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Jimin 

Isso não estava acontecendo. 

Não poderia estar. 

Suguei o ar, mas não atingiu meus pulmões. Eu peguei a crescente poça de sangue no chão, pingando das veias dos alfas que se tornaram minha família. Todos eles entregando sua vida para que eu e Yuno pudéssemos viver, mas eu não podia deixá-los, não podia permitir isso. 

Jungkook tinha Taehyung e os gêmeos que precisavam do pai alfa e marido, e Jaehyung era jovem demais, ele precisava ter a chance de encontrar o que tínhamos - alguém para amar e que o amasse também. Eu não tiraria isso dele. 

A Sra. Jeon apontou para um dos capangas. 

— Me alcancem essa faca. 

— Nós queremos o resto do nosso dinheiro. Não somos seus soldados, lembre-se disso. 

A ômega apenas sorriu. 

— Há muito dinheiro no porta-luvas do carro. É seu. Agora me dê essa faca. 

Ela fechou o isqueiro, mas não demorou muito para abri-lo novamente. 

Jungkook riu sombriamente e enxugou o suor da testa, espalhando sangue por todo o rosto. 

— Ela enganou vocês. Ela não tem mais dinheiro. Ou ela te mostrou? 

Os alfas trocaram olhares. 

— Nenhuma outra palavra, — Naomi advertiu, levantando o isqueiro mais uma vez. — Eu tive tempo suficiente para esconder dinheiro antes de você chegar em Las Vegas. 

Uma sombra no canto do meu olho me chamou a atenção e, pelo breve lampejo de reconhecimento no rosto de Yoongi, ele também viu. 

Alguém estava atravessando o jardim da mansão vizinha que pertence a Namjoon. 

— Nós queremos o nosso dinheiro. Precisamos disso para ganhar o controle. Você disse que conseguiu esconder alguns milhões. 

— Ela é uma vadia mentirosa, — Jungkook rosnou. 

— Não me chame assim! — Naomi gritou.

A boca de Jungkook se curvou. 

— Eu te lembro o pai? — Ele sorriu. — Oh, eu lembro, não lembro? Ele acabou por não ser o príncipe que você esperava, certo? Valeu a pena matar a primeira noiva dele para se tornar a abelha rainha? 

Você... você... — ela engasgou, aproximando-se de Jungkook, ofegante. Ele estava zombando dela e puxando-a para longe de mim. 

E então tudo aconteceu rápido demais. 

Jeongin invadiu o interior pelas janelas francesas e correu para as costas da mãe, apertando o punho da mão que estava com o isqueiro e ao mesmo tempo enfiando uma faca no estômago dela. Seus olhos se arregalaram e os dois caíram no chão. 

Por um momento, o ruído sibilante em meus ouvidos foi o único som, então os gritos se tornaram uma cacofonia abençoada. 

Yoongi veio na minha direção. Um dos capangas entrou em seu caminho com uma arma levantada. Eu pulei e chutei sua canela ao mesmo tempo em que ele atirou. A bala atravessou o braço de Yoongi, mas depois ele atacou o alfa, quebrou sua perna com um chute no joelho antes de segurá-lo pela parte de trás da cabeça e empurrar o rosto para baixo. O alfa caiu ao seu lado, gorgolejando. Yoongi pegou a arma, sentindo o queixo do homem. 

— Eu quebrei sua mandíbula. Espero que você possa gritar de qualquer maneira. — Ele agarrou os dedos do alfa e os empurrou para trás, fazendo-o chorar roucamente. — Não são os melhores gritos que já ouvi, mas servirão. Mais tarde. — Ele se endireitou, passando por cima do homem. 

O Ômega De Vermelho [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora