Capítulo 37

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Regulus acordou, percebendo que o clima naquele dia parecia frio demais. Ele tentou levantar. Na verdade, estava se negando a levantar. Se seu corpo já não é muito disposto a viver, ou se encher de adrenalina pela rotina do dia. Agora está muito menos. Ele acordou cedo até para a hora em que ele sempre acorda. Mas ficou uma hora deitado na cama. 

Depois ele ficou vinte minutos se remexendo, depois ele se levantou e foi ler um livro. Na verdade, um livro de poesias de Oscar Wilde. Foi o primeiro presente que Sirius deu pra ele. Regulus não tinha aceitado de bom grado o presente no começo, ele não queria se reaproximar do irmão, ele não queria falar com Sirius. Mas ele aceitou, semanas depois, por que seu coração é fraco demais pra quando se trata do seu irmão 

E então ele encontrou o poema perfeito. Seus olhos passaram pelas frases, se inebriando de conhecimento e aprofundadas em que pareciam falar do seu coração. Só que Regulus não sabia que seus sentimentos podiam soar tão lindos. Era por isso que ele agradece a Sirius por ter dado esse livro. 

Oscar falava de sentimentos como se fosse a coisa mais linda do mundo, como se todos precisassem sabem que não é vida que nos torna belos, as experiências, mas sim os sentimentos, eles sim nos tornam humanos. Alegria de conhecê-los, entendê-los, não sentir dor pelo que os machuca por dentro, e sim ficar feliz por tê-los. 

Ele nem viu mas estava chorando. É leitores, esse é o poder de Wilde. Regulus enxugou suas lágrimas, antes que alguém entrasse e o visse chorando. Ele foi para o banheiro e lavou seu rosto e escovou os dentes. Logo depois ele desceu e foi tomar café com sua família. Família. Regulus jamais achou que um dia iria dizer isso com alegria em seus pensamentos, e não pesar. 

— Bom dia querido irmão! — Regulus escutou a voz de Regulus 

— Bom dia Sirius — Regulus o abraçou Quando Sirius ia retribuir. Amélia abraçou as pernas de Regulus. Ele olhou pro irmão e sorriu 

— Bom dia, Amy — Ela a segurou nos braços. Quando ela ouviu o tio, sorriu mais ainda 

— Bom dia, Tio Reggie — Regulus deu um beijo na bochecha da sobrinha. Ele adorou o apelido 

— Eu não ganho um apelido? — Sirius atrapalhou os dois. Regulus revirou os olhos com o ciúmes do irmão 

— Quando se tornou tão ciumento? — Regulus retrucou. Amélia levou as mãos aos lábios para tentar não rir 

— Desde quando você tenta roubar minha filha de mim! — Regulus gargalhou. Sirius é tão dramático.

— Que tal eu te chamar de pulguento? — Amélia falou. Regulus não se segurou e começou a rir tanto que ele acabou chorando de rir. Sirius olhava para a filha surpreso 

— Pulguento? 

— Papai Remus disse que o senhor virá um cachorro, então… Por que não pulguento? — Sirius queria tanto rir, mas ele tentou ficar sério 

— Eu pensei em, Papai pads? Papai Six? 

— Ah… Prefiro pulguento — Regulus adora essa menina. 

— Ok, entendi, sem apelidos — Sirius suspirou, tentando soar triste 

— Deixe de coisa, Papai Six — E então Sirius sorriu. Regulus revirou os olhos. Sirius devia investir em teatro. Ele é um ótimo ator 

Regulus ainda estava com a sobrinha em seus braços. Ela encostou sua cabeça no ombro do tio. Eles ficaram observando a neve cair lá fora. Amélia achou tão lindo os flocos de neve caindo. E Regulus sentia falta de ver as coisas belas da natureza 

— Tio Reggie? 

— Sim querida? 

— Podemos ir brincar na neve depois? — Como ele poderia dizer não? 

— Claro que sim querida — Ele deu um beijo em sua testa — Mas depois do café 

Ela assentiu.

[...]

