CAPÍTULO 3

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Ouço batidas na porta, e me levanto um pouco zonza, pois tinha caído no sono.
Abro a porta do quarto, me deparando com o Philip de braços cruzados.

- O que foi? Só dormi um pouco. — digo, me espreguiçando.

- Um pouco? Faz tempo que bato nessa porta, quase arrombei achando que tinha se matado. — ele diz, e eu reviro os olhos.

- Não seria uma má idéia. —

- Cala a boca, e vai se trocar, só falta você lá, anda. — ele diz, pegando em meus ombros, me guiando até o guarda roupas.

- Está bem, papai, calma. —

[...]

Chegamos na sala de cinema.
Há alguns alunos sentados no chão da sala, em frente a uma grande tv, outros, deitados em colchonetes.

- Eu vou me sentar aqui, e infelizmente, está meio apertado. Então, você vai ter que se sentar alí. — Ele diz, e aponta para aonde a Sadie, e mais alguns alunos estão sentados. — Até mais, gatinha.

- Philip. — Sussurro. Ele olha pra mim e pisca, sorrindo.

Me dirijo até o grupo, e me sento ao lado da ruiva, que me olha e sorrir, voltando sua atenção pro filme.

- Gosta de filmes de terror? — Ela pergunta. Olho pra ela confusa, e ela sorrir. — Perguntei se você gosta de filmes de terror.

- Ah, sim, é meu gênero favorito de filmes, e livros. — digo.

- Uau, eu particularmente, odeio, mas fui meio que obrigada a vir. — ela diz, apontando para dois alunos sentados ao lado dela.

- São seus amigos? — Pergunto, e ela assente.

- Millie, e Noah. — diz, e eles acenam pra mim, sorrindo simpáticos.

Ficamos em silêncio para prestar atenção no filme, até que sinto algo tocar minha mão. Olho para baixo, tendo a visão de sua mão tocando levemente a minha, provavelmente, sem querer.
Sinto meu coração acelerar, junto com minha respiração. Me levanto rapidamente dali, indo direto pro corredor, onde subo na janela, abrindo ela em seguida, em busca de ar fresco.

- Você está bem? — Me viro, vendo o rosto preocupado da Sadie.

- Sim, desculpa ter saído daquele jeito, eu só precisava de um pouco de ar. — digo, me virando de frente pra ela.

- Tudo bem... Eu posso te mostrar uma coisa? Só não pode rir. — ela diz, apontando pra mim. Sorrio, assentindo.

[...]

- Se pegarem a gente aqui, vão nos jogar na sala do arrependimento. — ela diz, e eu arregalo os olhos. Ela rir, revirando os olhos.

- Estou zoando, boba. — Diz, pegando em minha mão. — Promete que não vai rir, né?

- Juro, juradinho. — Cruzo os dedos.

- Esse aqui foi o primeiro quadro que pintei quando cheguei aqui. — Ela mostra o quadro, e eu prendo a risada, fazendo ela me dar um olhar de indignação. — Você disse que não iria rir.

- Me desculpa. — digo, soltando a risada que estava prendendo. — Isso era pra ser um cachorro?

— Isso é uma cabra, não tem nada a ver com um cachorro. — Ela diz, colocando o quadro de volta no lugar. — Você é péssima em identificar pinturas.

- Se estivesse parecida com um cachorro, com certeza eu saberia. — digo, e ela revira os olhos, me dando um tapa fraco no braço. — Au, agressiva.

- Desculpa. — Diz, sorrindo. Ela se aproxima mais um pouco de mim, massageando meu braço. — Passou?

Não respondo, apenas fico alí, encarando aqueles olhos azuis oceano. Ela fazia o mesmo, mas revezava entre meus olhos, e minha boca. E então, ela me beija, se afastando logo depois pra me olhar, e volta a me beijar. Ouço um barulho vindo da sala, e afasto a garota. Ela parece envergonhada e arrependida agora.

Desculpa, eu não sou... — digo, mas logo paro. Volto a me aproximar dela, pegando em sua cintura, a trazendo pra mais perto de mim. Então, eu a beijo. Ela fica insegura no começo, mas logo retribui, pegando em minha nuca. Sinto uma energia percorrer por todo o meu corpo, é como se um pedaço de mim que faltava, fosse encontrado.

- Meu nome é Sadie. — Ela diz, e eu rio fraco, juntando nossas testas.

- É, eu sei. — digo, vendo ela sorrir, fechando os olhos. — Vamos voltar?

- Vamos. —

[...]

*Na sala do refeitório*

- Você sumiu ontem, onde estava? — Philip pergunta, se sentando ao meu lado na mesa.

- Eu saí pra tomar um ar. — digo.

- Estranho, a Sadie também tinha sumido, foi dividir o ar com ela? — ele diz, rindo. Olho pra garota que estava do outro lado da mesa, conversando com seus amigos.

- A gente só conversou, está bem? Nada demais. — Digo, cruzando os braços. Deixo um sorriso bobo escapar ao lembrar de ontem a noite, mas logo escondo.

- Aham, sei. —

- Bom dia, pessoal. — Diz, um homem mais velho. Todos levantam, em uma forma de cumprimento. — Podem se sentar.

- Terceiro ano, podem se servir. — Um garoto diz, creio que seja o Erick.

Me levanto, e todos me olham sem entender. Pego meu prato e começo a me servir.

- Desculpa, mas os primeiros a serem servidos é o terceiro ano, são regras. — O garoto diz, e eu me viro para olhá-lo.

- Acho que essa regra está bastante ultrapassada, não acham que está na hora de mudar? — Pergunto, colocando as mãos no bolso da calça.

- O capitão da turma quem decide, não podem mudar as regras. — Ele diz, e eu rio.

- Está bem. E a escola está de acordo com essas regras? — pergunto, olhando para o homem mais velho sentado na ponta da mesa.

- Bom, não há nenhuma lei oficial sobre isso, então... — ele diz. Assinto, e olho pro resto da turma. — Então, vamos fazer uma votação.

- Quem não concorda com as regras do Erick, levantem as mãos. — digo.

A maioria dos alunos alí presentes, levantam as mãos, meio receosos.

- Ótimo, parece que ganhamos. Então, a partir de hoje, não há regras quanto a isso, todos podem se servir quando quiserem. — digo, e os alunos se levantam, pegando seus pratos. Erick e seus amigos me olhavam feio. Sorrio, e olho pra Sadie, que me olhava sorrindo, mas, disfarça quando percebo.

 Sorrio, e olho pra Sadie, que me olhava sorrindo, mas, disfarça quando percebo

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A princesa que manda no pedaço, pô, respeita.

A REALEZA ~ (SADIE SINK)Onde histórias criam vida. Descubra agora