26. Doce como baunilha.

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" Festinha ", eles disseram. O que é uma festinha? Talvez uma reunião de uns 10 amigos numa sala de estar com alguns jogos de tabuleiro e umas bebidas? 15 pessoas em um quintal com uma caixa de som e um karaokê? " É só para inaugurar a casa nova do Maurice ", eles disseram.

O campus todo estava lá, sem exceção de uma alma se quer. Espalhados pela sala, cozinha, quintal e corredores, jovens que fediam a álcool lotavam o local.

Quando os seis chegaram, Luna não demorou muito para se juntar ao namorado que estava no sofá da sala de estar com um outro grupo de pessoas. Vera se dirigiu ao bar improvisado na cozinha enquanto seu irmão mais velho foi para o lado externo acompanhado de Vector.

Tereza e Sander decidiram explorar a casa. Era linda e moderna. Passaram por todos os cômodos do primeiro andar quando subiram para o segundo e entraram por uma porta entre aberta.

- Acho que nós não deveríamos estar aqui, Za. - um pouco desconfortável, Roux diz quando os dois tiveram a visão de uma grande suíte. Deduziram ser o quarto do dono da casa.

- Também acho, mas nós já estamos aqui, né? E quem sabe que estamos? - a de olhos puxados diz se jogando na cama king size cheia de travesseiros. Era como se ela estivesse deitada sobre núvens - Seu poema foi lindo. Como conseguiu escrever?

- Depois da nossa conversa eu pensei em muita coisa, sabe? Senti muita coisa. - ele responde se sentando no recamier no pé da cama.

- E, afinal, o que você sente quando passa o seu tempo com a Luna?

- Me sinto um trouxa. É uma perda de tempo. Quer dizer, daquele jeito, é uma perda de tempo. - ele contraria os seus pensamentos - Ela namora, nunca passaríamos de amigos. Não que eu queira isso, mas...

- Sim, você quer. - a outra o interrompe - E se você não sabia disso, agora está sabendo. Você sabe as coisas que sente, Sander, e eu sei que não é perda de tempo. Pode não acontecer nada agora com a Luna, mas...

- Ou nunca. - o ruivo a faz o mesmo.

- Ou nunca. - ela concorda. Era uma possibilidade, ninguém tinha certeza de nada - Mas se você se privar desses sentimentos agora, pode se machucar tanto que quando alguém incrível aparecer, podendo ser a Luna ou não, você tenha uma dificuldade enorme de demonstrar o seu carinho por ela, ou até mesmo de sentir. Seria lastimável!

- Você virou algum tipo de guru do amor ou algo do tipo? - ironicamente, Sander questiona a fazendo rir. 

- Não, bobão. É que um dia, uma pessoa muito querida me disse que namorar é muito bom. Disse que é bom saber que você é amado por alguém. Um amor genuíno, puro. Aquele amor que te faz querer passar toda a eternidade ao lado da pessoa simplesmente por amá-la, e você a ama pois ela é simplesmente ela. 

- Com todas as qualidades que a tornam especial e com todos os defeitos que a tornam única. - sorrindo ao finalizar a frase, Leonard consegue fazer Tereza expressar o mesmo - Ela já me disse isso uma vez, nunca tirei da cabeça.

- Você tem todo esse amor para dar, Sander, e também merece senti-lo. Só precisa permitir para não dificultar, sendo com ela ou não. 

Ele concorda que tenha todo esse amor para dar e, não querendo ser convencido, apenas sendo realista, também sabe que merece receber.

O garoto tinha esperanças de que algo poderia acontecer entre ele e Jolie, mas talvez seja hora de mudar os seus planos. 

Sander é jovem, tem muito para viver e quer aproveitar ao máximo a vida que está levando agora.

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