Aproximação

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Capítulo 2: O Encontro Inesperado

Quando o dia amanheceu, meu pensamento era só um: hoje farei uma leitura detalhada daquela moça. O dia passou rapidamente e, quando me dei conta, já eram 17:50. Apressei-me e corri para o banheiro. Fiz a barba e tomei um banho com um sabonete à base de óleos essenciais, daqueles que mexem com o subconsciente de qualquer pessoa.

Às 18:30, já estava arrumado. Passei meu perfume Montblanc e vesti uma roupa esporte fino, preparado para conquistar qualquer tiska que olhasse em minha direção. Mas meu foco era apenas um: a moça do ônibus.

No mesmo horário, sem atrasar um segundo, o ônibus chegou. Entrei nele e meu pensamento continuava o mesmo. A viagem parecia mais lenta que de costume. Hoje, por uma questão estratégica, sentei em um assento mais próximo ao que a moça costumava sentar, para poder observá-la melhor e puxar qualquer tipo de assunto ou chamar sua atenção.

Finalmente, o ponto que ela entrava no ônibus chegou. Mas algo diferente aconteceu. Ao entrar, ela sentou-se em seu assento, mas desta vez mexeu nos cabelos e olhou de lado, com um olhar que dizia "tem algo estranho aqui". Sem saber, ela já havia entrado em meu mundo. Ainda não sabia o que havia penetrado em seu subconsciente: se era meu perfume amadeirado com notas picantes, ou minha pele com cheiros aromáticos.

Em um momento oportuno, levantei-me, passei por ela e deixei minha carteira cair. Ela a pegou e me devolveu, dando-me um sorriso. "Moço, você deixou cair", disse ela. Estendi a mão para pegar a carteira e rapidamente agradeci.

Pude perceber que ela ficou pensativa, mas não disse nada. Chegando no ponto, desci e minha mente se dividia: uma parte dizia que eu conseguiria conquistá-la, outra dizia que jamais conseguiria. Mas, segundo minhas análises, sabia que tinha causado alguma impressão nela. Só não sabia se era positiva ou negativa.

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