AFTER YOU

•6•

Assim que subimos a escadaria, Zed começou a procurar um quarto vazio, enquanto estava encostada de um jeito sexy na parede.

Eu estava tentando não demonstrar medo, e acho que consegui fazer isso com êxito.

-Achei! -Ele falou baixinho.

Eu sorri, segurando a sua mão.

Eu estava nervosa. Nunca tinha trepado com ninguém, e iria  perder a virgindade com um garoto que nem conhecia, excerto pelas fotos com várias meninas no Instagram.

Entramos no quarto e ele trancou a porta.

Os pensamentos de arrependimento estavam rodando a minha cabeça.

Zed agarrou a minha cintura e me beijou. O beijo foi selvagem, enlouquecedor. Ele deslizou a mão rapidamente pra minha bunda, a apertando devagar.

Fazer amor é uma coisa que só pode ser feita quando se tem amor. Eu não amava o Zed, então por quê eu estava ali? Por quê eu estava querendo fazer algo que eu não me sentia preparada pra fazer?

Fui dominada pelos meus pensamentos. O empurrei com força, e ele me soltou.

- O que foi? -Ele disse com passividade, não demonstrando raiva.

-Eu... Eu não sei.

-Então vamos descobrir. -Ele se sentou na cama, indicando que eu deveria me sentar ao seu lado.

Eu obedeci, e esperei ele falar alguma coisa. Foi um momento constrangedor, já que ele ficou quieto por bastante tempo.

-Eu não quero transar. -Eu disse de uma vez. Sem enrolação.

Ele olhou pro meu rosto, e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

-Você é virgem, não é?

-Tá tão na cara assim?

Ele riu, e eu fiquei apreensiva. Eu tenho cara de idiota? Ou o que eu disse foi engraçado?

-Na verdade, não. Mas eu entendo que você queira ir com calma. Se eu fosse uma garota tão bonita como você, ia querer me guardar pra faculdade.

O Zed estava tentando ser fofo, uma pena que não saiu da tentativa.

-Não é sobre me guardar pra faculdade. Eu só não quero começar a minha vida sexual em uma festa, com uma pessoa que só fala comigo no colégio. - Seu rosto tinha mudado expressão, agora ele parecia surpreso. -  Nada contra você, Zed. Você é lindo e muitas garotas dariam tudo pra estar no meu lugar, mas acho que no momento, não sou uma delas.

Ele se levantou.

-Sabe... É por isso que eu gosto de você. Você não é como as outras garotas. Você tem personalidade própria, é decidida e fala o que sente. Você é rara, Tessa. E eu vim te observando há muito tempo. Eu quero fazer a gente dar certo.

A gente? Significa que ele quer ter um relacionamento comigo? Tem algo errado. Com certeza tem algo errado. O Zed não namora, e nem se relaciona. O que ele quer comigo?

-"A gente"? -Falei em confusão.-Nao existe "a gente"!

Ele revirou os olhos.

-Mas eu quero que exista. Você é linda, muito linda mesmo. Eu quero namorar com você.

Eu estava confusa, mas ao mesmo tempo, meu corpo estava confiante. Era como se minha zona de segurança tivesse passado a ser ele, naquele momento.

Zed falou tudo isso como se fosse um segredo. Talvez seja. E talvez seja verdade.

Talvez ele ame o meu cabelo. Talvez ele adore o meu cheiro. Talvez ele se perca no meu olhar. Talvez eu tenha a chance de viver um romance.

Essa ideia se espalhou pelo meu corpo, formando uma onda de calor morna. Eu me levantei, e como ele estava perto, o beijei novamente.

Eu não tinha mais dúvidas e nem pensamentos de sufoco. Nesse momento, minha mente se limpou.
Era isso que eu queria.

Zed tinha me garantido de que eu não seria só mais uma.

Ele segurou o meu rosto com pegada, e enfiou a língua na minha boca. Eu o beijei com mais intensidade até ficar sem fôlego. Tirei a sua camisa, e ele puxou o meu vestido para baixo, fazendo meu corpo ficar arrepiado.

-Porra, Tessa. Você é muito gostosa. -Ele comentou depois de tirar o meu sutiã.

Zed passou a mão pelos meus quadris retirando minha calcinha, enquanto me guiava para a cama. Eu me deitei, o esperando tirar a calça.

-Você tem certeza?

-Tenho. -Eu disse, decidida.

-Eu também. -Ele disse baixinho, em resposta.

Ele montou em cima de mim, e voltou a me beijar, acho que para começar a...

-POLÍCIA, TODOS SAINDO DOS QUARTOS AGORA! -Disse alguém com uma voz extremamente firme, do outro lado da porta.

O Zed saiu de cima de mim desesperadamente. Ele pegou as suas peças de roupa, e começou a se vestir, parecendo amedrontado. Quando eu comecei a ouvir uma gritaria no corredor, me levantei e fiz o mesmo.

Um policial começou a bater na porta, anunciando que se ninguém saísse, ele iria arrombar. Eu corri, e abri a porta antes que ele fizesse alguma coisa.

-Todos pra sala, agora! -Ele exigiu.

Puta que pariu! Mais uma cilada!