Sempre escrevi pra mim
Era o melhor que fazia em consideração aos meus sentimentos
O que faço agora?
Esse vazio no meu peito que persiste
Percebo um fatídico fim dos meus poemas
Não há graça, não tem paixão
Não faz sentido
Do que me adianta a poesia se não posso dedica-la?
É esse o erro fatal?
É o que me impede de escrever como antes?
Outro dia fui escrever sobre ser feliz
Logo quando fechei os olhos, coloquei a ponta da caneta no papel
Já sabia o que viria, e veio mesmo
"Do que me adianta ser feliz se não posso ter a única coisa que queria?"
Há uma falsa felicidade perambulando por mim
Logo atrás um grande vazio me rodopiando
Uma falsa esperança me guiando, e eu irei me agarrar
Não tenho outra opção por agora
Os poemas são um dom ou uma maldição?
Talvez eu esteja escrevendo pra corrigir um erro
Escrevo por ter pecado
Escrevo pra encontrar a resposta pra esse vazio
Escrevo pra mim mesmo
E o que eu digo é a verdade?
Vou mentir pra mim no fim?
Uma grande confusão me consome
Queria fugir de mim.
