A PRINCESA E O GUARDIÃO (Reescrevendo)

♤ capítulo 4 ♤

Entramos no seu escritório, era um lugar sofisticado porém me rendia uma porção de arrepios e um pouco mas daquele mal estar.
Aquela sala era a causa de coisas ruins que me aconteceram.
Fiquei calada me sentei e esperei a bronca ou algum castigo, mas ao invés de gritar e me humilhar como sempre meu pai apenas sentousse e mexeu em seu computador por um longo tempo.
Após torturantes meia hora Arthur desviou os olhos do computador e respirou fundo, ali meu coração parou.
- Bom Liana, está claro que não tenho mas nenhum controle sobre você. Não adianta mas te corrigir como antes , nada parece adiantar, toda vez é a mesma coisa e eu já estou farto ! - ele aumentou o tom se voz e despejou um tapa sob a mesa.
- O-oque o senhor está planejando fazer ? - minha voz saiu trêmula.
- Te por na rédea. - ele apertou um botão do telefone. - Chame o senhor Smith.
Essa fora a última palavra dele , fiquei sem entender nada.
Quem diabos era o senhor Smith?
Após um breve momento ouvimos uma batida na porta.
- Entre. - Arthur falou com o seu tom de comandante.
- Com licença majestade. - eu estava de costas para porta quando o homem entrou mas quando ouvi aquela voz grossa tive de virar.
- Ótimo senhor Smith, sente-se.
E assim o homem espetacularmente alto e lindo obedeceu.
Não consegui tirar os olhos dele , parecia uma psicopata encarando o homem.
Quem mandou ele ser lindo daquele jeito,  estava de mãos atadas nesse caso.
- Bom senhor Smith, estávamos conversando sobre o comportamento da princesa...- meu pai continuava a falação exagerada enquanto tudo oque eu fazia era analisar aquele homem.
Seus olhos eram negros como um céu estrelado , seus cabelos também eram escuros, sua pele era rosada e bem cuidada, era de dar inveja, ele tinha uma barba rala da cor dos cabelos.
Uma sensação estranha invadiu meu peito enquanto o analisava , ele me parecia familiar.
Aposto que era modelo.
- Então quando o senhor consegue começar as aulas dela ? - e foi nesse instante que cai na real sobre oque estavam falando.
- Oi? Aulas ? - falei rapidamente.
- Sem escândalos Liana, estamos tendo uma conversa como adultos educados.
- Não pai ! Que história é essa de aulas ?
- Você não tem opção, precisa se portar como uma princesa antes que destrua o reino.
- A você só pode está louco se acha que eu vou ter uma babá ! - cruzei os braços zangada.
- Eu não serei sua babá alteza, serei seu tutor. - o homem respondeu calmamente sem fazer contato visual.
- Isso Liana, ele apenas vai ficar de olho em você , te ensinar etiquetas e te impedir de arrumar encrencas.
- Em outras palavras,  minha babá. - lancei um olhar furioso na direção do rei.
Ele respirou fundo manteve a postura é me ignorou.
- Ok senhor Smith, minha filha está em suas mãos,  o senhor foi o jovem recomendado por alguém de extrema confiança,  tenho certeza que dara um jeito nela, não é mesmo? 
-  farei o possível majestade.
- Um jeito  ? Agora eu sou um objeto?
- Ora tenha Santa paciência Liana , não consegue se calar por um minuto?
- Não posso dar minha opinião sobre a minha vida ?
- Não!
- Pois bem .
Meu pai parecia estar zangado.
Ótimo.
  levantei sem pensar duas vezes e fui até a mesa de bebidas caras do rei.
Servi uma boa dose de whisky.
Os dois me observaram enquanto eu enchia o copo outra vez.
- eu sou minha opinião assim mesmo, esse idiota não vai ser minha babá. - apontei para o senhor Smith.
Ele continuava com a cara sem nenhuma expressão,  apesar de ser extremamente lindo o homem parecia uma pedra de gelo.
- Liana acho que já falamos sobre você beber não foi? - Meu pai levantou e foi até mim.
- Eu não vou ficar sóbria enquanto você nomeia um cara qualquer pra me ensinar seja lá oque ele sabe, eu não sou criança pai, eu sei me portar como uma princesa !
- então comece agir como uma. - ele puxou o copo da minha mão com força.
Peguei outro copo na mesa enchi e virei de uma vez.
- Talvez eu não queria.
- Então não tenho escolha , o senhor Smith vai te ensinar.
- Vamos vê então! - peguei a garrafa e dei uma golada.
- Saia Liana. - falou entre os dentes.
- Não até você parar com essa ideia estúpida! - sentei com os braços cruzados no sofá de coro de canto.
- Liana eu não quero que o episódio do pai da Keila se repita , ele é um rei e eu preciso da paz com ele , eu não me importo que você encha seu cu de drogas e beba até morrer , eu só quero que finja pelo menos ser alguém que mereça respeito,  me ouviu ?
- Eu não me importo com você nem com a porcaria do seu reino. - encarei seus olhos tão fundo que pude sentir seu ódio e desprezo.
- Guardas !
- Guardas? Sério pai? É o máximo q consegue? -  soltei uma risada debochada.
Os guardas entraram.
- Sim majestade.
- levem- na daqui,  eu não  aguento ficar mais um minuto ao lado dela.
- Como quiser majestade.  - eles vinheram em minha direção e me pegaram pelo braço.
Pelo menos não tiraram a garrafa da minha mão.
Me arrastaram até o lado de fora e foram embora.
- VAI SE FUDER PAI ! -  gritei para o meu pai lá do corredor.
Os empregados que passaram me olharam espantados.
Sai zangada direto para o meu quarto. Se ele pensa que vou me curvar as vontades malucas dele está muito enganado.