Festivais - Dia 1°

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Prendi a parte frontal dos meus cabelos negros com um elástico da mesma cor, finalizando um coque miúdo e bagunçado com o excesso dos fios

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Prendi a parte frontal dos meus cabelos negros com um elástico da mesma cor, finalizando um coque miúdo e bagunçado com o excesso dos fios. Pela janela aberta do quarto o sol entrava revigorante e dessa vez não era apenas uma luz em um dia frio, o calor latente acompanhava o brilho amarelo, de forma que eu tive que me vestir com uma camisa de manga curta e reduzir o volume exagerado do cabelo para que ele não irritasse a pele do pescoço com a temperatura.

Coloquei os óculos para absorver mais da paisagem vívida, o orvalho nas folhas brilhavam como diamantes na luz do sol, as plantas balançavam com a brisa leve intensificando o fenômeno e o céu estava sem nuvens em mais um espetáculo da mãe natureza. Suspirei, limpando o suor que se formava nas mãos com o misto de nervosismo e arrependimento.

Mas vejamos, talvez você esteja perdido, caro leitor. Em síntese, para que eu não precise ambientalizar novamente o conforto retrô da casa de Dona Tsunade ou novamente dedicar linhas, pelo menos não ainda, do rosto angelical de Sakura Haruno, temos:

1° Tsunade (nada) delicadamente sugeriu que Sakura me levasse junto a ela para os festivais;

Quais festivais?

2º Aparentemente todos os anos, nesse exato período, Konoha e outras três cidades se juntam para realizar eventos com pequenas atrações para compartilhar e apreciar suas culturas. Cada dia, contando apenas sábados e domingos, uma vila teria um foco;

3º A Haruno achou genial me arrastar todos os dias, já que ela sempre foi sozinha e, paralelamente, segundo a sua perspectiva, eu iria acabar por falecer de tedio estando um mês aqui;

4º Eu não sei lidar com pressão feminina;

5º Eu aceitei;

E sim, agora eu tenho a certa afirmativa de que definitivamente não deveria ter aceitado. Alguém importante, no qual o nome eu não lembro, disse que o medo dos homens está no desconhecido, das situações nas quais não sabemos o que esperar, na surpresa. E eu, um homem que além da desconfiança natural, também carrego a síndrome que potencializa esse fator, concordo totalmente com a citação, a controvérsia aparece quando eu me torno aficionado em mistérios. E a controvérsia da controvérsia - ou seria apenas o resultado? - é não conseguir enfrentar as situações em que mergulho atrás.

Pois bem, deixaremos para remoer esse erro no próximo capitulo, porque consigo ouvir a buzina do carro lá fora, não há como fugir.

O Mini Cooper vermelho estava em frente à casa, o teto estava retraído e a dona pousava um dos braços na porta. Sakura ostentava um sorriso delineado de batom vermelho, óculos escuros e um lenço, também vermelhos, o rosa do cabelo estava radiante no sol.

- Olá Sasuke, me atrasei um pouco não foi? - Perguntou irônica sobre seu pequeno atraso de duas horas enquanto gesticulava com a mão para que eu entrasse.

- Eu entendo... O trânsito de Konoha é mesmo péssimo - Respondi em mesmo tom entrando no veículo.

Ela riu enquanto dava partida e permanecemos sem diálogos, porque ela parecia levemente extasiada e cantarolava um Jazz animado e eu não tinha interesse de quebrar seu ritmo.

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