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Jungkook

Eu não confiei na porra dos meus olhos.

Eu ainda estava muito confuso por causa da tontura e do maldito medicamento que Yoongi me deu quando Taehyung os mostrou para mim. Especialmente Eun Bin me deu um grande flashback porque ela parecia o bebê Jeongin. Na verdade, considerei que estava tendo alucinações. Mas mesmo minha mente distorcida não vem com esse tipo de merda.

Eu nunca quis filhos, nunca vi uma razão para tê-los. Eu sabia que Yoongi teria descendentes com Jimin em algum momento, então um de seus filhos poderia ter se tornado o Capo após a minha morte.

Mas a partir do momento em que Taehyung me contou sobre os gêmeos, não consegui parar de pensar neles, e quando os vi… porra, isso me confundiu completamente. Eu estava pronto para incendiar o mundo, até Vegas, por aqueles dois. Muitas pessoas pensam que eu não tenho um coração, e fui uma delas por muito tempo, mas Taehyung e os gêmeos provaram que eu estava errado.

Desde que eu os vi pela primeira vez, Eun Bin me lembrava cada vez mais de mim mesmo, abençoando e amaldiçoando ao mesmo tempo. E Jihoon, meu pequeno Jihoon é frágil de um jeito que eu constumava desprezar, porque não sabia que havia diferentes tipos de força. Ele me ensinou isso, porque mostra uma coragem e uma lealdade impossíveis no que diz respeito a Eun Bin. Jihoon passaria pelo fogo por ela, uma característica que um dia pode colocá-lo em apuros.

***

Jimin

Eu estava tentando não ser intrometido, mas estava explodindo de curiosidade sobre como tinha sido o primeiro encontro de Jungkook com seus filhos. Eu estava ansioso para vê-lo também então, peguei um prato com um sanduíche e fui até seu quarto na hora do almoço. 

Depois de bater, entrei sem esperar por uma resposta. Jungkook estava sentado na beira da cama tentando se levantar, a transpiração brilhando em sua testa e sua expressão tensa. Corri até a cabeceira dele e abaixei o prato. 

— O que você está fazendo? Você deveria descansar, — eu disse, tentando empurrar Jungkook de volta. Mesmo ferido, ele era muito forte. 

— Eu não vou ficar na cama. 

— Você está sendo irracional, isso que você é, — eu repreendi. — Agora, deite-se ou vou buscar Yoongi. Talvez ele te amarre na cama ou te mate com analgésicos.

A boca de Jungkook se torceu. 

— Você está preocupado comigo? 

— Jungkook. Deite-se, por favor. 

— Só porque você disse, por favor, — ele falou, e lentamente deitou-se, com as pernas ainda meio fora da cama. 

— Você precisa de ajuda? 

— Não, — ele disse com firmeza, em seguida, lentamente arrastou-se ainda mais em sua cama, apesar da dor óbvia que ele estava sentindo. — Feliz? 

— Sim, — eu disse suavemente. — Muito. — Eu segurei seu olhar, sem dizer mais nada, porque realmente, não precisava. Jungkook era perceptivo. 

Engolindo, eu peguei o prato e entreguei a ele. 

— Eu coloquei Pastrami porque é o seu favorito no sanduíche. 

— Você deve ter ficado muito preocupado já que colocou carne no meu sanduíche, — comentou e, em seguida, deu uma mordida e balançou a cabeça em apreço. — Yoongi teria ficado bem sem mim, eventualmente, sabe? Ele tem você. Ele não teria quebrado.

Eu balancei a cabeça e afundei na beira da cama. 

— Essa não é a única razão pela qual eu estava preocupado. Como eu disse, somos uma família e sentiria sua falta. 

O Ômega De Vermelho [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora