Capítulo X - CAÇADOR, MODO CIUMENTO LIGADO

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Oi genteeeee...

eu disse que vinha mais um pouco do Luke e Lana essa semana.

Espero que gostem.


bjosss!!!


Capítulo X — CAÇADOR MODO CIUMENTO LIGADO.

Luke

Saímos do apartamento de Lana e vamos até a delegacia devolver a caminhonete de Charles, e pegar meu carro, Lana deixa sua moto ali. Eu tenho um SUV, então é bem espaçoso, mas puxo Lana o mais próximo possível de mim e mantenho minha mão em sua perna, fazendo carinho, hora em sentido de círculos, hora só descendo e subindo minha mão, e subindo, e subindo...

- Foco Luke, e abaixe essa mão...por favor — o por favor sai em tom baixo, quase um rosnado porque ela está com o maxilar travado e já respirando um pouco acelerado. Eu a olho e sorrio.

- O que eu estou fazendo amor? Só estou fazendo carinho. — digo na voz mais suave e inocente que eu consigo.

- Claro, claro. Inferno, olha o tanto de repórteres aqui. Eles não têm nenhuma CPI pra ir cobrir não heim? — ela diz já começando a "pegar ar".

- Vamos anjo nervoso. Vamos ver o que temos aqui.

Lana desce do carro, eu também e dou a volta pra ficar ao seu lado, estamos os dois em modus operandi de serviço. Lana está toda reta e travada e sua feição deixa bem claro o recado "não foda comigo". Estou ao seu lado em uma posição parecida, porém mais relaxado, como se nada no mundo me afetasse. Estamos caminhando para onde está o corpo, com nossos distintivos no peito, fora a camiseta preta e os óculos escuros, nossa marca registrada da PF, quando começa o meu inferno, só pode.

Lana

Luke me faz esquecer qualquer coisa, mas quando chegamos ao local do crime parece que um interruptor se liga em meu corpo, eu me reteso no mesmo instante, e coloco minha cara de mau. Luke está relaxado, sei que é só uma fachada, pois o conheço bem, mas pra quem olha de fora somos os epitomes do policial bom e do policial mau, nesse caso, ele é o bonzinho. Por onde passamos, todas as PM femininas param o que estão fazendo e olham até virar o pescoço pra ver Luke passar, mas que inferno.

- Lana? — olho em direção a voz e simultaneamente sinto o corpo de Luke em estado de alerta nas minhas costas.

- Vini? Quanto tempo, como você está?  - vou em direção a Vini e o abraço, na verdade Vicente, Vini é só seu apelido para mim, ninguém mais o chama assim. Ele é lindo, branquinho, alto, com olhos azuis e cabelos despenteados, a lá Bruno Gagliasso. Ok, ok, admito, já tivemos umas noites longas, mas Luke sempre esteve em mim, em meus pensamentos, então eu não consegui ir além disso com ele.

Me afasto de Vini e na mesma hora sinto a mão de Luke em minha cintura me puxando pra junto dele.

- Não me apresenta ao seu amigo? — Luke diz isso com a voz neutra, e como está de óculos escuros, o que diga-se de passagem é um pecado, porque puta merda Luke de óculos de sol aviador é um perigo a sociedade, principalmente a ala feminina, quem olha pra ele não consegue saber se ele está irritado ou não, porém vejo seu maxilar travado.

 - Claro. Luke esse é Vicente Campaña. Vini esse é Luke...

- O namorado — ele não me deixa nem terminar de falar. — E delegado federal também. — sinto em seu aperto de mãos com Vini e em seu tom de voz, a intenção de deixar bem claro que além de meu namorado, sua jurisdição e posição é maior que a de Vini, que é um soldado da polícia militar.

- Muito prazer Luke. Espere, Luke, eu conheço esse nome. Você é Luke Eyd, o caçador?

Luke só da um sorriso de canto, sem nenhum pingo de vontade de responder ao Vini, mas dou uma cotovelada nele, que me olha e bufa.

- Sim, sou eu mesmo.

- Cara eu sou seu fã.

- Ótimo, o ex peguete da minha mulher é meu fã, que legal. — ele disse isso com um aceno de cabeça a Vini e me afastando dali e me levando ao local do corpo.

