Capítulo II

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— E a minha irmã? Ela não pode ficar aqui sozinha. — Will ditou, olhando para Mike com as sobrancelhas erguidas.

— Lucas, quer trocar de carro comigo?

— O que? Trocar de carro?

— É, Lucas! Trocar de carro, você pode levar a irmã dele em casa… quem é sua irmã?

Will revirou os olhos e pegou o celular. Logo o abriu no Instagram da menina, mostrando uma foto postada há minutos, sobre como a menina estava vestida. Lucas concordou com a cabeça, e então, devolveu o celular.

— O nome dela é Jane.

— Okay… as chaves, Mike.

Mike suspirou, entregando as chaves do seu — ex — carro nas mãos de Lucas, e então, fechou os vídeos do seu atual veículo, dando ré para seguirem caminho.

— Eu vou te levar pra casa, mas primeiro, vou te levar ao hospital, okay? Você… vomitou, precisa ver isso.

— Não! Eu quero ir para casa.

— Você é bem teimoso, não é?

— Eu não sou.

— Mas discorda de tudo que eu falo.

— Eu não.

— Está fazendo agora.

— Que seja, me leva pra casa.

— Infelizmente, eu estou dirigindo, e nós iremos ao hospital.

Mike sorriu irônico e sarcástico, fazendo Will bufar completamente contrariado. Se aquilo era o sonho de Jane, para Will, era um pesadelo. Um pesadelo dos grandes.

Durante o caminho, permaneceram em silêncio, o hospital era um pouco longe, por tanto ainda teriam um caminho consideravelmente longo para seguirem. Mike não arriscaria a levá-lo a um hospital super famoso em Hollywood. O levaria em um mais afastado.

— Hum… um gato comeu sua língua?

— Não! Mas poderia comer a sua. — Will cruzou os braços.

— Uau, você realmente me odeia, né?

Mike deu de ombros, virando para frente com uma cara um pouco decepcionada e surpresa. Will suspirou novamente, e então, negou com a cabeça.

— Não. Eu não te odeio, eu só não gosto de você.

— Mas você não me conhece…

— Exatamente. Não conheço você, como vou gostar?

— Bom, se você me conhecer, aposto que vai gostar.

— Você é metido, né?

— Talvez!

Will revirou os olhos mais uma vez e apoiou o cotovelo na porta, mantendo a cabeça firme sobre sua mão. Mike riu baixo e soprado, acelerando o carro para seguirem logo.

— Você ainda não me disse seu nome… O meu é…

— Mike Wheeler, eu sei. William. Pode me chamar de Will.

— William…?

— Byers.

— Está bem, Byers.



                                                 [ .    .    . ]




— Por favor, siga a luz. — O doutor ditou conforme movia a lanterna sobre os olhos de Will.

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