Episódio 1: Novos ares

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Se Verônica soubesse o que aconteceria durante aquele ano, ela com certeza teria ido contra seu próprio subconsciente, e permanecido em Nova York

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Se Verônica soubesse o que aconteceria durante aquele ano, ela com certeza teria ido contra seu próprio subconsciente, e permanecido em Nova York.

Tudo havia começado com o desaparecimento do irmão mais novo do seu melhor amigo. Jonathan tinha ficado em pedaços, quando Will desapareceu, e Verônica esteve lá em todos os momentos para o confortar.

Mas o pesadelo de Verônica começou quando Penélope desapareceu também. Presos no mundo invertido, Will e Penélope tiveram de lutar arduamente para sobrevivem. Claro que os poderes da garota facilitaram um pouco as coisas, mas não podemos desmerecer o esforço do garoto.

Uma amizade, com uma pitada de algo a mais se iniciou ali, mesmo que nenhum deles conseguisse perceber isso por agora. Eram jovens demais.

Em uma daz vezes em que usou seus poderes, Penélope, acidentalmente voltou para o mundo normal.

Verônica achou que tudo ficariam bem após ter sua irmã de volta. Mas não foi isso que aconteceu.

Havia a deixado junto de Mike, Lucas, Dustin e Onze, para ir ajudar os palhermas que eram Nancy e Jonathan, que acharam que iam conseguir matar o demogorgon com uma armadilha de fogo. Idiotas

Enquanto ajudava os dois, Steve Harrington, o maior babaca que Verônica conhecia, chegou atrás da namorada. Atrapalhou todo o plano na visão de Verônica. Mas até que fez um bom trabalho com aquele taco de baseball cheio de pregos.

O que ela não sabia, era que enquanto salvava a vida deles, Penélope e Onze matariam o demogorgon no colégio, e morreriam no processo.

Desolada por perder a única família que lhe restava, Verônica achou que uma mudança de ares a faria bem.

Então nesse momento ela estava cruzando a placa de "Bem-Vindos a Huntington Beach".

Era uma cidade bem grande e agitada, o total oposto de Hawkins. Não que ela não estivesse acostumada, afinal, nasceu e cresceu em Nova York, a cidade que nunca dorme.

Se dirigiu até sua nova casa e estacionou na garagem. A fachada era azul oceano, e o telhado era branco, o jardim tinha algumas rosas que se destacavam em contraste com o sol quente.

Do outro lado da rua, uma menina ruiva andava de skate.

A visão fez com que Verônica sentisse uma pontada de dor no peito. Como sentia saudades de sua irmã.

O motor de um carro azul rugiu ao longe, mas logo apareceu no campo de visão da garota. Ele devia estar a uns 100 e poucos km por hora, e apenas diminuiu para entrar na garagem da casa de frente para a sua, onde a menina andava de skate.

De dentro do carro, saíram dois meninos. O primeiro tinha o cabelo comprido, óculos de sol, calça e jaqueta jeans surradas e uma bela bunda. O segundo foi o que mais lhe chamou atenção. Cabelo curto estilo militar, calça jeans clara, blusa de malha branca, jaqueta de couro preta e botas de combate. Simplesmente uma perdição.

Voltando a realidade, Verônica abriu o porta malas do carro, pegou sua mala e algumas caixas com seus pertences, abriu a porta da frente, e entrou na casa já mobiliada. Sem notar, que o garoto de jaqueta de couro do outro lado da rua, babava na silhueta curvilínea dela.

Largando as caixas na sala, ela subiu as escadas em direção ao seu novo quarto, onde deixou a mala, decidida a organizar todas as suas roupas mais tarde no armário.

Descendo as escadas, ela pegou a lista telefônica que havia comprado em uma loja de conveniência em uma das caixas, e procurou o número de uma pizzaria. Estava morrendo de fome, e sem paciência nenhuma para cozinhar algo.

Minutos mais tarde, com um coque desleixado, e um moletom de Jonathan, que deveria ser uns três números maior do que ela, Verônica aguardava a pizza chegar.

A campainha tocou, e achando ser a pizza, Verônica calçou seu chinelos e rumou em direção à porta, abrindo-a logo em seguida.

— A pizza deu US$10,50, não é? — questionou sem nem olhar para quem ela supunha ser o entregador, ocupada demais, tentado desvendar os números do papel.

— Ahn, eu não sou o entregador de pizza —  uma voz masculina disse.

Erguendo a cabeça rapidamente, ela encarou os olhos castanhos, do garoto de jaqueta de couro, que viu mais cedo.

— Ah... — ela franziu a testa em confusão, ato que ele achou extremamente fofo. — Quem é você?

— Eu sou o Jason, Jason Walker — ele se apressou em apresentar-se. — Eu vi mais cedo que você acabou de se mudar, e já que eu moro na casa do lado, eu resolvi te dar as boas vindas à vizinhança.

— Obrigada então... Eu acho — sussurrou a última parte. — Eu posso ajudar com mais alguma coisa?

— É... O seu nome é?

— Verônica.

— Só Verônica? 

A garota suspirou, se perguntando, porque ainda estava naquela conversa. Ele parecia o tipo de pessoa que adorava uma ficada de uma noite e nunca mais, e se ele achava que ela iria cair nos seus encantos de bad boy desapegado, ele estava completamente enganado. Verônica não era esse tipo de garota.

— E meu sobrenome te interessa, porquê...?

— Por nada. Só queria saber.

Verônica assentiu.

O que é que está acontecendo comigo? Se perguntava Jason. Ele não era do tipo de que ficava nervoso na presença de mulheres, na verdade era justamente o contrário. Mas agora, na frente daquela ruiva charmosa, que não precisava se esforçar nenhum pouquinho se quer pra ser a garota mais bonita que ele já viu na vida, Jason se sentia virgem outra vez. Um virgem que não vazia a menor ideia de como falar com uma garota.

— Eu... Eu acho que já vou indo. Também tenho que pedir uma pizza — ele soltou uma risadinha nervosa.

Por que, caralhos, eu tô nervoso?

— Boa noite então, Walker.

Ele assentiu, e sussurrou um "boa noite" de volta. Ele já estava quase no fim do gramado, quando com um revirar de olhos a garota gritou para que ele ouvisse:

— Lockey. Meu sobrenome é Lockey.

Jason sorriu de canto.

— Boa noite, Verônica Lockey. Vejo você amanhã, eu espero.

E com um leve sorriso, ela concordou com a cabeça e fechou a porta de casa.

AS IRMÃS LOCKEYOnde histórias criam vida. Descubra agora