- Cala a boca, e ele não é meu ex peguete. — falo travando meu maxilar pra que ninguém entenda o que conversamos.

- Claro anjo, e eu sou cego e não percebi a secada que ele te deu. — fala me dando um sorriso e o tom de voz irônico.

Chegamos o local onde o corpo está e os peritos já estão tirando fotos, e fazendo suas medições e marcações, apesar de não termos muitos recursos para os peritos criminais trabalharem direito nesse país, eles conseguem fazer um ótimo trabalho, e se não fossem eles muitos crimes estariam sem solução até hoje.

Luke e eu vestimos um par de luvas cada um, e começamos a conversar com os peritos e analisarmos o que eles nos mostram, até que eu vejo algo que me faz parar. Marcas de bala são bem "pessoais" digamos assim, cada calibre, cada forma de atirar, distancia, se arma está apoiada ou não muda a marca que a bala deixa no corpo, porém essa marca em específico, eu conheço muito bem, eu a vejo todos os dias nos treinos, é a marca de uma pistola ponto 40, essa arma é restrita ao policiamento do país, podemos chama-la de arma padrão da policia. É claro que eu sei que bandidos conseguem armas que são restritas até pra nós policiais e liberadas somente para as forças armadas, mas me chame de louca ou sensitiva, eu não sei, mas sabe quando você tem um flash, ou um calafrio, quando algo passa por sua cabeça, que o seu consciente quer te dizer, mas você não aceita, pois bem eu tenho esse flash, calafrio ou sei lá mais o que, nesse momento, eu não sei porque, mas veio a minha mente que alguém do sistema, ou seja, de dentro, do nosso meio, pode estar por trás disso.

Eu estou parada, olhando fixamente para o corpo, mais precisamente para a marca de bala no meio de seu peito, no ponto chave para se matar alguém. Quem fez sabia o que estava fazendo e conhece bem a arma que tem na mão, porque não foi um tiro a queima roupa e fez um estrago considerável, eu apostaria que...Olho pra trás no sentido de onde poderia ter vindo o tiro e volto o olhar para Luke, ele presta atenção a tudo o que eu estou fazendo, enquanto conversa com alguns policiais que estão ali, vou andando contando passos, depois de 4 passos normais paro e me viro para onde está o corpo e Luke já está parado de frente comigo e segurando uma trena.

Ele caminha até mim com um sorriso nos lábios e me entrega a trena e continua com sua mão na minha me segurando com o olhar, acho que todos se calaram ou foram embora, só pode, pois não escuto mais nada ao redor, é como se só houvesse nós dois.

- Anjo... — Luke sussurra quase como um gemido e acaricia minha mão — Para de me olhar assim se não eu te arrasto daqui e não vai ter merda de investigação nenhuma que vai me parar.

Ele se afasta de mim, se arrumando, e eu começo a sorrir, e percebo que ainda estamos na cena de um crime. Luke anota a distância que deu e volta ao meu lado olhando para o chão. Se abaixa ao meu lado, e começa a tirar fotos de marcas de pneus que eu não havia percebido. Quando ele acaba se ergue, mas bem lentamente e percorrendo minha perna com suas mãos. Quando se levanta totalmente, fica lado a lado comigo, mas enquanto eu estou de frente para o corpo, ele está de costas olhando pra rodovia.

- Shhhh, se controle Anjo, senão daqui a pouco vão perceber que você quer que eu te coma aqui mesmo.

- Huuum... — é mais forte do que eu, e um gemido meio estrangulado sai de minha garganta — Já acabamos aqui?

- Por quê? — ele se virando e ficando de frente pra mim agora, com um sorriso sem vergonha dançando no canto de sua boca.

- Porque eu quero sair daqui e eu quero que você me foda até estarmos esgotados, suados e sem fôlego.

- Por Deus mulher, você vai me fazer passar vergonha na frente de todo mundo. — ele diz isso tentando ajeitar seu volume todo que já está bem marcado contra a calça jeans. — Eu avisei. Vamos sair daqui.

A CAÇADAOnde histórias criam vida. Descubra agora