— Vamos tio! Vamos

Amélia estava apressada para jogar neve na cara do tio. Regulus estava colocando luvas. o frio lá fora está de matar Ele se virou para Amélia, pegou uma luvas e se agachou para colocar na menina. A menina bufou para ele  Regulus riu

— Eu sei que está ansiosa — Ele colocou uma luvas na mão direita dela — Mas se você pegar um resfriado, seu pai me mata — Amélia riu porque ele estava certo. E então ele colocou a outra luva na mão esquerda da garota — Pronto, podemos ir — Ela pulou de animação 

Ela pegou a mão do tio e saiu correndo da casa para o jardim. Regulus assim que chegou, começou a escorregar na neve, ele ficou com medo de cair e Amélia ir junto com ele. Ela parou de correr e Regulus a agradeceu mentalmente por isso. Ela se jogou no chão 

— Vamos fazer anjos na neve Tio! — Regulus se jogou no chão. Amélia gargalhou 

Regulus ficou parado, ele nunca tinha feito isso antes. Amélia olhou para o tio confusa, ela pegou em sua mão, deslizando deslizando seu braço. Regulus a olhou agradecido. Regulus entendeu o porquê Sirius e Remus adotaram ela. Amélia tem um coração enorme, ela parece tanto entender dos sentimentos. Ela é a pessoa mais gentil que Regulus conheceu, um dos corações mais puros que ele já viu. A criança mais bondosa que ele já conheceu. 

— Vamos fazer isso juntos! — Regulus sentiu as lágrimas encherem seus olhos 

— Certo 

Então ela colocou os braços de Regulus para cima, os movimentando pros lados. Amélia disse para ele mexer suas pernas do mesmo jeito, ela a obedeceu. Eles ficaram cinco minutos fazendo isso. Sorrindo pela euforia do momento. 

— Vamos ver como ficou — Regulus se levantou primeiro, a ajudando a se levantar 

Eles olharam para a forma da neve que está no chão, marcando seus corpos. O de Regulus grande e de Amélia pequeno. Ele olhou, imaginou a cena que ocorreu segundos atrás. Ele podia ver a cena deles sorrindo, se movimentando rápido. Regulus iria guardar essa lembrança pra sempre 

— Ficou lindo — Regulus a segurou nos braços 

— Ficou mesmo pequena — Amélia gostou muito de ver seu tio a chamando de pequena. 

Seu coração se reconforto. Ela ouviu a maneira como ele disse. Feliz. Amélia se sentiu iluminada por ter feito seu Tio feliz naquela tarde. Ela deu um beijo na bochecha de Regulus. O homem arregalou seus olhos, surpreso com a atitude 

— Eu te amo Tio Reggie — Regulus lutou muito para não chorar. Ele sabia que Amélia não tinha dito ainda essas palavras significativas para Sirius e Remus. Ele se sentiu especial 

— Eu também Amy — A menina sorriu. 

— Podemos entrar, eu estou com frio — Ela juntou seus braços. Mas Regulus a abraçou a esquentando

— Claro — Ele começou a caminhar — Que tal tomarmos um chocolate quente? Seu pai fazia um para mim quando eu era pequeno, é muito bom! 

— Acho uma ótima ideia 

Eles entraram na casa, limparam seus pés. E fecharam as portas da casa, impedindo o frio que estava lá fora de entrar. Regulus estava com medo de Amélia ficar doente

Naquela tarde um vínculo forte foi criado entre Amélia e Regulus. Ela amava seus pais, é claro. Mas ela se sentia mais ligada ao seu tio. Ela se identificava com ele. A criança que não teve muito amor, mas foram salvas por Sirius Black. Os mostrou o que é amar.

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Considerações Finais:

Oioi gente! Capítulo entregue

Eu amo esse Capítulo. Eu simplesmente adoro a amizade da Amélia com o Regulus, ele é um confidente dela e eu adoro escrever a amizade deles. Regulus é meio que o tio legal

Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de votar.

Um beijão! Até terça!

it will always be moony¹Onde histórias criam vida. Descubra agora