O Ômega De Vermelho [CONCLUÍDA]

37🥀

Presente de aniversário!
<33

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Yoongi 

Estávamos sentados nos sofás, comendo pizza no jantar, quando notei o modo como Jeongin começou a se mexer. Sua expressão me fez supor que ele diria algo para provocar Jungkook novamente. 

Nas últimas semanas desde o Natal, Jungkook foi surpreendentemente contido, talvez como um favor a Jimin, mas estava fadado a acabar. Ele estava engarrafando tudo o que o incomodava, provavelmente a ausência de Taehyung. 

Jeongin finalmente se sentou e olhou para Jungkook. 

— Por que você não me diz onde nossa mãe está? 

Jimin endureceu ao meu lado, a mão dele com o pedaço de pizza pairando na frente de seus lábios entreabertos. Ele, como o resto de nós, virou-se para Jungkook. 

Sua expressão era preocupante, sua boca torcendo cruelmente, seus olhos brilhando com a raiva desenfreada que o consumira quase diariamente no passado.

Jaehyung acertou uma cotovelada em Jeongin. 

— Cale a boca. 

— Não, — disse Jeongin. — Eu quero saber. 

— Não importa onde ela está. Ela pode muito bem estar no inferno por tudo o que nos interessa, — Jungkook disse.

Jeongin escolheu ignorar o tom de aviso do meu irmão. Esse garoto testou nossa paciência durante toda a nossa vida, mas dessa vez ele realmente deveria saber quando parar. 

— Por que não podemos visitá-la? Eu tenho o direito de conhecê-la. Ela é minha mãe também. Eu quero conhecê-la. 

Jungkook se levantou, seu corpo tremendo. 

— Ela é a mulher que tentou te matar e a todos nós. É alguém que você quer conhecer? 

— Talvez ela tenha mudado. Talvez tenham curado o que havia de errado com ela? 

— A única coisa errada nela é que ela é uma vadia psicótica e assassina. Ela não merece ainda estar respirando, — Jungkook rosnou.

— Isso foi há muito tempo, — disse Jeongin em voz baixa. — Talvez ela tenha mudado. 

— Ela é uma vadia louca que quer nos ver mortos porque somos os filhos malditos do nosso pai. Para ela, somos o mal encarnado, Jeongin, quando você colocará isso na porra da sua cabeça? 

Jaehyung não disse nada, apenas encarando com um olhar sombrio seu telefone. 

Eu agarrei o antebraço de Jungkook e apertei com força. Quando ele olhou para mim, eu disse a ele: — Sente-se, Jungkook. 

Jimin estava observando tudo com olhos largos e preocupados. Jungkook me afastou e foi em direção ao saco de pancadas. 

Suspirando, eu me virei para o meu irmão mais novo. 

— Jeongin, ela não é a mãe que você está esperando. O que quer que você esteja esperando encontrar nela, não vai, confie em mim. — As palavras pareciam pesadas na minha língua. Falar sobre a nossa mãe nunca foi fácil para mim. Na maior parte do tempo, tentei esquecer que ela existiu, e só existia ainda por causa da fraqueza de Jungkook. 

Jungkook começou a chutar e socar o saco, golpes duros e furiosos que preenchiam cada momento de silêncio. 

— Ela também foi uma vítima, não é? — Disse Jeongin em voz baixa. — Ela teve que se casar com nosso pai e suportar sua crueldade.