Epílogo

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7 anos depois

— Amor, tampa essa panela de carne pelo amor de Deus, que cheiro horrível. – Bela disse enquanto fazia careta pondo a mão na boca.

— Ei! meu macarrão não é meu macarrão sem meu molho de carne! e você adora! – Falei apontando pra ela da bancada estreitando os olhos percebendo que algo estava errado.

A vi continuar a fazer careta e então tampei a panela e abri as janelas da cozinha pro cheiro sair mais rápido.

Isabela estava estranha a dias, quando íamos trabalhar de manhã desejava um chocolate diferente todo dia e de noite alguma coisa estranha pra comer, sem esquecer do humor que mudava a cada dois minutos.

— Linda, não acha melhor irmos no médico?

— O que? Claro que não. – Ela desceu da bancada sorrindo pequeno e eu estreitei os olhos.

Chegou perto passando os braços em volta do meu pescoço e me deu um beijo casto nos lábios.

— Ok, diz logo o que você quer dizer, tem coisa aí. – Respondi e ela soltou uma gargalhada.

— Romeu vem aqui com a mamãe! – Ela gritou pro nosso cachorro.

Pois é, ela deu meu segundo nome pra ele e não pude nem contestar porque no momento em que eu iria fazer isso ela me lembrou do que concordamos na nossa formatura do ensino medio.

Lá veio nosso Golden de dois anos com alguma plaquinha pendurada no pescoço em direção a ela, que fez um carinho nele e depois o virou para mim.

E lá estava a placa que dizia...dizia..

Parabéns papai, agora somos 4.

Olhei para minha esposa e a vi com um teste de gravidez na mão enquanto sorria.

— Eu vou ser pai? – Perguntei baixinho e ela assentiu. Coloquei a mão na boca já sentindo as lágrimas descerem. — EU VOU SER PAI?

Ouvi sua gargalhada quando a puxei para um abraço depois de tirar o avental do meu corpo.

— Caramba linda, acho que vou desmaiar.

— Ei! nada disso. Eu, Romeu e o bebê precisamos de você bem aqui. – Respondeu e me beijou várias vezes no rosto.

...

Meses depois...

— Você não deveria ir pro escritório com essa sua barrigona ai. – Joyce disse enquanto eu procurava as chaves do carro.

— Anna trabalhou até o final da gestação dela e não aconteceu nada. – Respondi dando de ombros.

— Porque vocês são teimosas? Na minha vez eu só queria ficar deitada, pelo amor de Deus. – Joyce disse pondo a mão na cintura enquanto me fitava.

— Besteira, eu estou bem. Aliás cade o seu marido?

— Martin foi levar as crianças na escola e eu vim pra cá. Vou te acompanhar por precaução, não quero nada acontecendo com minha sobrinha ou com você.

— Linda, você viu onde eu deixei...Espera, pra onde está indo ioiô? – Gustavo apareceu na sala e eu lhe mostrei o dedo do meio.

— Para de me chamar de ioiô!

— Ai! – Ele reclamou quando foi acertado por uma almofada do sofá

— Ela quer ir pro escritório. – Joy respondeu por mim.

— Eu vou pro escritório. – Falei. — Ah! achei a chave, vamos.

Fui em direção a Gustavo o dando um selinho e o disse para levar uma comidinha pra mim lá.

Sempre Foi VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora