três dias e eu queria ter certeza de que seu estado mental atual não o levaria a uma decisão da qual ele se arrependesse. 

Eu bati em sua porta e não recebi uma resposta. Eu sabia que Jeongin estava lá dentro e só podia supor que ele estava com seus fones de ouvido como tantas vezes. Eu abri a porta e encontrei-o deitado em sua cama, ouvindo música e olhando para o teto. Quando ele me viu, franziu a testa e sentou-se, tirando os fones de ouvido. 

— Já ouviu falar em privacidade? 

Olhei a bagunça no chão, roupas amassadas, louça suja, garrafas meio vazias de Coca - Cola com pontas de cigarro dentro delas. 

— Não fumar em casa. Você conhece as regras. 

Jeongin revirou os olhos e me deu o dedo. Eu avancei sobre ele e agarrei seu braço, levantando-o. 

— Jungkook e eu damos muita liberdade, Jeongin. Mas não se esqueça de quem coloca comida na mesa, quem paga por tudo isso, quem garante que você esteja seguro. Mostre algum respeito ou terei que ensiná-lo a você. — Jungkook e eu não gostamos de punir Jaehyung ou Jeongin com violência, mas Jeongin  estava testando nossa paciência. 

Jeongin projetou o queixo. 

— Você vai experimentar alguns novos métodos de tortura comigo? 

— Eu não preciso testar novos métodos. Tenho usado o mesmo por muitos anos e são muito eficazes. 

Jeongin nunca tinha sido submetido à tortura de nosso pai, apenas Jaehyung, Jungkook e eu. Foi uma coisa boa, mas também o tornou mais fraco e um alvo mais fácil. No entanto, nem Jungkook nem eu aumentaríamos sua tolerância à dor torturando-o. 

Jeongin fez uma careta. 

— Você os usou em Taehyung? 

— Não. 

— Você vai usar? 

— Não.

Como eu dissera a Jungkook, Taehyung era um ômega inocente e não merecia a escolha que ele lhe dera, ou ser vítima de meus talentos muito particulares. 

— Você pode dizer mais do que não? — Ele resmungou, tentando libertar-se do meu domínio. Eu não o libertei, apertando mais forte. 

— Eu posso, e gostaria, se suas perguntas exigissem mais que um simples 'não' como resposta. 

— Me sinto mal por ele. Taehyung é apenas um ômega. Por que Jungkook  quer machucá-lo? — A insolência sumiu de sua voz e ele soava como o garotinho para quem eu lia Harry Potter. 

Eu deixei cair a minha mão e ele esfregou o local, evitando meus olhos.

Eu disse:

 — Eu não tenho certeza se Jungkook quer machucá-lo. — Eu não acho que Jungkook sabia exatamente o que ele queria com Taehyung.

Jeongin bufou. 

— Okay, certo. Quando Jungkook já não quis machucar alguém? 

— Ele não quer machucá-lo, Jeongin. Você sabe disso. 

— Sim... 

— Sua iniciação é um dia importante. Isto é mais do que lealdade à causa, à Camorra. Isso é lealdade para com a nossa família, com Jungkook. 

— Você vai transformar isso em uma viagem de culpa para que eu faça o juramento e comece a matar em nome da Camorra? 

— Culpa é uma noção irrelevante para mim, você sabe disso. 

O Ômega De Vermelho [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora