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Valentine

Me olho no espelho admirando o que eu vejo, estava com saudades do meu corpo, ele voltou mas com algumas modificações que não me prejudica ou me deixa sem autoestima. Isso é bom.

Olho pelo o espelho lucca que estava deitado na cama dormindo, anna entra no quarto com a minha afilhada no colo também. Ela olha pra mim e logo depois pra lucca.

- Vamos que o filme já vai começar, Rafael está louco lá na sala esperando vocês dois!_ fala baixinho- Posso deixar ela aqui?_ aponta para a cama, assinto colocando o lucca um pouco pro lado e arrumando os travesseiro para não cair. Ela coloca o neném na cama e também deixa travesseiro para não caírem.

Saímos do quarto depois de verificar se as janelas estão trancadas e cortinas fechadas, deixamos a porta aberta para ouvir se um dos dois chorarem.

Descemos as escadas rapidamente, só esta nos três na mansão tirando alguns empregados que não quiseram tirar uma folga. Lorenzo saiu cedo e até agora não voltou, parece que Enrico estava com ele. Não ligo, confio no meu marido.

Me jogo no sofá puxando um pouco da coberta que estava combrindo só o rafa.

- Divide cara!_ ele bufa e aperta play no filme, acho que o nome era o massacre da serra elétrica não sei muito bem. Encosto a cabeça no ombro do rafa, o filme em si era bastante pesado, havia muitas mortes e era tudo do nada. Os dois estavam morrendo de medo, mas eu estava tranquila com isso, se fosse de espírito ou de palhaço aí sim eu ficaria com medo.

Quando acabou esse eles colocaram no it a coisa, eles queria vingança já que fiquei zoando os dois por se cagarem de medo. Reviro os olhos por puro tédio, quando o palhaço lá ia pegar as crianças eu escuto choro, fui salva.

Me levanto rindo, subo rapidamente para o andar de cima e abro a porta vendo os dois chorar, grito a anna que logo sobe também. Pego o lucca e a anna pega a Beatrice, tiro o meu peito --quando ele começa a querer chorar de novo-- e dou pra ele. Respiro fundo quando percebo que o carro do lorenzo é de Enrico havia chegado.

Me sento na cama e anna me olha preocupada.

- Brigaram?_ balança a filha no colo, nego.

- Não, é que sei lá. Estamos distantes._ suspiro passando a mão na cabeça do lucca, escuto ela respirar fundo.

- É complicado isso, sei bem como é!_ se senta ao meu lado.- Eu não queria me casar com Enrico, fui praticamente obrigada a me casar com ele. Fui tirada a força do meu país para vir morar pra cá. E cá estou eu, casada e com uma filha._ olho pra ela- Mas eu amo aquele idiota mais que tudo nesse mundo!_ dou risada.

- Duas mulheres que amam dois idiotas! Sempre falamos que não íamos nos casar e olha nos agora?

- Falta de cumprir a nossa palavra!_ concordo com ela saindo do quarto, andamos pelo corredor, paro quando escuto passos, sei que é ele. Ele me olha sério, totalmente sem vida. Tento chegar perto mas ele nega com a cabeça passando por mim. Olho para a anna que está  olhando pra Enrico que começava a subir as escadas.

- Casa!_ ele encarava ela, mas era um olhar diferente nada do que o seu olhar já mostrou, lucca solta o meu peito, ergo a camisa e faço lucca arrotar rapidamente.

- Amiga tô indo tá?_ beija o meu rosto- Vou levar Rafael junto comigo!_ assinto, dou tchau pra eles e resolvo enfrentar a fera. Subo de volta e vou direto para o nosso quanto com lucca ainda no colo, deixo lucca encima da cama e coloco desenho pra ele assistir. Lorenzo deve estar no banho já que suas roupas estão no chão. Resolvo esperar sentada na poltrona que tem aqui no quarto.

Sei que não aprontei nada esses últimos tempos, desta vez eu não fiz nada e nem vou fazer.

Fico assistindo o desenho que coloquei até lorenzo sair do banho, a porta do banheiro se abre me fazendo prender o ar. Olho para ele que apenas olha pra mim, sem expressão, e vai para o closet. O sigo.

- Amor?!_ o chamo parada na porta do closet, ele desamarra a toalha sem me olhar ainda, perco o foco vendo o que eu tanto desejo nestes últimos 2 meses, estou sem fazer sexo já tem 2 meses!!!

Chego perto dele tocando no seu braço, ele fica tenso mas não embolsa nenhuma expressão, beijo as suas costas musculosa, abraço a sua cintura descendo a minha mão para o paraíso. Até que ele me para tirando a minha mão do seu corpo e se afastando.

- O que está havendo?_ pergunto, sem resposta, deixo a minha mão cair em volta do meu corpo o olhando perplexa. Ele coloca a cueca e uma calça de moletom. Caminho até ele já sentindo a raiva, bato nas suas costas para ver se há alguma reação mas tudo que recebo. É ele segurando os meus pulsos e me deixando de lado, saindo do closet.

Seguro o choro, me odiando. Saio que nem um furacão do closet indo direto para o banheiro, tomo um banho na pura raiva e ansiedade. Me visto com uma camisola vermelha e uma conjunto de langerie preta. Saio do closet, vendo ele deitado, lucca ao seu lado.

Ele abre os olhos e logo depois fecha, dou de ombros tentando na pensar muito, deito do lado de lucca apagando a luz e só deixando o abajur ligado.

Ele me olha com os olhinhos brilhando, o puxo mais para mim, começando a sussurrar uma das músicas mais lindas da Disney.

- Brilha, linda, flor. Teu poder venceu, trás de volta já do que uma vez foi meu. Cura o que se feriu, salva o que se perdeu. Trás de volta já do que uma vez foi meu_ passo a mão no seu nariz, ele acompanha o movimento pegando no sono- Do que uma vez foi meu._ sussurrei a última parte mais baixinho, ele agarra na minha mão que estava no seu nariz.

Fecho os meus olhos, cansada de tudo, estou exausta tanto fisicamente quanto psicologicamente. Nunca fiquei assim, e quero sair disso, quero voltar a ficar bem. Abro os olhos quando sinto o seu olhar em mim, olho para ele que devolve o olhar mais sem a intensidade que tem no meu.

- O que eu fiz? Para você estar assim?_ pergunto não tão alto para não acordar o pingo de gente que dorme ao nosso meio. Ele volta a fechar os olhos, me ignorando- Por favor, não me ignora. Não se fecha! Deixa eu te ajudar!_ eu precisava de ajuda, mas prefiro ajudar os outros do que a mim mesma. - Não me deixa no escuro!_ ele apaga a luz, fungo sentindo as lágrimas caírem.

- Vai dormir valentine!_ o seu tom foi como ele estivesse mandando para algum soldado, não para a sua mulher, não havia sentimento naquilo. Não havia amor.

Me levanto não querendo dormir com ele hoje, pego o lucca com cuidado, ele acende o abajur novamente. Não o olho, só saio do quarto indo para um dos quartos de hospedes que tem na mansão. Deixo o bebê na cama e pego uma coberta no quarda roupa indo deitar com ele. Controlo o choro, fechando os olhos e abraçando o meu filho.

Minha Diaba ll- Serie, Cosa NostraOnde histórias criam vida. Descubra agora