𝐏𝐄𝐓𝐄𝐑 𝐌𝐀𝐗𝐈𝐌𝐎𝐅𝐅 - eletricidade

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Eu não fazia ideia do que estava acontecendo lá em baixo, já faz 30 minutos que meus pais descobriram que tenho gene X. Por um descuido meu, eles me viram apagando a luz do quarto sem relar no interruptor, tentei inventar algo, mas eles fazem parte das pessoas que não gostam de mutantes e os acham monstros ou aberrações.

-Arg! Como posso ser tão burra?- pensei.

-SN! - ouvi eles gritarem subindo as escadas.

Não consegui responder, eles adentraram em meu quarto já começando a falar.

- nossa, nunca imaginei isso, minha filhinha é uma aberração. - assim que escutei o que meu pai disse, meu coração se quebrou em pedaços.

- já tinha percebido antes que ela era estranha. - eu não tinha uma relação muito boa com minha mãe, mas também não era ruim. Assim que ela disse isso, minhas esperanças sumiram, e ela voltou a falar.

- você tem um dia.

- um dia para que? - eu perguntei já sem esperança.

- você tem um dia para arrumar suas coisas que amanhã logo quando o sol nascer, irei te levar para um orfanato para crianças estranhas. - ela disse isso sem nenhuma expressão, ela realmente não se importava.

- orfanato? Mas..

- sem mais nem menos Sn, apenas obedeça. - disse meu pai já saindo do quarto.

- você entendeu, o resto desse dia, apenas.

Eu não disse nada, fiquei na cama pensando, eu não consegui chorar, nenhuma lágrima escorria, eu pensava que eles me amavam, mas pelo visto estava enganada.

Eu não queria ir para um orfanato, mas também não queria ficar naquele lugar, eles não me amavam, não me queriam lá, não faria sentido ficar lá.

Acabei por pegar uma bolsa não muito grande, mas o suficiente para colocar algumas roupas e itens importantes lá, e assim, depois de pegar tudo, apenas sai pela porta da sacada, de lá de cima havia um balanço, usei ele de apoio, e desci.

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Eram 21:30 da noite, andei por 30 minutos, sem caminho exato para ir, passei por um mercado e com os poucos 23 dolares que me sobraram, comprei uma água e um biscoito e continuei andando pelas ruas de NY, sem rumo algum.
  Acabo passando ao lado de uma banca de jornal prestes a fechar, lá, consigo um jornal, achei que ele seria útil para provavelmente forrar o chão para dormir.

No meu caminho sem rumo, acabo por parar em um parque, vazio. Sento em um banco e começo a ler o tal jornal, nele havia algo sobre mutantes, x-man, magneto, Charles Xavier, e uma mansão para jovens supostamente super dotados, eu já tinha ouvido falar sobre a tal mansão uns dias atrás, até que me veio a ideia de seguir até lá, em busca de um lugar para ficar.

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Eu estava próxima ao local, mas estava escuro, acabei por roubar a luz de uma casa próxima, assim formando uma bola de energia luminosa em minha mão.

Com ela, continuo caminhando por cerca de 10 minutos, até chegar no local tão desejado.

Paro em frente a porta de entrada, pensando se era uma boa ideia, talvez eu deveria dar meia volta e voltar e me deixarem levar ao orfanato?
Dispenso esses pensamentos assim que escuto vozes dentro do local, uma mulher, e um homem.

-bato na porta-

Logo ela é aberta por um homem, em uma cadeira de rodas, eu já havia visto ele, ele era o tão falado professor Xavier, eu o vi na minha velha TV, e no jornal.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, Multifandom Onde histórias criam vida. Descubra agora